Cláudia

Depois de assistir as primeiras temporadas com gosto de “quero mais”, me deparo com o sentimento de não ver a hora da terceira temporada acabar.
A impressão que dá é que contaram todas as histórias e faltou assunto fechar com aquelas caminhadas intermináveis na Terra dos Mortos e da Dra. Serpente no jardim do Éden e do romance “teen” de Lyra com Will, que me remeteu à Lagoa Azul. Êita casalzinho sem química!
Fiquei sem entender o porquê de Lyra ser Eva e ninguém fazer referência à Will como o Adão.
Os gípcios, que tiveram uma participação importante na primeira temporada, tomaram um chá de sumiço inexplicável. Porque não ajudaram na batalha final?
Os pontos altos da série são a crítica ácida ao uso da religião como instrumento de opressão e de negação à ciência, à atuação irretocável de Ruth Wilson e a fotografia estonteante.
Amir Wilson e Dafne Keen são muuuuuuito fraquinhos…

Difícil uma série me prender como essa.
Assisti “A Bússola de Ouro” e, como não recordava dos detalhes, foi como se estivesse vendo pela primeira vez.
A Ruth Wilson arrasa como a Sra. Couter e Ruta Gedmintas entrega uma feiticeira encantadora.

Mesmo considerando uma aposta arriscada a releitura de um filme de sucesso transformada em um musical, achei o filme acima da média.
Penso que os produtores não tinham interesse em transformar esse filme num “blockbuster” tanto pela temática quanto pela opção a qual me referi anteriormente.
O que pesou na minha avaliação foram as atuações maravilhosas, a trilha sonora interessante (muito embora muitas músicas lembram muito hinos ou música gospel), o figurino e a ambientação.
Não assistiria mais de uma vez como fiz com a primeira versão, mas não considero tempo perdido.