Por vezes podemos achar um filme ruim, quando a incapacidade de absorver as informações está em nós. Confesso minha ignorância sobre a história colonial dos nossos vizinhos, das "nações do rio" e todos esses meandros que eu desconfio serem necessários para entender a mensagem, que não é universal. Dá para captar a questão da burocracia infernal, do tempo se arrastando, etc (nas palavras da nossa colega uns comentários abaixo "É uma tarde quente e suada que se extende por anos"). De resto, fiquei sem entender (a presença de luso-brasileiros, muito menos).
Um filme que nos leva aos dilemas mais interessantes, mas acima de tudo nos questiona até que ponto nosso gosto pelo mundo idealizado, espelhado nos filmes, é um fuga saudável e onde passa a ser uma forma de alienação; as fronteiras da perfeição, nossas escolhas baseadas no que queremos que algo seja, ao invés do que ele realmente é. Fantástica obra.
Não sei se há uma forma "cinematográfica" de nomear esse estilo, mas eu chamo de "filmes sobre a rotina", o tipo de filme que nos faz olhar para os detalhes do cotidiano com mais atenção, e nos entretém simplesmente contando sobre uma vida normal, o que para mim é um charme. Todos podemos nos ver nelas, provavelmente conhecemos uma delas, e isso dá empatia, realismo, nos toca. Lindo.
São raras as oportunidades que eu acho o filme superior ao livro, e esse é o caso. As histórias amarram melhor aqui, certos "buracos" são preenchidos, com narrativas mais verossímeis. Me agradou.
Roteiro batido? Sim. Dá para rir ainda sim? Dá. Os atores são uma velha-guarda muito bem preparada para nos fazer esquecer que a gente já viu esse filmes muitas vezes, um caso que os atores salvam muito bem o filme.
Não tem o melhor dos roteiros, para ser justo, mas achei a premissa boa e criativo o "modus operandi" do criminoso. É para ser filme B, e atende a demanda.
Bom...até o final. Um desfecho é tão relevante quanto o filme em si, pois uma má conclusão tem o mesmo efeito (e acredito que não seja contra as regras do filmow esse tipo de metáfora) de coito interrompido, realmente deixa tudo no vazio.
Sendo muito sincero? Esperava mais de um clássico. Roteiro superficial, com tramas pouco exploradas, idas e vindas para dar em nada. Mas dou uma pontuação média pela música, que está totalmente impregnada no meu subconsciente!
Aonde reside nossa humanidade? Talvez o filme possa ser resumido nessa pergunta. Consciência? Alma? Isso pode ser emulado e reproduzido? E se sim, é autêntico por si só ou mero xerox de valor duvidoso? Perguntas interessantes por trás de um filme leve, ótimo para introduzir as crianças no universo filosófico (e eu era criança quando assisti pela primeira vez). Saudades de filmes assim.
Salvo alguns excertos ao longo dos anos, esta obra dos anos '80 é um daqueles casos de clássicos que todos viram, menos eu. Resolvi corrigir esse problema esta semana. Pois bem, o filme entrega o que promete, é uma distopia bem elaborada, roteiro original, com o Schwarzenegger em sua melhor fase. Nos prende com um bom roteiro, combinando as necessárias explosões e cenas de ação com conteúdo, não "bater por bater'' (quando eles perderam a mão?). Enfim, bom.
Por um bom tempo o cinema era um extensão natural do teatro e eu acredito que é uma forma totalmente válida e interessante de atuação, e por si só é uma raridade pois essa técnica teatral já estava ficando em desuso na época do filme (a película "Uma Rua Chamada Pecado" foi o primeiro grande sucesso, acredito, a romper esse paradigma). Filmes são um retrato das técnicas de sua época, devemos e precisamos lembrar disso, como há épocas de grandes temas (Olhem como a década de '90 amava obras medievais, os anos '80 filmes no espaço e hoje vivemos em franca era dos heróis em quadrinhos) também há épocas para cada técnica. Apreciemos essa riqueza.
Um clássico da sessão da tarde, obrigatório para quem foi criança dos anos '90, que como todos sabemos era terra sem lei. Crítica sobre a sociedade conservadora? Temos. Seios praticamente à mostra? Temos. Uma matriarca sentando no rosto de um homem num piquenique? Temos também. Um ícone, sem sombra de dúvidas.
Pecou no roteiro e no tom da narrativa e não aprofundou nos personagens como poderia. Mas ainda sim é interessante para visualizar o fenômeno da emigração por um viés utópico, a ideia do Eldorado que existe para cada um em um lugar diferente (e que dificilmente se revela autêntico).
"Oh, captain, my captain". Meu comentário para esse filme vai por outra via, um tanto quando obscurecida pelas mensagens positivas da obra (que constituem a maior parte). Gostaria de abordar as responsabilidades que temos na vida das pessoas, ideia que se tenta apagar hoje em dia por meio de uma sedutora visão edonista pós-moderna. O professor dá ferramentas para pessoas em bolhas, despreparadas. Dar o "remo da vida" para alguém que não sabe remar é tão perigoso quanto furtar dele o direito de ter esse ramo em hora apropriada. "Oh, captain, my captain", que capitão é esse que não vê o navio indo de encontro às rochas? Quem viu entendeu bem a colocação.
Como comentou a moça aqui embaixo, numa síntese perfeita, "Filmaram e esqueceram de incluir um roteiro". A gente poderia ficar muito tempo escolhendo o que tem de pior, mas o mais difícil de entender é porque o Forest Whitaker intercala ótimos papeis (homem, você fez "O último rei da Escócia", " Bom Dia, Vietnã" e "Pantera Negra") com outros tão horríveis.
"Lolita", apesar de não ser o mais preciso dos filmes de Kubrick, certamente está entre os mais polêmicos. A arte, muito além do entretenimento, se presta ao papel de questionadora, subversiva, nos confrontando com realidades terríveis. É assim ao tratar principalmente dos grandes tabus, e não poderia ser diferente nesse caso. Sim, ele é um monstro. Um monstro que romantiza, um monstro que acredita que ela (a menina) o incita, um monstro que acredita que o que sente é desejo e, sim, amor. É a história pelo ângulo do Lobo Mau, e isso assusta e enoja. Mostra que os vilões não vêm sempre com uma mente maquinando psicopatias, não vêm do espaço, ou de mitos antigos, ou do escuro da noite. Vem dos nossos vizinhos, de simpáticos cidadãos que colocamos dentro de nossas casas sem temer. Mas, SOBREMANEIRA, se G.R.R. Martin acerta ao dizer que todo vilão é o herói de sua própria história, esse filme (e livro) inova ao nos apresentar o vilão insistindo em se apresentar como a vítima.
NOTA IMPORTANTE: Leiam o livro. Eu tenho pra mim que tudo, até as reações da Lolita são imaginadas pela mente pervertida do Humbert, vejo isso mais claro no livro, mas não some na película.
Um humor leve e simpático, mostrando um pouco de uma cultura (em regra) tão desconhecida do público brasileiro médio. Um arco narrativo bem feito, personagens que convencem. Ótimo filme
Mediano. Embora tenha aquela áurea dos anos oitenta (e que todo mundo ama, inclusive eu) e tenha como base o o encontro de Kelly-Hopkinsville, ainda sim não engrena bem. Falta um arco narrativo melhor, os caçadores intergaláticos não convencem, e a família é meio tosquinha. Ganha pontos pelas criaturas hilárias e pelo "je ne sais quoi" que permeia a década de ouro da cultura pop.
Sou um fã de Tim Burton, mas sinceramente não deu para mim. Obviamente é um trash, mas mesmo um filme desses deve ter diálogo interno, achei muito bagunçado.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraUma doce melancolia. Um sorriso amarelo. "Agridoce" nunca definiu tão bem um filme.
Zama
3.4 51Por vezes podemos achar um filme ruim, quando a incapacidade de absorver as informações está em nós. Confesso minha ignorância sobre a história colonial dos nossos vizinhos, das "nações do rio" e todos esses meandros que eu desconfio serem necessários para entender a mensagem, que não é universal. Dá para captar a questão da burocracia infernal, do tempo se arrastando, etc (nas palavras da nossa colega uns comentários abaixo "É uma tarde quente e suada que se extende por anos"). De resto, fiquei sem entender (a presença de luso-brasileiros, muito menos).
A Rosa Púrpura do Cairo
4.1 590 Assista AgoraUm filme que nos leva aos dilemas mais interessantes, mas acima de tudo nos questiona até que ponto nosso gosto pelo mundo idealizado, espelhado nos filmes, é um fuga saudável e onde passa a ser uma forma de alienação; as fronteiras da perfeição, nossas escolhas baseadas no que queremos que algo seja, ao invés do que ele realmente é. Fantástica obra.
Viagem Insólita
3.6 177 Assista AgoraUm filme sem pretensões, dos tempos áureos da Sessão da Tarde/Cinema em casa. Nostálgico para quem foi criança nos anos 80/90.
Nossa Irmã Mais Nova
4.0 76 Assista AgoraNão sei se há uma forma "cinematográfica" de nomear esse estilo, mas eu chamo de "filmes sobre a rotina", o tipo de filme que nos faz olhar para os detalhes do cotidiano com mais atenção, e nos entretém simplesmente contando sobre uma vida normal, o que para mim é um charme. Todos podemos nos ver nelas, provavelmente conhecemos uma delas, e isso dá empatia, realismo, nos toca. Lindo.
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraSão raras as oportunidades que eu acho o filme superior ao livro, e esse é o caso. As histórias amarram melhor aqui, certos "buracos" são preenchidos, com narrativas mais verossímeis. Me agradou.
Despedida em Grande Estilo
3.5 227 Assista AgoraRoteiro batido? Sim. Dá para rir ainda sim? Dá. Os atores são uma velha-guarda muito bem preparada para nos fazer esquecer que a gente já viu esse filmes muitas vezes, um caso que os atores salvam muito bem o filme.
Festa no Céu
4.0 689 Assista AgoraUm filme meigo, bonito em sua mensagem e singelo. Apropriado para crianças e adultos.
O Lago da Morte
3.2 54Não tem o melhor dos roteiros, para ser justo, mas achei a premissa boa e criativo o "modus operandi" do criminoso. É para ser filme B, e atende a demanda.
Predador 2: A Caçada Continua
3.2 293 Assista AgoraSinceramente? O melhor da franquia original.
A Mulher Mais Assassinada do Mundo
2.9 33 Assista AgoraBom...até o final. Um desfecho é tão relevante quanto o filme em si, pois uma má conclusão tem o mesmo efeito (e acredito que não seja contra as regras do filmow esse tipo de metáfora) de coito interrompido, realmente deixa tudo no vazio.
Footloose: Ritmo Louco
3.6 510 Assista AgoraSendo muito sincero? Esperava mais de um clássico. Roteiro superficial, com tramas pouco exploradas, idas e vindas para dar em nada. Mas dou uma pontuação média pela música, que está totalmente impregnada no meu subconsciente!
O Homem Bicentenário
3.7 1,2K Assista AgoraAonde reside nossa humanidade? Talvez o filme possa ser resumido nessa pergunta. Consciência? Alma? Isso pode ser emulado e reproduzido? E se sim, é autêntico por si só ou mero xerox de valor duvidoso? Perguntas interessantes por trás de um filme leve, ótimo para introduzir as crianças no universo filosófico (e eu era criança quando assisti pela primeira vez). Saudades de filmes assim.
O Exterminador do Futuro
3.8 899 Assista AgoraSalvo alguns excertos ao longo dos anos, esta obra dos anos '80 é um daqueles casos de clássicos que todos viram, menos eu. Resolvi corrigir esse problema esta semana. Pois bem, o filme entrega o que promete, é uma distopia bem elaborada, roteiro original, com o Schwarzenegger em sua melhor fase. Nos prende com um bom roteiro, combinando as necessárias explosões e cenas de ação com conteúdo, não "bater por bater'' (quando eles perderam a mão?). Enfim, bom.
O Vampiro da Noite
3.8 102Por um bom tempo o cinema era um extensão natural do teatro e eu acredito que é uma forma totalmente válida e interessante de atuação, e por si só é uma raridade pois essa técnica teatral já estava ficando em desuso na época do filme (a película "Uma Rua Chamada Pecado" foi o primeiro grande sucesso, acredito, a romper esse paradigma). Filmes são um retrato das técnicas de sua época, devemos e precisamos lembrar disso, como há épocas de grandes temas (Olhem como a década de '90 amava obras medievais, os anos '80 filmes no espaço e hoje vivemos em franca era dos heróis em quadrinhos) também há épocas para cada técnica. Apreciemos essa riqueza.
Elvira, a Rainha das Trevas
3.4 1,4KUm clássico da sessão da tarde, obrigatório para quem foi criança dos anos '90, que como todos sabemos era terra sem lei. Crítica sobre a sociedade conservadora? Temos. Seios praticamente à mostra? Temos. Uma matriarca sentando no rosto de um homem num piquenique? Temos também. Um ícone, sem sombra de dúvidas.
O Caminho das Nuvens
3.3 197 Assista AgoraPecou no roteiro e no tom da narrativa e não aprofundou nos personagens como poderia. Mas ainda sim é interessante para visualizar o fenômeno da emigração por um viés utópico, a ideia do Eldorado que existe para cada um em um lugar diferente (e que dificilmente se revela autêntico).
Sociedade dos Poetas Mortos
4.3 2,3K Assista Agora"Oh, captain, my captain". Meu comentário para esse filme vai por outra via, um tanto quando obscurecida pelas mensagens positivas da obra (que constituem a maior parte). Gostaria de abordar as responsabilidades que temos na vida das pessoas, ideia que se tenta apagar hoje em dia por meio de uma sedutora visão edonista pós-moderna. O professor dá ferramentas para pessoas em bolhas, despreparadas. Dar o "remo da vida" para alguém que não sabe remar é tão perigoso quanto furtar dele o direito de ter esse ramo em hora apropriada. "Oh, captain, my captain", que capitão é esse que não vê o navio indo de encontro às rochas? Quem viu entendeu bem a colocação.
Próxima Parada: Apocalipse
1.8 496Como comentou a moça aqui embaixo, numa síntese perfeita, "Filmaram e esqueceram de incluir um roteiro". A gente poderia ficar muito tempo escolhendo o que tem de pior, mas o mais difícil de entender é porque o Forest Whitaker intercala ótimos papeis (homem, você fez "O último rei da Escócia", " Bom Dia, Vietnã" e "Pantera Negra") com outros tão horríveis.
Lolita
3.7 632 Assista Agora"Lolita", apesar de não ser o mais preciso dos filmes de Kubrick, certamente está entre os mais polêmicos. A arte, muito além do entretenimento, se presta ao papel de questionadora, subversiva, nos confrontando com realidades terríveis. É assim ao tratar principalmente dos grandes tabus, e não poderia ser diferente nesse caso. Sim, ele é um monstro. Um monstro que romantiza, um monstro que acredita que ela (a menina) o incita, um monstro que acredita que o que sente é desejo e, sim, amor. É a história pelo ângulo do Lobo Mau, e isso assusta e enoja. Mostra que os vilões não vêm sempre com uma mente maquinando psicopatias, não vêm do espaço, ou de mitos antigos, ou do escuro da noite. Vem dos nossos vizinhos, de simpáticos cidadãos que colocamos dentro de nossas casas sem temer. Mas, SOBREMANEIRA, se G.R.R. Martin acerta ao dizer que todo vilão é o herói de sua própria história, esse filme (e livro) inova ao nos apresentar o vilão insistindo em se apresentar como a vítima.
NOTA IMPORTANTE: Leiam o livro. Eu tenho pra mim que tudo, até as reações da Lolita são imaginadas pela mente pervertida do Humbert, vejo isso mais claro no livro, mas não some na película.
O Casamento de Ali
3.6 29 Assista AgoraUm humor leve e simpático, mostrando um pouco de uma cultura (em regra) tão desconhecida do público brasileiro médio. Um arco narrativo bem feito, personagens que convencem. Ótimo filme
Criaturas
2.9 141 Assista AgoraMediano. Embora tenha aquela áurea dos anos oitenta (e que todo mundo ama, inclusive eu) e tenha como base o o encontro de Kelly-Hopkinsville, ainda sim não engrena bem. Falta um arco narrativo melhor, os caçadores intergaláticos não convencem, e a família é meio tosquinha. Ganha pontos pelas criaturas hilárias e pelo "je ne sais quoi" que permeia a década de ouro da cultura pop.
Marte Ataca!
3.2 657 Assista AgoraSou um fã de Tim Burton, mas sinceramente não deu para mim. Obviamente é um trash, mas mesmo um filme desses deve ter diálogo interno, achei muito bagunçado.
Beleza Oculta
3.7 888 Assista AgoraPara mim, o melhor filme do Will Smith. História bem desenvolvida, que se por um lado entregava o "óbvio"
, ou seja, que os atores eram encarnações reais das abstrações