Sabe quando o ruim/feio de alguma forma consegue ficar bom/bonito ao ponto da gente realmente gostar? É um Adam Driver em forma de filme essa película.
lembrou-me quando eu era voluntário e dizia para as crianças "hora de brincar, mas lembrem-se: não pode morrer!", gosto quando um filme é capaz de nos fazer sentir, de alguma maneira, conectados à sua realidade.
Eu chamo esses filmes de "filmes de sábado à tarde". Sabe aqueles filmes que a gente não pode dizer que vão ganhar prêmios, mas não são ruins, na verdade até que uma boa distração? A famosa categoria de "legaizinhos", recomendo para ser visto nesses momentos.
Essa teatralidade que vemos no cinema até a década de '40, de falas dramáticas e gestos grandiloquentes, sempre me encantou. Os olhos falam, os excessos do comportamento (reforçado pelo período do cinema mudo) encantam, e a narrativa envolve. Possui alguns pontos muito idealizados/falseados - esse Luís XI é muito simpático e inteligente, os ciganos muito brancos -, mas uma falha compreensível pela época. Assistam.
Como todos os filmes indianos, tem como ponto fraco o fato de ser muito longo e cheio de "mini-musicais" no meio dele. De resto é uma obra sensível, atenta às nuances, com um ator mirim muito bom e que passa bem para nós os sentimentos que deve ter uma criança incompreendida.
Uma frase de Mussolini (ao menos atribuída) não me saiu da cabeça enquanto assisti o filme: "Melhor viver um dia de leão, do que cem anos de cordeiro". Para um observador do sec. XXI - e um anacronismo não é impossível - existe uma violência fascista inata no filme, onde o bom cidadão, patriota, e pai de família vai revelando uma personalidade controladora, discretamente violenta no princípio, típica do bom homem americano que supostamente teria uma série de inimigos (imigrantes, mulheres independentes, mundo globalizado) que precisam ser eliminados. "Meu país, meu emprego, minha família", propriedades que ele tem o direito de interpretar, dispor e eliminar. O fato que muitos o considerem um herói incompreendido mostra muito dessa nossa sociedade contemporânea.
Obs.: Em tempo, o "Leão de um dia" Mussolini foi fuzilado e seu corpo pendurado de cabeça para baixo para exibição pública. Fim inglório para ideias inglórias.
A paixão do Darcy Ribeiro é absolutamente tocante: ele realmente parece sentir tudo o que fala, quase como se fosse uma testemunha ocular desses 500 anos de nossa história.
É uma proposta simples de filme, mas não simplista. A história fecha redondinho, as músicas são bacanas, as personagens convencem; não é para ser um clássico, mas nem se propõe a tal. É o que eu chamo de "história gostosa para ver num sábado à tarde". Assistam, não tenham preconceitos com o título ou a sinopse, nem só de Truffaut vive o homem.
Quando algo é novo sempre causa estranhamento e não seria diferente com o " primeiro Western de vampiros iraniano", como ele mesmo se apresenta. Tem suas carências, claro, sendo unanimemente citado como um problema a trama arrastada e silenciosa, de um "nouvelle vague" que poderia ter sido dirigido por Jacques Rivette (desculpem os fãs), outra questão é que um filme que aposta em violência deve mostrar mais sangue, ao me ver. Mas após o filme vi mais pontos positivos que negativos: fotografia muito bonita, o preto e branco perfeito, o clima de tensão sutil, o momentos de "terrir", em suma, toda essa vibe SinCity. O clímax também fantástico, nada óbvio, prende a atenção e surpreende.
Já peço de antemão desculpas pelo texto longo, mas lendo as resenhas dos colegas eu vi que aqui temos a versão cinematográfica da velha pergunta "Capitu traiu bentinho?", traduzida em "O Babadook existe ou é uma metáfora?". Partindo da ideia que ele não é os dois ao mesmo tempo (e é essa a minha opinião) eu entendo que ele é sim uma metáfora. Em seu famoso livro sobre a depressão, "O demônio do meio-dia" o autor Andrew Solomon fala: “A depressão é a imperfeição no amor. Para podermos amar, temos que ser criaturas capazes DE SE DESESPERAR PERANTE AS PERDAS, e a depressão é o mecanismo desse desespero. Quando ela chega, degrada o eu da pessoa e finalmente eclipsa sua capacidade de dar ou receber afeição.”
A pobre Amélia já nos é apresentada como uma mulher perturbada na primeira cena, com ela sonhando com o acidente e uma "queda" na cama. O filme bebe do expressionismo alemão, notório por usar da deformação, metáforas e das imagens uma expressão dos sentimentos neles contidos, e o intenso jogo de sombras e o onipresente uso do preto, cinza ou escuro contracenando com a palidez mortal das personagens indica isso.
a ausência do jump scare, não por ser um recurso saturado, mas porque sua ausência nos leva a duvidar que Amélia realmente viu o Babadook na casa em frente na cena da louça, ou se o filho realmente tem alguma coisa com o bicho
ao final vemos a personagem alimentar o monstro, para que ele fique sempre controlável. Sinal claro que a depressão deve ser permanentemente vigiada para não retornar, sim ou claro?
.
De resto acompanho a opinião de todos sobre a fotografia ser lindíssima, os planos de fundo interessantes, e as atuações (em especial da Essie Davis) muito boas.
Acredito que o filme tentou se apropriar do gênero "crônicas do cotidiano" (que eu pessoalmente gosto muito) da vida de Elias, mas se perdeu no caminho. O filme não fecha, e não digo pelas personagens fugazes que aparecem e somem sem terem nomes (a natureza do filme permite isso), mas justamente porque a narrativa não explora os que ficam. Os fatos da vida nem sempre tem começo, meio e fim, mas as pessoas sentem a necessidade de ao menos se conectar com quem está em tela, eu não senti isso. Ganha muitos pontos pela representatividade, quer das drags, quer mostrando um pouco do cotidiano da camada mais obreira desse gigante chamado SP.
Existe um véu de preconceito que cerca o mundo islâmico e, com especialíssima atenção, a sociedade iraniana. Como um leitor assíduo do Samy Adghirni (colunista da folha), eu já havia visto as milhares de nuances que existe em cima da idéia que fazemos (correta, em grande parte) da sociedade autoritária e patriarcal dos persas. Esse filme de Asghar Farhadi (já vi "A separação", recomendo), nos mostra como o machismo atua de muitas formas não-violentas, sutis, com inúmeros conflitos entre mentes liberais e nosso histórico social. Fantástica análise para quem quer repensar os próprios valores e sua eventual posição de "liberal" - mais ainda se tu for um esquerdomacho.
O meio caminho entre uma comédia SitCom (comédia de situação) e uma nonsense, típica dos anos '80! Não é nenhuma concorrente ao Oscar, mas é um desses filmes gostosos para ver e rever ao lado da família/amigos/pessoa amada, e se divertir um pouco de forma despretensiosa, mas saudável. Sem apelações, sem exageros, um humor genuíno.
É um filme que causas uma sensação engraçada, pois ao mesmo tempo que a narrativa é muito ruim (ou a falta dela), a gente continua assistindo. Não tem o que fazer numa tarde qualquer de domingo? Assista.
Um tributo à altura da autora da obra original! Toda energia, intriga e surpreendente de Agatha Christie estão lá (não para mim, eu já li o livro e vi todas as outras adaptações antigas, mas o espírito permanece), só esperando o espectador. Pouquíssimas adaptações são plenamente fieis, essa não é uma delas, mas um conselho de um fã para outro fã: assista com a mente aberta e imagine àquela pergunta que tu sempre quis fazer ao Poirot sendo mostrada na tela. Tri!
Faz jus à toda franquia, inclusive superior até mesmo àqueles das trilogias em alguns aspectos (especialmente narrativos). Um tributo à Aliança Rebelde, meio apagada nos conflitos da família Skywalker.
Já valeria só pela trilha sonora do Ennio Morricone. Pessoalmente eu acho o western spaghetti superior ao gênero-pai americano, especialmente porque acaba com a áurea de bom mocismo (horrivelmente falsa) dos desbravadores e mostra um mau-caratismo mais realista. Salvo engano é o filme que inaugurou o gênero, então duplamente recomendado.
Talvez por limitação pessoal eu tenho a tendência a desconfiar de filmes cuja história principal é contada extra-narrativamente, especialmente através de cores e simbologias frequentemente sutis (pessoalmente eu prefiro um combinado delas). Todavia, ao contrário da média, eu diria que esse estilo combinou bem com a proposta do filme, que trata basicamente de um mal estar social causado pela supervalorização do superficial, ao nível patológico. As cores contam a história, as batidas contam a história, o sangue conta a história. Você poderia excluir os diálogos e seria capaz de entender o filme perfeitamente, então entendo como bem sucedido.
Que raios aquele puma fazia no filme? Aonde ela conheceu o carinha trouxa-legal? Que Keanu Reeves está fazendo nesse filme também? Perguntas sem respostas
Eu não entendo muito de cinema (ainda) então não sei se há um nome para esse tipo de filme. Eu chamo de "crônicas do dia a dia", e para mim tais filmes tem um charme único. Sem pretensões, sem filosofias complexas, sem superproduções. É um filme para contar história, como antigamente a gente ouvia dos mais velhos sobre como era a vida deles. Sabor de infância, tempo antigo, quando o mundo era outro (não melhor ou pior, apenas outro).
Esses grandes clássicos que a gente sempre ouve falar e cujas referências e marcas ("você tá falando comigo?...") são indeléveis geram muita expectativa. Taxi Driver foi além do que eu espera do neo-noir e me apresentou um filme de profundidade psicológica ímpar! Nós praticamente enlouquecemos junto com o Travis, tentando entender os meandros da sua mente, e ainda somos brindados com uma senhora de uma reviravolta. Um filme indispensável.
Perdi o fio da meada em algum ponto que me deixou perdido, mas o tom cruel ao final não ficou despercebido. Não é bom, mas tem algumas coisas marcantes - eu certamente não vou esquecer tão cedo
Como Sobreviver a um Ataque Zumbi
3.1 523 Assista AgoraSabe quando o ruim/feio de alguma forma consegue ficar bom/bonito ao ponto da gente realmente gostar? É um Adam Driver em forma de filme essa película.
Um Tio Quase Perfeito
2.7 94Uma comédia leve, sem excessos, pouco criativa, mas aproveitável.
Obs.: A parte do
"é brincadeira que morre"
Pequeno Demônio
2.7 240 Assista AgoraEu chamo esses filmes de "filmes de sábado à tarde". Sabe aqueles filmes que a gente não pode dizer que vão ganhar prêmios, mas não são ruins, na verdade até que uma boa distração? A famosa categoria de "legaizinhos", recomendo para ser visto nesses momentos.
O Corcunda De Notre Dame
4.0 43 Assista AgoraEssa teatralidade que vemos no cinema até a década de '40, de falas dramáticas e gestos grandiloquentes, sempre me encantou. Os olhos falam, os excessos do comportamento (reforçado pelo período do cinema mudo) encantam, e a narrativa envolve. Possui alguns pontos muito idealizados/falseados - esse Luís XI é muito simpático e inteligente, os ciganos muito brancos -, mas uma falha compreensível pela época. Assistam.
Como Estrelas na Terra
4.4 794Como todos os filmes indianos, tem como ponto fraco o fato de ser muito longo e cheio de "mini-musicais" no meio dele. De resto é uma obra sensível, atenta às nuances, com um ator mirim muito bom e que passa bem para nós os sentimentos que deve ter uma criança incompreendida.
Um Dia de Fúria
3.9 895 Assista AgoraUma frase de Mussolini (ao menos atribuída) não me saiu da cabeça enquanto assisti o filme: "Melhor viver um dia de leão, do que cem anos de cordeiro". Para um observador do sec. XXI - e um anacronismo não é impossível - existe uma violência fascista inata no filme, onde o bom cidadão, patriota, e pai de família vai revelando uma personalidade controladora, discretamente violenta no princípio, típica do bom homem americano que supostamente teria uma série de inimigos (imigrantes, mulheres independentes, mundo globalizado) que precisam ser eliminados. "Meu país, meu emprego, minha família", propriedades que ele tem o direito de interpretar, dispor e eliminar. O fato que muitos o considerem um herói incompreendido mostra muito dessa nossa sociedade contemporânea.
Obs.: Em tempo, o "Leão de um dia" Mussolini foi fuzilado e seu corpo pendurado de cabeça para baixo para exibição pública. Fim inglório para ideias inglórias.
O Povo Brasileiro
4.5 32A paixão do Darcy Ribeiro é absolutamente tocante: ele realmente parece sentir tudo o que fala, quase como se fosse uma testemunha ocular desses 500 anos de nossa história.
Dia dos Mortos
1.7 161 Assista AgoraMinha cota mensal de "trash over trash".
Sinfonia da Necrópole
3.5 109É uma proposta simples de filme, mas não simplista. A história fecha redondinho, as músicas são bacanas, as personagens convencem; não é para ser um clássico, mas nem se propõe a tal. É o que eu chamo de "história gostosa para ver num sábado à tarde". Assistam, não tenham preconceitos com o título ou a sinopse, nem só de Truffaut vive o homem.
Garota Sombria Caminha Pela Noite
3.7 343 Assista AgoraQuando algo é novo sempre causa estranhamento e não seria diferente com o " primeiro Western de vampiros iraniano", como ele mesmo se apresenta. Tem suas carências, claro, sendo unanimemente citado como um problema a trama arrastada e silenciosa, de um "nouvelle vague" que poderia ter sido dirigido por Jacques Rivette (desculpem os fãs), outra questão é que um filme que aposta em violência deve mostrar mais sangue, ao me ver. Mas após o filme vi mais pontos positivos que negativos: fotografia muito bonita, o preto e branco perfeito, o clima de tensão sutil, o momentos de "terrir", em suma, toda essa vibe SinCity. O clímax também fantástico, nada óbvio, prende a atenção e surpreende.
O Babadook
3.5 2,0KJá peço de antemão desculpas pelo texto longo, mas lendo as resenhas dos colegas eu vi que aqui temos a versão cinematográfica da velha pergunta "Capitu traiu bentinho?", traduzida em "O Babadook existe ou é uma metáfora?". Partindo da ideia que ele não é os dois ao mesmo tempo (e é essa a minha opinião) eu entendo que ele é sim uma metáfora. Em seu famoso livro sobre a depressão, "O demônio do meio-dia" o autor Andrew Solomon fala: “A depressão é a imperfeição no amor. Para podermos amar, temos que ser criaturas capazes DE SE DESESPERAR PERANTE AS PERDAS, e a depressão é o mecanismo desse desespero. Quando ela chega, degrada o eu da pessoa e finalmente eclipsa sua capacidade de dar ou receber afeição.”
A pobre Amélia já nos é apresentada como uma mulher perturbada na primeira cena, com ela sonhando com o acidente e uma "queda" na cama. O filme bebe do expressionismo alemão, notório por usar da deformação, metáforas e das imagens uma expressão dos sentimentos neles contidos, e o intenso jogo de sombras e o onipresente uso do preto, cinza ou escuro contracenando com a palidez mortal das personagens indica isso.
Ainda, percebam
a ausência do jump scare, não por ser um recurso saturado, mas porque sua ausência nos leva a duvidar que Amélia realmente viu o Babadook na casa em frente na cena da louça, ou se o filho realmente tem alguma coisa com o bicho
ao final vemos a personagem alimentar o monstro, para que ele fique sempre controlável. Sinal claro que a depressão deve ser permanentemente vigiada para não retornar, sim ou claro?
De resto acompanho a opinião de todos sobre a fotografia ser lindíssima, os planos de fundo interessantes, e as atuações (em especial da Essie Davis) muito boas.
Corpo Elétrico
3.5 216Acredito que o filme tentou se apropriar do gênero "crônicas do cotidiano" (que eu pessoalmente gosto muito) da vida de Elias, mas se perdeu no caminho. O filme não fecha, e não digo pelas personagens fugazes que aparecem e somem sem terem nomes (a natureza do filme permite isso), mas justamente porque a narrativa não explora os que ficam. Os fatos da vida nem sempre tem começo, meio e fim, mas as pessoas sentem a necessidade de ao menos se conectar com quem está em tela, eu não senti isso. Ganha muitos pontos pela representatividade, quer das drags, quer mostrando um pouco do cotidiano da camada mais obreira desse gigante chamado SP.
O Apartamento
3.9 258 Assista AgoraExiste um véu de preconceito que cerca o mundo islâmico e, com especialíssima atenção, a sociedade iraniana. Como um leitor assíduo do Samy Adghirni (colunista da folha), eu já havia visto as milhares de nuances que existe em cima da idéia que fazemos (correta, em grande parte) da sociedade autoritária e patriarcal dos persas. Esse filme de Asghar Farhadi (já vi "A separação", recomendo), nos mostra como o machismo atua de muitas formas não-violentas, sutis, com inúmeros conflitos entre mentes liberais e nosso histórico social. Fantástica análise para quem quer repensar os próprios valores e sua eventual posição de "liberal" - mais ainda se tu for um esquerdomacho.
Uma Noite de Aventuras
3.7 193 Assista AgoraO meio caminho entre uma comédia SitCom (comédia de situação) e uma nonsense, típica dos anos '80! Não é nenhuma concorrente ao Oscar, mas é um desses filmes gostosos para ver e rever ao lado da família/amigos/pessoa amada, e se divertir um pouco de forma despretensiosa, mas saudável. Sem apelações, sem exageros, um humor genuíno.
A Epidemia Zumbi
2.2 69Esquecível.
Natal em El Camino
2.6 71 Assista AgoraÉ um filme que causas uma sensação engraçada, pois ao mesmo tempo que a narrativa é muito ruim (ou a falta dela), a gente continua assistindo. Não tem o que fazer numa tarde qualquer de domingo? Assista.
Assassinato no Expresso do Oriente
3.4 938 Assista AgoraUm tributo à altura da autora da obra original! Toda energia, intriga e surpreendente de Agatha Christie estão lá (não para mim, eu já li o livro e vi todas as outras adaptações antigas, mas o espírito permanece), só esperando o espectador. Pouquíssimas adaptações são plenamente fieis, essa não é uma delas, mas um conselho de um fã para outro fã: assista com a mente aberta e imagine àquela pergunta que tu sempre quis fazer ao Poirot sendo mostrada na tela. Tri!
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraFaz jus à toda franquia, inclusive superior até mesmo àqueles das trilogias em alguns aspectos (especialmente narrativos). Um tributo à Aliança Rebelde, meio apagada nos conflitos da família Skywalker.
Três Homens em Conflito
4.6 1,2K Assista AgoraJá valeria só pela trilha sonora do Ennio Morricone. Pessoalmente eu acho o western spaghetti superior ao gênero-pai americano, especialmente porque acaba com a áurea de bom mocismo (horrivelmente falsa) dos desbravadores e mostra um mau-caratismo mais realista. Salvo engano é o filme que inaugurou o gênero, então duplamente recomendado.
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista AgoraTalvez por limitação pessoal eu tenho a tendência a desconfiar de filmes cuja história principal é contada extra-narrativamente, especialmente através de cores e simbologias frequentemente sutis (pessoalmente eu prefiro um combinado delas). Todavia, ao contrário da média, eu diria que esse estilo combinou bem com a proposta do filme, que trata basicamente de um mal estar social causado pela supervalorização do superficial, ao nível patológico. As cores contam a história, as batidas contam a história, o sangue conta a história. Você poderia excluir os diálogos e seria capaz de entender o filme perfeitamente, então entendo como bem sucedido.
Nota:
Que raios aquele puma fazia no filme? Aonde ela conheceu o carinha trouxa-legal? Que Keanu Reeves está fazendo nesse filme também? Perguntas sem respostas
Meninos de Kichute
3.7 59Eu não entendo muito de cinema (ainda) então não sei se há um nome para esse tipo de filme. Eu chamo de "crônicas do dia a dia", e para mim tais filmes tem um charme único. Sem pretensões, sem filosofias complexas, sem superproduções. É um filme para contar história, como antigamente a gente ouvia dos mais velhos sobre como era a vida deles. Sabor de infância, tempo antigo, quando o mundo era outro (não melhor ou pior, apenas outro).
Taxi Driver
4.2 2,6K Assista AgoraEsses grandes clássicos que a gente sempre ouve falar e cujas referências e marcas ("você tá falando comigo?...") são indeléveis geram muita expectativa. Taxi Driver foi além do que eu espera do neo-noir e me apresentou um filme de profundidade psicológica ímpar! Nós praticamente enlouquecemos junto com o Travis, tentando entender os meandros da sua mente, e ainda somos brindados com uma senhora de uma reviravolta. Um filme indispensável.
Sobre Nós
2.8 47Perdi o fio da meada em algum ponto que me deixou perdido, mas o tom cruel ao final não ficou despercebido. Não é bom, mas tem algumas coisas marcantes - eu certamente não vou esquecer tão cedo
esse diálogo: "-Vem, sonha comigo"; "-Foi você que deixou de me incluir nos seus sonhos"
O Casamento de Gorete
2.2 72Esquecível.