Eduardo

Pode até não ser intencional, mas é uma grande propaganda das drogas.

Tem tanta problematicazao quando o filme não tem negros entre os personagens, ou quando objetifica a mulher, e aí o filme passa 3 horas mostrando gente bonita e rica se drogando como algo engraçado, legal, empolgante, e tá tudo bem? Senti repulsa o filme todo. Com todos os problemas que as drogas estão causando , tanto no Brasil quanto nos EUA com crack, K9 etc, o filme não consegue me fazer rir, mas sentir nojo de ver romantizarem isso. Quem tem parente ou amigo com esse tipo de problema, ou quem passa na cracolandia e vê a realidade, não vai conseguir ver o filme como minimamente interessante.

Tirando isso, é mais do mesmo: ascensão, queda e redenção do personagem principal.

É um filme cheio de simbolismos, e por isso é icônico. Mas a execução dele não convence. Não sou lutador, mas com as poucas lutas que assisti dá pra notar que os socos são bem falsos. O filme tenta a todo momento trazer um tom dramático e heroico, mas só consegue algumas vezes, como na cena clássica da escada. E Adrian é o par romântico mais sem graça que já vi no cinema: não dá pra entender o motivo dele ter se apaixonado por ela.

Para efeito de comparação, Karatê Kid, do mesmo diretor e com os mesmos elementos, consegue convencer e emocionar muito mais.

Para o gênero é um filme muito bom. Gostei como a trama se desenrola.