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Amei já no primeiro episódio, mas esperava só mais um thriller com uma mulher de meia idade obcecada e louca (um estereótipo misógino que não nego que me fascina como ficção). Mas a série se desdobra em camadas de honestidade e complexidade que desmonta todo esse esquema óbvio. Richard Gadd traz também nuances corajosas sobre a questão do abuso sexual, sem se reduzir às platitudes militantes, mas mostrando todas as contradições e ambiguidades na relação da vítima com o abusador, jamais deixando de reconhecer as implicações do seu próprio desejo em tudo que sofre.
Um dos relatos autobiográficos mais difíceis e sinceros que já vi.
A ambientação noir é sensacional, assim como a narrativa. A história vai sendo contada, detalhe por detalhe, e você vai sendo levado querendo saber aonde aquilo vai dar. O final me surpreendeu positivamente também. No entanto, certas coisas ficam implausíveis em muitos momentos. Falta fundamentação para o ódio da menina contra a mãe e fica difícil acreditar que uma mulher tão forte seja tão trouxa em tantos momentos, além da apatia diante de términos e mortes. Joan Crawford é uma boa atriz também mas essa atuação não me chamou tanto a atenção assim também.