Há tempos eu não dou um 3,5 para um filme aqui no Filmow, mas a impressão que eu fiquei foi de que Finch fica mesmo entre um quase Muito Bom e um Excelente. A fotografia realista e ao mesmo tempo quase tão surreal de tão catastrófica me fez imaginar o personagem do Tom Hanks encontrando o robozinho Wall-e, da Disney. O filme peca ao não explicar bem o motivo de o Sol em determinado lugar ser mortal e em outro parecer que esta se recuperando, assim como toda a terra. A mensagem final é algo meio Memento Mori enquanto revela que o homem passará e o seu caos também, mas a sua criação tida como "artificial" perdurará mais que nós, seus criadores.
Um prequel de excelência. Esse filme é como se fosse o episódio 1x00 de The Sopranos. Todo o resto nós já sabemos, não dava para esperar grandes reviravoltas, nada além da construção do caminho já traçado. Adorei a forma como o roteiro brinca com o destino dos personagens, cria referencias, traça paralelos... por isso que é mesmo um prequel de excelência.
Claramente Paul Thomas Anderson estava com receio de fazer uma critica seria a Cientologia. E se essa for mesmo uma critica, é uma critica cheia de dedos, com um roteiro que pisa em ovos na maioria do tempo. Nada muito serio, nada muito digno de atenção nesse sentido. A historia não deveria se vender com uma critica a esta seita, antes de mais nada, deveria se vender (ou ter se vendido na época de seu lançamento) como a historia de um homem e de seus terrores do pós-guerra, nada além disso. Paul Thomas Anderson é genial, eu sei disso, mas na minha visão essa foi uma obra menor em diversos aspectos.
Esperava um final mais perverso para o Guy, houve muita complacência para ele. E tudo bem, eu entendo que é uma adaptação de um livro da Patricia Highsmith, porém não deixei de esperar que as mãos do diretor pesassem mais aqui. Senti o tempo todo que algumas ideias do Hitchcock aqui ainda estavam mal desenvolvidas, e que só seriam resolvidas em filmes posteriores que de certa forma carregam a mesma trama, como o 'Dial M for Murder' e o 'To Catch a Thief'. Até mesmo 'Notorious', um filme bem anterior a esse, de 1946, consegue se resolver melhor e entregar um final mais surpreendente. 'Strangers on a Train' não é o pior do Hitchcock, só é um filme imaturo, ou que envelheceu mal. 'Match Point' do Woody Allen consegue ser um substituto a altura.
Fiquei indignado com o final que dão ao personagem do James Dean, o personagem ficou completamente mal aproveitado, mal desenvolvido, não faz sentido nenhum o enredo abandonar ele naquele momento, justo naquele momento. Logo com essa performance que ele entregou aqui, a sua melhor atuação! A historia nos engana ao apresentar ele e sua ascensão, ele veio do nada, e ao nada retorna, assim como alguns outros personagens antes dele.
Simplesmente não dá para acreditar na repentina "redenção" do Bick Benedict, é muito forçado! Tentaram enfiar uma mensagem as pressas no filme, algo que durante a metade da historia é completamente esquecida, sendo apenas resgatada nos últimos minutos do segundo tempo. Esse é um filme que começa excelente mas termina como uma grande decepção (pelo menos foi para mim) revelando diversas falhas. Apenas a belíssima fotografia continua impecável durante toda as 3h21 de filme.
A direção suave e poética que Natalie Portman dá as memorias do escritor Amós Oz. Quase não dá para acreditar que essa seja a estreia dela como diretora de um longa, parece o trabalho de uma diretora com uma vasta carreira cinematográfica. Realmente, lindo de doer!
No final das contas esse filme é sobre amores difíceis, representados de uma forma toda torta e inexpressiva, até mesmo nos raros e ultimatos momentos de conciliação. Talvez tudo seja assim por se tratar (como deixa bem claro o titulo) de Interiores, mas não do interior físico, mas sim do sentimental, as profundezas e depressões sentimentais existentes em todos nós. Me chama muito a atenção a Joey, que cresceu cercada pela arte mas não consegue se expressar (ou pensa que não), e isso é tão contraditório e ao mesmo tempo tão humano também.
O roteiro é tão medíocre que com certeza cala a boca de quem reclamou e viveu mais de uma década falando mal do George Lucas pela segunda trilogia, e dá até preguiça de esboçar um comentário mais concatenado. A grande questão em falta aqui é a seguinte: qual o proposito de tudo isso? A onde isso tudo levou? 'The Rise of Skywalker'? Quando e onde? Esse filme termina como se a historia de Star Wars tivesse acabado de começar, faz qualquer fã de longa data se sentir passado para trás com um roteiro desse. É lamentável que as coisas tenham desandado a esse ponto. Sem querer ser chato, e longe de mim querer defender os abusos de CGI de George Lucas, mas o que vinha dele para as telas tinha ALMA, tinha paixão, e isso não se adiciona nem com o maior orçamento cinematográfico.
Quando se começa a assistir esse filme talvez fique a impressão de que a solução virá, ou de que esse filme relata a ultima batalha de uma mãe contra o problema do filho com as drogas, sabe, deixa a impressão de que será a ultima vitoria, a tão esperada cura, mas tudo não passa de uma ilusão, e o final revela que só o amor de mãe resiste, quando todos os amores se esfriam até deixarem de existir, a mãe estará lá. Esse filme relata apenas mais um capitulo de uma grande batalha, que longe de ser apenas ficção, é a historia de muitas famílias pelo mundo afora.
Teria sido mais digno se a produção do filme tivesse utilizado o subtitulo de "The First Years", faria muito mais sentido com a real intenção da produção. Longe de ser uma cinebiografia definitiva, é uma obra convidativa a conhecer mais o trabalho do professor.
Magnetic Rose - 4 estrelas. (Não sei se foi só comigo, mas, esse curta me lembrou MUITO aquele filme de terror chamado Navio Fantasma dirigido pelo Steve Beck, tem até a Julianna Margulies no elenco... enfim, descobri a fonte daquele filme.)
Stink Bomb - 5 estrelas. Genial a forma como o roteiro subverteu o cotidiano em um verdadeiro caos e conseguiu mesclar tons de comicidade em meio a terror psicológico e a agonia.
Cannon Fodder - 3 estrelas. Chato, entediante, tive que buscar a sinopse para poder entender a real intenção do Katsuhiro Otomo nesse curta, e me deparei com obviedade e não foi algo que me surpreendeu não. É valido pela critica social com certeza, ainda mas se analisarmos o momento histórico quando esse roteiro foi escrito, enfim, mas fica muito abaixo na sombra dos outros dois curtas anteriores.
Esse filme veio para trazer uma nova imagem a personagem histórica da bíblia. Algo como uma atualização, para derrubar velhas ideias já enraizadas no costume popular, por assim dizer. É interessante ver o lado das mulheres e seus questionamentos, algo que convenhamos, não é lá muito explorado nos filmes que relataram os evangelhos. Esse filme nesses quesitos tem sim o seu mérito. É até poético! Ressalva a importância dessa personagem como a primeira que espalhou a mensagem antes dos demais.
- "Perguntaram-lhe "Mulher porque choras?" E ela respondeu "porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram", dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, mas não O reconheceu. E Jesus disse-lhe: " Mulher, porque choras? Quem procuras? Ela pensando que era o encarregado do Horto disse-Lhe: Senhor se foste tu que O tiraste, diz-me onde O puseste, que eu vou busca-l'O. Disse-Lhe Jesus: "Maria!" Ela aproximando-se exclamou em hebraico: " Rabbuni!"- que quer dizer Mestre! Jesus disse-lhe; "Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai; mas vais ter com os meus irmãos e diz-lhes: "Subo para O meu Pai que é vosso Pai, para O meu Deus que é vosso Deus" :Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: "Vi o Senhor!" -
Logo no começo fiquei um pouco irritado com o fato de que a pessoa (ou as pessoas, melhor dizendo) responsáveis por esse filme quiseram tirar toda a virtude das palavras e das ideias dos apóstolos e colocar para a Madalena. Mas logo percebi também que se tratava de uma adaptação das ideias escritas no evangelho apócrifo de Maria Madalena, onde ela é relatada como uma pessoas mais próxima de Cristo do que os apóstolos, e sendo até questionada por esses mesmos, algo bem mostrado no final do filme. É um filme lindo, para mim o ápice da fotografia desse filme foi a cena da entrada de Jesus em Jerusalém e as cenas do templo.
O único pecado desse filme é ignorar a existência de J.R.R. Tolkien e a amizade que esse mesmo teve com C.S Lewis. No lugar do Tolkien, colocaram um personagem ficcional chamado Christopher Riley interpretado pelo ator John Wood. Desnecessário! (Em um certo momento dá até pra ver o menino Douglas Gresham lendo o que parecer ser uma edição de O Hobbit. <3) Fora isso, o filme é sensacional, as atuações são excelentes, a fotografia é linda e faz juz a vida e momento do Lewis. E que coisa linda era amizade dele com o irmão, Warren Lewis.
Esse filme poderia se chamar: Madame Bovary Liberta!
John Ruskin era um critico incrível, um dos mais adorados críticos de arte da era vitoriana, apoiador do movimento pré-rafaelita, um dos mestres de Proust, mas era um cara completamente DOENTE, atroz, obcecado pela arte, fazendo esta parecer um peso, em suma: um misógino patológico. Ele faz o Charles Bovary parecer o mais viril dos homens (mesmo ele sendo um personagem ficcional...) e eu sempre achei o Charles o mais lerdo dos personagens que já li... enfim. É impossível (pelo menos para mim foi) assistir esse filme e não traçar alguns paralelos com a obra mais conhecida do Flaubert. A vida mais uma vez imitando a arte. Reconforta saber que essa historia teve um final feliz para a Effie no final das contas. Eu já li alguns ensaios dele (A Economia Política da Arte) e achava ele uma pessoa fenomenal, mas esse filme desconstruiu a ideia que eu tinha sobre ele, a ideia humana.
Eu não imaginava que as irmãs Brontë tiveram uma vida tão difícil assim, uma vida "digna" de ser até um romance escrito por Charles Dickens, dado ao sofrimento e as adversidades de seu tempo. Alguns exageros meus á parte, eu não entendo como teve gente que achou esse filme tedioso ou monótono. Essa foi a vida delas, sem glamour, sem festas, sem agitação, uma vida difícil e dedicada a escrita, tanto pelas necessidades como pelo talento nato das irmãs. Uma cinebiografia que se preze não precisa de floreio algum, a realidade basta.
O filme é bom, tem muitas ideias novas, que, se exploradas da maneira certa vai ser algo bonito de se ver, principalmente com relação a esse final promissor para a rebelião. Porém, é inegável que algumas coisas aqui ficaram sem explicação nenhuma. Como por exemplo o fato de que com milhares de anos em tradição Jedi, só agora alguém lá do outro lado notou que os Jedi (nas palavras do Luke) eram "arrogantes..." e blá blá blá, que eles estavam errados o tempo todo, e que é hora de mudar... serio mesmo isso? Qui-Gon Jinn, Yoda, Anakin, todos estes passaram para o outro lado (sem contar aqueles milhares que morreram com a execução da ordem 66 e em guerras posteriores), e só agora Luke no auge de sua miséria espiritual faz essa descoberta "maravilhosa"? E o Yoda ainda aparece para confirmar. Será possível que ninguém lá soube disso antes! E falando no baixinho verde, deu claramente para notar que o Yoda ali na ilha estava quase que presente fisicamente, batendo os pés, bengalinha, lançando raios e tudo mais, então porque não usar um exercito de Jedi mortos (o povo lá do 'Light side of the Force') para ajudar na rebelião? Porque o Yoda não ajuda em nada? Ou o próprio Qui-Gon Jinn então, que aparentemente foi o primeiro Jedi "recente" a explorar essa arte?
O tempo inteiro o filme deixou claro que é hora de mudar, é hora de quebrar a tradição, mas eu fico pensando se não dava pra passar essa mensagem de outro jeito, sem precisar distorcer ou deturpar a imagem dos Jedi já estabelecida durante muito tempo, tornando assim toda aquela sabedoria quase que nula, tornando assim o 'Light side of the Force' um elefante branco. Esse filme não deixou em momento algum uma promessa de que isso vá ser explorado mais pra frente... isso reforça a minha ideia de que era essa a hora, 'The Last Jedi' poderia ser isso. Já que é pra mudar, porque não fazer isso logo de uma vez sem precisar deixar isso para o outro filme, sabe. É terrível quando se percebe que quiseram aqui focar em varias historias mas não fechando nenhuma delas, deixando varias pontas soltas. A impressão que eu tive é que os roteiristas e todo o pessoal responsável por esse filme viu as inúmeras teorias criadas por fãs (por exemplo: Quem diabos é o Lider Supremo Snoke? e coisas do tipo) e todas as expectativas e quis justamente quebrar tudo isso, basicamente dizendo aos fãs: "Vejam só, vocês não sabem de nada. Vocês não sabem quem é realmente importante na historia. Podemos mudar tudo." Porque eu acho isso:
- Cena do Luke jogando o sabre fora. (Ou todas as cenas dele...) - Cena do Kylo dizendo que a Rey não passa de uma garota qualquer, sem nenhuma ligação com o sangue Skywalker. (1000 teorias indo para o espaço) - Snoke sendo morto e não tendo importancia nenhuma na trama central da historia nem muito menos tendo sido exposta a sua origem tão questionada e debatida em 'The Force Awakens'.
Fora inúmeras outras cenas... É basicamente o que o ator John Boyega disse em um dos trailers comentado pelo elenco na época um pouco antes do lançamento "Estamos indo por um caminho completamente oposto do esperado." E eu nem vou falar na discordância 1000 que esse filme dá ao titulo de 'Return of the Jedi' coisa que até em 'The Force Awakens' meio que estava sendo sustentada, mas que aqui caiu por terra, atingido por um raio do Yoda. Seria melhor que 1983 George Lucas não tivesse alterado o titulo e deixado 'Revenge of the Jedi', faria sentido na época e agora também.
O garoto é um diabo, o cinema europeu tem uma fascinação por personagens assim, jovens e rebeldes. O filme vale mesmo pela turma de idosos, eles são umas figuras.
Quem espera desse filme grandes revelações da vida de Vincent Van Gogh, coisas até então não exploradas, as grandes facetas do pintor, seus segredos ou qualquer coisa parecida, aqui irá se decepcionar. Esse é um daqueles filmes no qual quem assiste também faz parte da historia investigativa de uma forma surpreendente. Nós, enquanto assistimos esse filme, somos também Armand Roulin. Em vários momentos eu me peguei fazendo as mesmas perguntas que ele faz ao longo do filme, e esse é o ponto central da historia, questionar, investigar, criar nossas próprias teorias sobre as ultimas horas da vida do pintor, e isso deixa 'Loving Vincent' bem longe de ser uma daquelas frias e distantes cinebiografias (sei que esse filme não se talvez não se encaixe nessa categoria, mas enfim...). Um olhar sentimental as vezes para a vida de quem se dedicou inteiramente a arte não é nada demais.
(Uma pequena menção honrosa a Helen McCrory, mesmo a personagem dela não sendo o "foco" e sim apenas mais um olhar diferente ao Vincent, eu amo essa mulher. <3)
Nada mais nada menos que uma pequena odisseia no gueto. Uma historia que começa por nada mas que no final das contas termina dizendo tudo. Sensacional!
A impressão que eu tive com o desfecho da historia é de que esse é um daqueles filmes que nos fazem sorrir em alguns momentos, vibrar de tensão por alguns instantes aleatórios, mas que, acima de tudo, termina nos apontando o dedo na cara, fazendo com isso, que cada pessoa que assiste esse filme saiba que de uma forma ou de outra também faz parte desse mundo que queria matar o "Super porco". É uma critica feroz ao sistema capitalista que nem precisa de muitas palavras, o filme deixa completamente que cada pessoa julgue por si só ferocidade de tudo isso, mesmo que se trate de um animal fictício.
Jake Gyllenhaal é talvez o grande problema desse filme, um personagem insuportavelmente anticlimático, ainda bem que as cenas dele foram bem esparsas.
Rotten Tomatoes continua sendo um site lixo e sem credibilidade!!! Que fiquei claro, não é a nota de um site que define a qualidade de um filme, e sim, a experiencia individual de cada pessoa. A aclamação e o sucesso de certos filmes vão de contra as criticas praticamente desde que o cinema existe.
Bom, nem todas as cinebiografias tem a coragem de partir no ponto inicial da vida do biografado, no alto estilo narrativo David Copperfield da coisa, poucas cinebiografias fazem isso hoje em dia. Na minha opinião, seria raso demais que esse filme não focasse de forma direta no relacionamento conturbado dela, a Sylvia Plath viveu de fato o seu amanhecer maravilhoso e inspirador e o seu mais terrível crepúsculo e eclipse ao lado, e por causa de Ted Hughes. Ele foi o seu "calcanhar de aquiles", por assim dizer, não consigo imaginar um filme que fale da vida da Sylvia e que queira passar por essa fase da vida dela sem se aprofundar nisso, o fundo do posso, a ruína, os últimos dias de Sylvia Plath.
Não se tratava somente de "crises de ciumes", aliás, eu acho que o filme deixa isso mais que obvio, que, quando ela tem aquela crise na mesa de jantar ela já está no máximo de si, exaurida de angustia. Não se tratou de ter ciumes do marido ou inveja dele pela fama, (e nem acho que o filme afirme isso em momento algum...), sempre se tratou de ESPAÇO. Uma planta precisa de espaço e ar puro para crescer, e Ted Hughes era um vaso, um molde-prisão, uma forma, uma algema. Imagino que deva ser muito difícil mesmo querer ser alguém ao lado de quem que, apesar de seus talentos, só pensa em si mesmo e não sabe dar valor a mais ninguém.
Entendo quem diga que o filme pulou alguns momentos importantes na vida da biografada, alguns muito tristes de fato, mas, esse é o ponto, foram nesses momentos mostrados no filme que veio toda a inspiração boa e má, toda a fúria, toda a poesia conturbadamente bela, todo o terror da perda de si mesma e de todo o resto. O final é desolador, real, triste e severo! Gwyneth Paltrow me surpreendeu.
Divertidíssimo! Um filme que foge dos padrões, e sempre ruma ao inesperado. Foi uma ótima surpresa assistir esse filme, amizade assim, no cinema, eu não vejo desde 'Stand by Me', outro excelente filme sobre a amizade, companheirismo, aliada de uma viajem inesperada e as mudanças causadas por ela.
Assistir esse filme foi como voltar as origens, voltar ao primeiro filme da serie. Esse filme teve tudo que conquistou seus primeiros fãs da saga lá em 2003, todo o clima frio, aquela historia que se passa no subterrâneo, metrôs, e, acima de tudo, trouxe de volta toda aquela aristocracia vampiresca que é visto no primeiro filme, que foi uma coisa que sinceramente eu achei que faltou nos outros filmes. Tive a impressão assistindo ao trailer que esse filme teria muito da essência do primeiro, e isso não foi enrolação pra atrair publico para os cinemas, ainda bem.
A diretora e produtora, Anna Foerster, que já tenho em alta conta, por dirigir alguns episódios da fantástica serie, Outlander, aqui não me decepcionou de forma nenhuma (trouxe até o terrível Jack Randall, reconheci a cara na hora), essa mulher sabe fazer uma boa ambientação aliada de um bom roteiro. A historia dos vampiros lá do Clã do Norte é sensacional, toda a misticidade envolvendo eles foi algo surpreendente, diria eu que daria um bom Prequel, como foi como A Rebelião em 2009. Sony, por favor, que os próximos filmes também sejam assim. #ContinuaAnnaFoerster
Finch
3.6 221 Assista AgoraHá tempos eu não dou um 3,5 para um filme aqui no Filmow, mas a impressão que eu fiquei foi de que Finch fica mesmo entre um quase Muito Bom e um Excelente.
A fotografia realista e ao mesmo tempo quase tão surreal de tão catastrófica me fez imaginar o personagem do Tom Hanks encontrando o robozinho Wall-e, da Disney.
O filme peca ao não explicar bem o motivo de o Sol em determinado lugar ser mortal e em outro parecer que esta se recuperando, assim como toda a terra. A mensagem final é algo meio Memento Mori enquanto revela que o homem passará e o seu caos também, mas a sua criação tida como "artificial" perdurará mais que nós, seus criadores.
Os Muitos Santos de Newark: Uma História Soprano
3.3 109 Assista AgoraUm prequel de excelência. Esse filme é como se fosse o episódio 1x00 de The Sopranos. Todo o resto nós já sabemos, não dava para esperar grandes reviravoltas, nada além da construção do caminho já traçado. Adorei a forma como o roteiro brinca com o destino dos personagens, cria referencias, traça paralelos... por isso que é mesmo um prequel de excelência.
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraClaramente Paul Thomas Anderson estava com receio de fazer uma critica seria a Cientologia. E se essa for mesmo uma critica, é uma critica cheia de dedos, com um roteiro que pisa em ovos na maioria do tempo. Nada muito serio, nada muito digno de atenção nesse sentido.
A historia não deveria se vender com uma critica a esta seita, antes de mais nada, deveria se vender (ou ter se vendido na época de seu lançamento) como a historia de um homem e de seus terrores do pós-guerra, nada além disso.
Paul Thomas Anderson é genial, eu sei disso, mas na minha visão essa foi uma obra menor em diversos aspectos.
Pacto Sinistro
4.1 293 Assista AgoraEsperava um final mais perverso para o Guy, houve muita complacência para ele. E tudo bem, eu entendo que é uma adaptação de um livro da Patricia Highsmith, porém não deixei de esperar que as mãos do diretor pesassem mais aqui. Senti o tempo todo que algumas ideias do Hitchcock aqui ainda estavam mal desenvolvidas, e que só seriam resolvidas em filmes posteriores que de certa forma carregam a mesma trama, como o 'Dial M for Murder' e o 'To Catch a Thief'.
Até mesmo 'Notorious', um filme bem anterior a esse, de 1946, consegue se resolver melhor e entregar um final mais surpreendente. 'Strangers on a Train' não é o pior do Hitchcock, só é um filme imaturo, ou que envelheceu mal. 'Match Point' do Woody Allen consegue ser um substituto a altura.
Assim Caminha a Humanidade
4.2 229 Assista AgoraFiquei indignado com o final que dão ao personagem do James Dean, o personagem ficou completamente mal aproveitado, mal desenvolvido, não faz sentido nenhum o enredo abandonar ele naquele momento, justo naquele momento. Logo com essa performance que ele entregou aqui, a sua melhor atuação! A historia nos engana ao apresentar ele e sua ascensão, ele veio do nada, e ao nada retorna, assim como alguns outros personagens antes dele.
Simplesmente não dá para acreditar na repentina "redenção" do Bick Benedict, é muito forçado! Tentaram enfiar uma mensagem as pressas no filme, algo que durante a metade da historia é completamente esquecida, sendo apenas resgatada nos últimos minutos do segundo tempo.
Esse é um filme que começa excelente mas termina como uma grande decepção (pelo menos foi para mim) revelando diversas falhas. Apenas a belíssima fotografia continua impecável durante toda as 3h21 de filme.
De Amor e Trevas
3.6 88 Assista AgoraA direção suave e poética que Natalie Portman dá as memorias do escritor Amós Oz. Quase não dá para acreditar que essa seja a estreia dela como diretora de um longa, parece o trabalho de uma diretora com uma vasta carreira cinematográfica. Realmente, lindo de doer!
Interiores
4.0 230No final das contas esse filme é sobre amores difíceis, representados de uma forma toda torta e inexpressiva, até mesmo nos raros e ultimatos momentos de conciliação. Talvez tudo seja assim por se tratar (como deixa bem claro o titulo) de Interiores, mas não do interior físico, mas sim do sentimental, as profundezas e depressões sentimentais existentes em todos nós.
Me chama muito a atenção a Joey, que cresceu cercada pela arte mas não consegue se expressar (ou pensa que não), e isso é tão contraditório e ao mesmo tempo tão humano também.
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraO roteiro é tão medíocre que com certeza cala a boca de quem reclamou e viveu mais de uma década falando mal do George Lucas pela segunda trilogia, e dá até preguiça de esboçar um comentário mais concatenado.
A grande questão em falta aqui é a seguinte: qual o proposito de tudo isso? A onde isso tudo levou? 'The Rise of Skywalker'? Quando e onde? Esse filme termina como se a historia de Star Wars tivesse acabado de começar, faz qualquer fã de longa data se sentir passado para trás com um roteiro desse. É lamentável que as coisas tenham desandado a esse ponto. Sem querer ser chato, e longe de mim querer defender os abusos de CGI de George Lucas, mas o que vinha dele para as telas tinha ALMA, tinha paixão, e isso não se adiciona nem com o maior orçamento cinematográfico.
O Retorno de Ben
3.4 175 Assista AgoraQuando se começa a assistir esse filme talvez fique a impressão de que a solução virá, ou de que esse filme relata a ultima batalha de uma mãe contra o problema do filho com as drogas, sabe, deixa a impressão de que será a ultima vitoria, a tão esperada cura, mas tudo não passa de uma ilusão, e o final revela que só o amor de mãe resiste, quando todos os amores se esfriam até deixarem de existir, a mãe estará lá. Esse filme relata apenas mais um capitulo de uma grande batalha, que longe de ser apenas ficção, é a historia de muitas famílias pelo mundo afora.
Tolkien
3.5 162 Assista AgoraTeria sido mais digno se a produção do filme tivesse utilizado o subtitulo de "The First Years", faria muito mais sentido com a real intenção da produção. Longe de ser uma cinebiografia definitiva, é uma obra convidativa a conhecer mais o trabalho do professor.
Memórias
4.1 89Magnetic Rose - 4 estrelas. (Não sei se foi só comigo, mas, esse curta me lembrou MUITO aquele filme de terror chamado Navio Fantasma dirigido pelo Steve Beck, tem até a Julianna Margulies no elenco... enfim, descobri a fonte daquele filme.)
Stink Bomb - 5 estrelas. Genial a forma como o roteiro subverteu o cotidiano em um verdadeiro caos e conseguiu mesclar tons de comicidade em meio a terror psicológico e a agonia.
Cannon Fodder - 3 estrelas. Chato, entediante, tive que buscar a sinopse para poder entender a real intenção do Katsuhiro Otomo nesse curta, e me deparei com obviedade e não foi algo que me surpreendeu não. É valido pela critica social com certeza, ainda mas se analisarmos o momento histórico quando esse roteiro foi escrito, enfim, mas fica muito abaixo na sombra dos outros dois curtas anteriores.
No geral, 5 estrelas.
Maria Madalena
3.4 166 Assista AgoraEsse filme veio para trazer uma nova imagem a personagem histórica da bíblia. Algo como uma atualização, para derrubar velhas ideias já enraizadas no costume popular, por assim dizer. É interessante ver o lado das mulheres e seus questionamentos, algo que convenhamos, não é lá muito explorado nos filmes que relataram os evangelhos. Esse filme nesses quesitos tem sim o seu mérito. É até poético! Ressalva a importância dessa personagem como a primeira que espalhou a mensagem antes dos demais.
- "Perguntaram-lhe "Mulher porque choras?" E ela respondeu "porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram", dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, mas não O reconheceu. E Jesus disse-lhe: " Mulher, porque choras? Quem procuras? Ela pensando que era o encarregado do Horto disse-Lhe: Senhor se foste tu que O tiraste, diz-me onde O puseste, que eu vou busca-l'O. Disse-Lhe Jesus: "Maria!" Ela aproximando-se exclamou em hebraico: " Rabbuni!"- que quer dizer Mestre! Jesus disse-lhe; "Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai; mas vais ter com os meus irmãos e diz-lhes: "Subo para O meu Pai que é vosso Pai, para O meu Deus que é vosso Deus" :Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: "Vi o Senhor!" -
Logo no começo fiquei um pouco irritado com o fato de que a pessoa (ou as pessoas, melhor dizendo) responsáveis por esse filme quiseram tirar toda a virtude das palavras e das ideias dos apóstolos e colocar para a Madalena. Mas logo percebi também que se tratava de uma adaptação das ideias escritas no evangelho apócrifo de Maria Madalena, onde ela é relatada como uma pessoas mais próxima de Cristo do que os apóstolos, e sendo até questionada por esses mesmos, algo bem mostrado no final do filme. É um filme lindo, para mim o ápice da fotografia desse filme foi a cena da entrada de Jesus em Jerusalém e as cenas do templo.
Terra das Sombras
3.8 51O único pecado desse filme é ignorar a existência de J.R.R. Tolkien e a amizade que esse mesmo teve com C.S Lewis. No lugar do Tolkien, colocaram um personagem ficcional chamado Christopher Riley interpretado pelo ator John Wood. Desnecessário! (Em um certo momento dá até pra ver o menino Douglas Gresham lendo o que parecer ser uma edição de O Hobbit. <3)
Fora isso, o filme é sensacional, as atuações são excelentes, a fotografia é linda e faz juz a vida e momento do Lewis. E que coisa linda era amizade dele com o irmão, Warren Lewis.
Effie Gray: Uma Paixão Reprimida
3.2 110Esse filme poderia se chamar: Madame Bovary Liberta!
John Ruskin era um critico incrível, um dos mais adorados críticos de arte da era vitoriana, apoiador do movimento pré-rafaelita, um dos mestres de Proust, mas era um cara completamente DOENTE, atroz, obcecado pela arte, fazendo esta parecer um peso, em suma: um misógino patológico. Ele faz o Charles Bovary parecer o mais viril dos homens (mesmo ele sendo um personagem ficcional...) e eu sempre achei o Charles o mais lerdo dos personagens que já li... enfim. É impossível (pelo menos para mim foi) assistir esse filme e não traçar alguns paralelos com a obra mais conhecida do Flaubert. A vida mais uma vez imitando a arte. Reconforta saber que essa historia teve um final feliz para a Effie no final das contas. Eu já li alguns ensaios dele (A Economia Política da Arte) e achava ele uma pessoa fenomenal, mas esse filme desconstruiu a ideia que eu tinha sobre ele, a ideia humana.
As Irmãs Brontë
3.8 34 Assista AgoraEu não imaginava que as irmãs Brontë tiveram uma vida tão difícil assim, uma vida "digna" de ser até um romance escrito por Charles Dickens, dado ao sofrimento e as adversidades de seu tempo. Alguns exageros meus á parte, eu não entendo como teve gente que achou esse filme tedioso ou monótono. Essa foi a vida delas, sem glamour, sem festas, sem agitação, uma vida difícil e dedicada a escrita, tanto pelas necessidades como pelo talento nato das irmãs. Uma cinebiografia que se preze não precisa de floreio algum, a realidade basta.
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraO filme é bom, tem muitas ideias novas, que, se exploradas da maneira certa vai ser algo bonito de se ver, principalmente com relação a esse final promissor para a rebelião. Porém, é inegável que algumas coisas aqui ficaram sem explicação nenhuma. Como por exemplo o fato de que com milhares de anos em tradição Jedi, só agora alguém lá do outro lado notou que os Jedi (nas palavras do Luke) eram "arrogantes..." e blá blá blá, que eles estavam errados o tempo todo, e que é hora de mudar... serio mesmo isso? Qui-Gon Jinn, Yoda, Anakin, todos estes passaram para o outro lado (sem contar aqueles milhares que morreram com a execução da ordem 66 e em guerras posteriores), e só agora Luke no auge de sua miséria espiritual faz essa descoberta "maravilhosa"? E o Yoda ainda aparece para confirmar.
Será possível que ninguém lá soube disso antes! E falando no baixinho verde, deu claramente para notar que o Yoda ali na ilha estava quase que presente fisicamente, batendo os pés, bengalinha, lançando raios e tudo mais, então porque não usar um exercito de Jedi mortos (o povo lá do 'Light side of the Force') para ajudar na rebelião? Porque o Yoda não ajuda em nada? Ou o próprio Qui-Gon Jinn então, que aparentemente foi o primeiro Jedi "recente" a explorar essa arte?
O tempo inteiro o filme deixou claro que é hora de mudar, é hora de quebrar a tradição, mas eu fico pensando se não dava pra passar essa mensagem de outro jeito, sem precisar distorcer ou deturpar a imagem dos Jedi já estabelecida durante muito tempo, tornando assim toda aquela sabedoria quase que nula, tornando assim o 'Light side of the Force' um elefante branco. Esse filme não deixou em momento algum uma promessa de que isso vá ser explorado mais pra frente... isso reforça a minha ideia de que era essa a hora, 'The Last Jedi' poderia ser isso. Já que é pra mudar, porque não fazer isso logo de uma vez sem precisar deixar isso para o outro filme, sabe. É terrível quando se percebe que quiseram aqui focar em varias historias mas não fechando nenhuma delas, deixando varias pontas soltas.
A impressão que eu tive é que os roteiristas e todo o pessoal responsável por esse filme viu as inúmeras teorias criadas por fãs (por exemplo: Quem diabos é o Lider Supremo Snoke? e coisas do tipo) e todas as expectativas e quis justamente quebrar tudo isso, basicamente dizendo aos fãs: "Vejam só, vocês não sabem de nada. Vocês não sabem quem é realmente importante na historia. Podemos mudar tudo."
Porque eu acho isso:
- Cena do Luke jogando o sabre fora. (Ou todas as cenas dele...)
- Cena do Kylo dizendo que a Rey não passa de uma garota qualquer, sem nenhuma ligação com o sangue Skywalker. (1000 teorias indo para o espaço)
- Snoke sendo morto e não tendo importancia nenhuma na trama central da historia nem muito menos tendo sido exposta a sua origem tão questionada e debatida em 'The Force Awakens'.
Fora inúmeras outras cenas...
É basicamente o que o ator John Boyega disse em um dos trailers comentado pelo elenco na época um pouco antes do lançamento "Estamos indo por um caminho completamente oposto do esperado." E eu nem vou falar na discordância 1000 que esse filme dá ao titulo de 'Return of the Jedi' coisa que até em 'The Force Awakens' meio que estava sendo sustentada, mas que aqui caiu por terra, atingido por um raio do Yoda. Seria melhor que 1983 George Lucas não tivesse alterado o titulo e deixado 'Revenge of the Jedi', faria sentido na época e agora também.
Infância Nua
3.6 21O garoto é um diabo, o cinema europeu tem uma fascinação por personagens assim, jovens e rebeldes. O filme vale mesmo pela turma de idosos, eles são umas figuras.
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista AgoraQuem espera desse filme grandes revelações da vida de Vincent Van Gogh, coisas até então não exploradas, as grandes facetas do pintor, seus segredos ou qualquer coisa parecida, aqui irá se decepcionar. Esse é um daqueles filmes no qual quem assiste também faz parte da historia investigativa de uma forma surpreendente. Nós, enquanto assistimos esse filme, somos também Armand Roulin. Em vários momentos eu me peguei fazendo as mesmas perguntas que ele faz ao longo do filme, e esse é o ponto central da historia, questionar, investigar, criar nossas próprias teorias sobre as ultimas horas da vida do pintor, e isso deixa 'Loving Vincent' bem longe de ser uma daquelas frias e distantes cinebiografias (sei que esse filme não se talvez não se encaixe nessa categoria, mas enfim...). Um olhar sentimental as vezes para a vida de quem se dedicou inteiramente a arte não é nada demais.
(Uma pequena menção honrosa a Helen McCrory, mesmo a personagem dela não sendo o "foco" e sim apenas mais um olhar diferente ao Vincent, eu amo essa mulher. <3)
Kicks: Defendendo o Que é Seu
3.7 35 Assista AgoraNada mais nada menos que uma pequena odisseia no gueto. Uma historia que começa por nada mas que no final das contas termina dizendo tudo. Sensacional!
Okja
4.0 1,3K Assista AgoraA impressão que eu tive com o desfecho da historia é de que esse é um daqueles filmes que nos fazem sorrir em alguns momentos, vibrar de tensão por alguns instantes aleatórios, mas que, acima de tudo, termina nos apontando o dedo na cara, fazendo com isso, que cada pessoa que assiste esse filme saiba que de uma forma ou de outra também faz parte desse mundo que queria matar o "Super porco". É uma critica feroz ao sistema capitalista que nem precisa de muitas palavras, o filme deixa completamente que cada pessoa julgue por si só ferocidade de tudo isso, mesmo que se trate de um animal fictício.
Jake Gyllenhaal é talvez o grande problema desse filme, um personagem insuportavelmente anticlimático, ainda bem que as cenas dele foram bem esparsas.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraRotten Tomatoes continua sendo um site lixo e sem credibilidade!!!
Que fiquei claro, não é a nota de um site que define a qualidade de um filme, e sim, a experiencia individual de cada pessoa. A aclamação e o sucesso de certos filmes vão de contra as criticas praticamente desde que o cinema existe.
Sylvia - Paixão Além de Palavras
3.4 72Bom, nem todas as cinebiografias tem a coragem de partir no ponto inicial da vida do biografado, no alto estilo narrativo David Copperfield da coisa, poucas cinebiografias fazem isso hoje em dia. Na minha opinião, seria raso demais que esse filme não focasse de forma direta no relacionamento conturbado dela, a Sylvia Plath viveu de fato o seu amanhecer maravilhoso e inspirador e o seu mais terrível crepúsculo e eclipse ao lado, e por causa de Ted Hughes. Ele foi o seu "calcanhar de aquiles", por assim dizer, não consigo imaginar um filme que fale da vida da Sylvia e que queira passar por essa fase da vida dela sem se aprofundar nisso, o fundo do posso, a ruína, os últimos dias de Sylvia Plath.
Não se tratava somente de "crises de ciumes", aliás, eu acho que o filme deixa isso mais que obvio, que, quando ela tem aquela crise na mesa de jantar ela já está no máximo de si, exaurida de angustia. Não se tratou de ter ciumes do marido ou inveja dele pela fama, (e nem acho que o filme afirme isso em momento algum...), sempre se tratou de ESPAÇO. Uma planta precisa de espaço e ar puro para crescer, e Ted Hughes era um vaso, um molde-prisão, uma forma, uma algema. Imagino que deva ser muito difícil mesmo querer ser alguém ao lado de quem que, apesar de seus talentos, só pensa em si mesmo e não sabe dar valor a mais ninguém.
Entendo quem diga que o filme pulou alguns momentos importantes na vida da biografada, alguns muito tristes de fato, mas, esse é o ponto, foram nesses momentos mostrados no filme que veio toda a inspiração boa e má, toda a fúria, toda a poesia conturbadamente bela, todo o terror da perda de si mesma e de todo o resto.
O final é desolador, real, triste e severo! Gwyneth Paltrow me surpreendeu.
Goodbye Berlin
3.8 25Divertidíssimo! Um filme que foge dos padrões, e sempre ruma ao inesperado.
Foi uma ótima surpresa assistir esse filme, amizade assim, no cinema, eu não vejo desde 'Stand by Me', outro excelente filme sobre a amizade, companheirismo, aliada de uma viajem inesperada e as mudanças causadas por ela.
Anjos da Noite: Guerras de Sangue
3.0 413 Assista AgoraAssistir esse filme foi como voltar as origens, voltar ao primeiro filme da serie. Esse filme teve tudo que conquistou seus primeiros fãs da saga lá em 2003, todo o clima frio, aquela historia que se passa no subterrâneo, metrôs, e, acima de tudo, trouxe de volta toda aquela aristocracia vampiresca que é visto no primeiro filme, que foi uma coisa que sinceramente eu achei que faltou nos outros filmes. Tive a impressão assistindo ao trailer que esse filme teria muito da essência do primeiro, e isso não foi enrolação pra atrair publico para os cinemas, ainda bem.
A diretora e produtora, Anna Foerster, que já tenho em alta conta, por dirigir alguns episódios da fantástica serie, Outlander, aqui não me decepcionou de forma nenhuma (trouxe até o terrível Jack Randall, reconheci a cara na hora), essa mulher sabe fazer uma boa ambientação aliada de um bom roteiro. A historia dos vampiros lá do Clã do Norte é sensacional, toda a misticidade envolvendo eles foi algo surpreendente, diria eu que daria um bom Prequel, como foi como A Rebelião em 2009. Sony, por favor, que os próximos filmes também sejam assim. #ContinuaAnnaFoerster