Shiv sempre foi a personagem narcisista clássica. No fim, cada uma de suas atitudes envolvia manipular pessoas e ações para conseguir a tão elusiva aprovação masculina da figura de poder ou, em caso oposto, também característica da personalidade, provocar repulsa, desprezo. Partindo sempre da necessidade cruel da benção e reconhecimento do pai, seu exemplo masculino de poder e força, de rejeição e depreciação pelo fraco, ela escolhe um marido fraco, subserviente e de fora do círculo empresarial/político influente e poderoso de uma megalópole. O mesmo marido que seria constante foco de piada e desprezo do pai e irmãos, mas que mesmo assim continuaria lambendo as botas dos Roy, cada vez mais perto do trono. Oras, Tom era o peão ideal para Shiv reafirmar seu poder e necessidade de controle, não é um troféu, mas um saco de pancadas. Sua inclinação ideológica e aventura no mundo político em nada indicam uma empatia ou humanização por políticas progressistas, mas apenas mais uma tentativa de atacar e provocar o pai de quem ela tanto buscou atenção. Nenhuma dessas pessoas se importa realmente com ideologias que não envolvam seus próprios interesses. No minuto que Shov viu uma oportunidade, Mencken passou a ser uma opção viável. Succession sempre foi uma tragédia. Não há vencedores. Depende a ver da interpretação do final de cada um dos personagens. Todos são debilitados emocionalmente, incapazes de tomar uma atitude que não envolva o interesse próprio. Roman é a figura mais fácil, um rato covarde para sempre quebrado pela enorme e gigante figura paterna. Nunca teria coragem de votar contra o irmão, nunca teria fibra e culhão para ser o CEO, embora chegasse a dor o quanto ele queria viver a vida que o pai lhe impunha. Mas ele nunca quis nada disso, verdade seja dita. Só não queria que Kendall conseguisse. Enfim se libertou, independente do que isso signifique. Kendall seria uma versão pior de Logan, queria muito, até demais. E a verdade absoluta no seu caso é a de que todos os irmãos orbitavam a estrela solar que era o pai, sem ele... todos sucumbiram. Por fim, Shiv. A mais difícil de interpretar, principalmente se optarem por um viés de "vencer ou perder". Ela entendeu que nunca seria CEO. Uma mulher, grávida, frequentemente subestimada por todos a sua volta, traída e usada para atingir os objetivos dos homens aos quais ela de tudo fazia para ter sua persona validada. Nunca conseguiu. Sabia que seria imediatamente chutada para escanteio com Kendall como CEO, e a possibilidade de assistir ascender uma nova figura monstruosa tal qual seu pai, com quem ela teria pouco ou nenhum poder, a fez tomar a escolha mais óbvia, ainda que dolorosa. Votou por Tom, o submisso. O castrado. O corno manso, por assim dizer. Chuparia o pau do homem que comeu sua mulher se isso significasse poder chegar ao poder. A questão da interpretação vem bem a calhar agora. Não acredito que isso seja uma vitória para Shiv. Ela nunca vai chegar a CEO, pelo menos não enquanto Matsson for dono da empresa que ela e os irmãos venderam, o marido, embora sente no trono, tem pouquíssimo poder, é apenas um testa de ferro do sueco, que desejava alguém não muito "opinativo", como era Shiv. Alguém para ele próprio controlar. Talvez a perspectiva da vitória seja ela se agarrar no fato de que, se não ela, também não foi Kendall, e viver na sombra de um marido CEO é menos pior do que viver à margem de Ken. Acabou como sua mãe, a figura narcisista que ela sempre abominou.
É muito ruim e não é pouca coisa. Considerando o material que tinham, pronto e mastigado pra adaptar e conseguir no mínimo um resultado razoável, entregam um pastelão clichê, com uma produção horrorosa, maquiagem escrotíssima, efeitos especiais (os poucos) dignos de filme C, atuações exageradas, diálogos constrangedores.. nada funciona.
Do primeiro episódio já entrega o final óbvio, e infelizmente não faz nada pra contornar isso, pelo contrário: cada vez mais afunila em uma condução narrativa batida, o que causa espanto a escolha de dar tanto espaço pros longos e entediantes flashbacks. Algo que poderia ser rapidamente resolvido em um episódio, visto que na própria HQ NÃO TEM embasamento, aqui esgarçado fica parecendo uma antológica encheção de linguiça pra mascarar uma série insossa, covarde e sem objetivo.
A gente termina a série sem entender direito porque em 8 episódios não conseguiram desenvolver minimamente qualquer dos personagens, enquanto pela própria HQ já tem material suficiente logo no começo pra causar um rebuliço na série. Em vez disso a gente sofre com intermináveis flashbacks, brigas de fulano com beltrano, cabelos brancos escrotos, mais diálogos clichês sobre código disso, código daquilo. Enfim, insuportável.
Acho uma pena que muito das críticas seja centrado na personagem da George, enquanto rola uma passada de pano pra Mae e sua infinidade de problemas, complexidades, vícios, insegurança, comportamento auto destrutivo, bengala emocional, projeção, obsessão, egoísmo, etc., etc. Beira o insuportável quando, ao ser confrontada por uma senhora/amiga por ter usado a filha da mesma, sua única preocupação é onde ele iria dormir. No fim da coisa toda, se a própria Mae não conseguia suportar a si mesma, é no mínimo injusto esperar que uma parceira de relacionamento, com seus próprios problemas, confusões e inseguranças, seja também psicóloga, psiquiatra, terapeuta, mãe, cuidadora, enfim.
Falta química, narrativa dispersa, covarde.. série bem fraca.
Uns tempos atrás, antes do boom da era de ouro das séries de tv, no auge ainda de Breaking Bad, eu me perguntava se muitos dos filmes que assistia não ficariam melhor em um formato expandido, desses hoje tão comuns de 10 episódios com uma hora cada. Pois hoje eu me pergunto o contrário, se muitas dessas séries limitadas não se sairiam melhor encapsuladas num filme de 2hr e 30, quem sabe.
A série não é ruim, considerando que já vi 9 dos 10 episódios, é seguro dizer que não faz justiça 10 horas de um material que, sendo bem sincero, não é tão denso ou complexo assim, o tal mistério deixa de ser bem mistério lá pelo episódio 3 ou 4, ninguém mais se importa com o núcleo fundamental do piloto (família Maitland, investigação do crime, etc.), e a narrativa apenas prossegue antecipando o clímax, prevendo o embate final e sendo sustentada pelas atuações soberbas do casal de atores principais, Mendelsohn e Erivo.
Muito me preocupa que esse embate seja deixado pro último episódio, com a possibilidade de um desfecho corrido e apressado, mas provavelmente serve como exemplo de que esse material nas mãos de um David Fincher renderia um baita filme. Nem todo mundo nasceu pra ser True Detective.
Saio irritado com a inocência de Camille. Uma pulga existia atrás da minha orelha desde a metade da temporada, apesar da fumaça e distrações usadas pra desviar da verdadeira identidade do assassino, nada me desnorteava de características sociopatas das quais não se foge: carência doentia e necessidade de atenção, egolatria, traumas, etc. Pois então o season finale foi meio anti climático, uma pena. Boa série em geral.
Acho que as pessoas confundem um pouco as coisas, vai saber... o que reclamam tanto da Hanna é o retrato de todas as personagens. Egocentrismo? Marnie é uma egocêntrica patológica, assim como a Jessa. Colocam sempre seus problemas em primeiro lugar e precisam, ora de ter alguém por perto, ora de festas de arromba, para preencher o vazio que sentem durante o dia a dia. E a Hanna apenas é o exponencial de um segmento muito grande de nossa sociedade, mulheres/meninas que não cresceram, que ainda usam as pessoas como forma de contornar a própria carência, sobrecarregadas por pressão no trabalho, na faculdade, no relacionamento, incapazes de se sentirem felizes quando estão sós.
Não é o que vimos nesse season finale? Hanna sendo auto depreciativa, auto centrada, egoísta e tentando contatar qualquer pessoa em busca de indulgência para o fato de que ela é incapaz de assumir responsabilidades e lidar com estas. Então ela procura Adam, quando seus pais negam piedade, outra pessoa claramente problemática e com um sério problema de dominação. Alguém que ela sabe, vai estar sempre ali pra oferecer a condescendência de que ela tanto precisa. E quando ela melhorar? Quando recuperar amor próprio, auto estima e confiança? Vai parar de usar Adam mais uma vez?
Ou será que Marnie, quando der na telha e cansar do excesso de carinho de Charlie, também vai parar de usá-lo para se sentir melhor consigo mesma, apesar do fato de sua vida profissional ser um fracasso?
E aí depois dizem que Ray detesta tudo. Como não ser ciníco e desiludido com uma sociedade na qual as pessoas tem a irritante mania de usarem umas as outras para aplacar suas próprias carências e fracassos? Por isso que digo e repito, Girls é um ótimo retrato de inúmeros aspectos, amplos demais até para a própria série, de uma geração de crianças despreparadas. E é Lena Dunham quem dá a cara a tapa para ser o standarte dessa crítica.
É interessante ver como Hanna e Adam são tão semelhantes. Não creio nem que era Hanna que topava suas excentricidades sexuais, mas ela definitivamente tinha aquele problema de achar que "merecia" ser tratada daquela forma, vulgar e depreciativa, como se não bastasse sua auto depreciação, ela acreditava que era esse o tipo de amor que ela poderia conseguir. Realmente demorou até ela ser capaz de criar algum amor próprio e chutar Adam, mas aconteceu. Diferentemente da Natália, que no minuto em que foi tratada feito um lixo pelo imbecil do Adam, ela fez questão de chutá-lo.
É tudo questão de como você enxerga a si próprio, Adam parece fazer questão de afastar qualquer pessoa que venha a gostar dele, Hanna também. E no final, quem te sobra?
Acho que muitos elogios à série já foram feitos e seria redundante repeti-los. Por isso vou me atentar a alguns defeitos e erros que não consegui relevar nessa temporada. Achei em geral uma season nota 6, é boa, melhor do que muita coisa hoje em dia, mas igualmente abaixo das melhores séries em exibição. O que acontecia na primeira temporada foi amplificado aqui e, por vezes, eu não sabia se o homem no escritório da prefeitura era Tom Kane ou Vic, de The Shield. As dezenas de armações e reviravoltas que o roteiro costurava, apenas para no fim, Tom Kane desenlaçar o nó com um toque *genial se assemelhava muito aquele run final de Vic na ultima temporada de The Shield. Tudo muito forçado, muito fantasioso e distante da realidade.
*toque genial esse que é todo o plot principal da temporada, a forjada tentativa de assassinato, apenas para ganhar vantagem política e capital, pelo próprio Kane, acabou sendo o deus ex machina de todo o season finale. Então Kane arma com seu hitman o assassinato falso, o mesmo que matou Ezra Stone, ok. O lance dá errado, compreensível. A polícia abre a ivnestigação e Kane, louco da vida, exige a captura do hitman que, de alguma forma doida, é linkado a um grupo de ódio, a polícia se aproxima. Mas eis o que me deixou puto: MILAGROSAMENTE a captura do hitman pela polícia (que já havia cometido suicídio por Kane) se dá EXATAMENTE no mesmo momento que Kane fica ciente das investigações de Sam Miller sobre o assassinato de Stone e que ele iria publicá-la no jornal. Em nenhum momento Kane tinha qualquer controle sobre a velocidade da investigação policial, que já estava bem próxima, diga-se de passagem, mas tudo cai no colo dele... como passe de mágica.
-as tramas paralelas são irritantes e, muitas delas, desnecessárias. O maior flop de todos é a filha de Kane, inútil. Completamente inútil na trama. Não serve de nada, apenas chora, debate-se feito uma criança de 5 anos, chora mais um pouco... enche o saco com a porra do avô que... era um político corrupto, criminoso e detestável.
-o excesso de sexo gratuito. Eu não sou exatamente um politicamente correto chato, mas porra, um pouco de justificação e menos de gratuidade ajuda, não? Ou será que todo mundo na série é sexualmente pervertido e doente? O ápice é quando o promotor de justiça simplesmente se revolta com a libertinagem sexual de sua assistente e... tranca a na sala e a obriga a se masturbar na frente dele. Acrescenta o que? Nada. Gratuidade pura.
-e a vitória do Zajac... porra, eu acho difícil de acreditar que um político ganharia a corrida para Governador de um Estado, semanas depois de ter uma foto sua em sexo explícito com a mulher de um vereador publicada em todos os veículos de mídia possíveis, apenas porque, pasmém, o Prefeito planejou a morte da amante da outra concorrente. Ok então.
-a ida de Kane para Toronto se tratar da demência é, no mínimo, foda de acreditar. Em dois dias ele se submete a uma série de tratamentos abusivos, terapia de eletrochoque e o caralho, EM DOIS DIAS APENAS, sem recuperação, pra voltar todo pimpão, novo em folha, como se nada tivesse acontecido, lúcido e no melhor estado da sua mente. Não fode, ok?
-a prisão de Babe McGantry é feita de maneira acelerada, decorrente de um acesso de raiva de Kane, que pega no telefone e faz a denúncia para o promotor público. Sem sequer pensar nas consequências. Milagrosamente, McGantry era o dono de todas as terras em volta de Lennox Gardens, propriedades essas que caem nas mãos da Prefeitura. Ok. Taí a saída genial de Kane par ainjetar capital nos cofres públicos. Mas o que foi advindo de uma medida na base da raiva, torna-se, descrita pela série, como o masterplan que Kane vinha armando genialmente. É foda de aceitar.
Episódio 5 de longe um dos melhores da série, mas falta certo entendimento do que é essa série para apreciá-lo. Se formos pegar a deixa do season finale da primeira temporada, com Hannah solitária à deriva pelos trilhos de metrô e terminando o episódio com olhar perdido no horizonte, esse epi 5 pega essa deixa e se aprofunda na complexa tristeza inerente da personagem. Não acho que seja egocêntrico, quando cansamos de ver a personagem aguentar calada inúmeras ofensas, físicas, verbais e psicológicas. Nesse episódio ela percebeu que deveria ser feliz também, que QUERIA ser feliz, apenas nunca soube como. E sim, isso demanda certo egoísmo, o que culmina no ponto onde vimos nesta segunda temporada ela passando por cima de outras pessoas (o que nem sempre é legal).
A questão é que, como sugere o próprio título do episódio e a parábola inicial do lixo, ninguém liga para o "lixo" dos outros. Lixo emocional e psicológico esse. Quando você se abre para alguém, confia na pessoa, encontra um momento de felicidade, essa sensação de ilusão facilmente é despedaçada pelo egoísmo e individualismo alheio. Joshua queria apenas se divertir sexualmente, ter prazer. E Hannah se iludiu, precisou cair na realidade novamente através de um baque para perceber que está sozinha.
Vi a série toda na HBO. As legendas já é sabido que nunca são lançadas enquanto a série tá sendo exibida, são complicadas de traduzir e o show é extremamente subestimado.
Essa temporada sequer terminou e já dá pra apontá-la como a melhor de toda a série. O que os roteiristas estão fazendo com o personagem do Nucky é antológico. Se na segunda temporada havia a dualidade na qual ele se equilibrava sobre ser o homem respeitado de Atlantic City, político e tesoureiro e, ao mesmo tempo, ser um gêngster, nessa eles galgaram o próximo degrau de complexidade para a figura do personagem. Como Sopranos havia feito com Tony, nesta temporada existe o choque entre o ser humano Nucky e sua figura fria, distante e violenta de chefe do crime.
Ao mesmo tempo que toda sua vida desmorona ao seu redor, sua existência também é completamente desconstruida. É o que dá a beleza a toda essa temporada, ajustando o tom para os próprios personagens secundários que são envolvidos a medida que a espiral de violência atinge Nucky.
E com todo respeito, mas não posso deixar de lembrar de todo mundo que chiou quando o Jimmy morreu e decretou o fim da série. O que dizer do trabalho que fizeram com esse psicopata, doente, pervertido e animal que é o Gyp Rosetti? Ou o Slater, Margaretth, Harrow... até mesmo o Van Alden, que tinha virado um coadjuvante de luxo, mas aos poucos as engrenagens vão se acertando e... olha onde ele foi parar. Que trabalho genial de costura desse roteiro, tudo culminando nesse cara a cara antológico que foi o Nucky com Al Capone.
O que falar desse episódio New Years Eve? Só quem sabe o real significado da solidão no meio de tantos amigos/conhecidos vai poder entender. Essa temporada foi uma obra prima, leva o nível das séries de comédia para algo acima do simples objetivo de fazer rir. Louie é um espelho para dentro da nossa própria vida.
Praticamente não evoluiu em nada a trama nessa temporada, coisa bem morna mesmo, pra aliviar a barra e tentar dar um fim digno pra série depois das desastrsas sexta e sétima temporadas. A realidade é que não havia mais nada pra se contar, pecou pelo excesso do show e o final foi essa coisa sem impacto e regular.
Péssima série. Se tem algo realmente detestável é essa sensação de que o telespectador é um imbecil facilmente enrolado e enganado. A temporada segue um ritmo lento mas que dava a entender uma trama de fundo interessante. O problema é terminar essa mesma temporada de forma relaxada, equivocada e como se rabiscada nas coxas o roteiro de última hora. Uma tonelada de novas pistas surgiram no último minuto mas sem fazer sentido algum, sequer fornecer qualquer resposta, pior, o mistério em si NÃO É interessante. Termina de forma vulgar uma série na beira do cancelamento, que perde a cada dia mais e mais audiência, seria bom se o grupo responsável entendesse que Alcatraz não tem um décimo do que fazia Lost tão popular. Então pra que dar voltas e voltas em torno de algo? 13 episódios dos quais 10 poderiam ser facilmente descartados.
Vi só os primeiros 4 episódios e pulei logo depois pro 13. Achei bem fraquinho. Uma série, que deveria ser na grande maioria comédia, mas que não faz rir. Simplesmente não achei engraçada. E o único bom momento, que é o season finale, acaba por ser um draminha. Acho que essa vibe humorística de ensino médio, trollzinho vulgar com muita tosqueira infantil não me agrada. "Minhas glândulas anais precisam relaxar". Naahh, muito ruizinho.
Série espetacular, pra mim a única estréia até aqui realmente interessante, das que eu acompanhei. Quem esperava que um suspense investigativo, um thriller de espionagem se tornasse um spin off de 24 hrs, se fodeu. É um antídoto para isto. Antes de tudo a série gira seus roteiros para a construção de dois personagens que terminaram essa temporada de forma sensacional e completamente pressionados. De um lado conseguiram o que quase nenhuma mídia norte americana teve a coragem de fazer, humanizar terroristas. Dar-lhes motivos, família, religião (digna de respeito) em vez de apelar pra caracterização banal e vilanizar o sgt. Brody, como um terrorista cliche. Saída digna e corajosa, até o ultimo momento ele é pego enfrentando o conflito de idéias, de cultura, daquilo que ele acredita ser o certo a fazer e o som da voz dos filhos.
final pior do que esse impossível. Uma personagem que vai sendo desconstruída frente sua doença e acaba... destruída
A série é um grande pesadelo norte americano, vulnerável à idéias e ataques estrangeiros quanto domésticos. A revelação de que muita corrupção aconteceu na operação de invasão ao Iraque não é novidade, a novidade da série é a perfeita justificativa para os ataques contra o país.
Talvez a pior temporada da série depois da anterior. A coisa fica ainda mais feia depois da errática 5° temporada, onde NADA é aproveitado no personagem e naqueles que o circundam. pelo menos nessa houveram mudanças. Coincidência ou não, justamente depois que os produtores de 24 Horas assumiram, Dexter sofre de suscessivos erros bizarros de roteiro, forçadas de barra e descaracterizações.
E de que serviu brother Sam e toda a primeira parte da temporada e a premissa interessante da discussão sobre fé e a escuridão do monstro que é o Dexter? jogado na vala. E o que foi esse PÉSSIMO "vilão" vivido por Colin Hanks, ficando tudo mais previsível quando meio mundo já sabia que o prof. Gellar estava morto desde, sei lá, o segundo episódio? Previsível. Óbvio. Clichê. Isso foi a sexta temporada.
Porque diabos os policiais não entraram na cena do crime antes do Dexter? Nunca tiveram essa consideração antes. Ah, foi só pra ele poder destruir a evidência que o ligava ao assassino.
E sério, o barco MILAGRO que salva o Dexter? É esse o DEUS EX MACHINA mesmo?
Calma que ainda piora.
Todas as interiorizações de Dexter costumavam ser um bom momento pra reflexão do personagem, um "próprio psiquiatra", ou no mínimo forneciam um bom humor negro. Mas cairam na obviedade e didatismo de EXPLICAR o que o Dexter vai fazer, antes dele fazê-lo. "não tenho nada para lhe dar. posso lhe dar morte." Jura??? Sério mesmo???
Mas ainda piora.
Se a Debra sempre foi um tormento de emoções, nad amais justo do que uma psiquiatra para podermos entender melhor essa personagem. Então faltando dois episódios pro season finale, simplesmente tiram DO CU a idéia dela se apaixonar pelo Dexter. Tá de sacanagem? Quem citar que eles não são irmãos biológicos deve ter começado a ver a série ontem, não é possível. Ela SEMPRE tratou o Dexter como irmão de sangue, sempre demonstrou por 5 temporadas procurar a aprovação do pai ausente, que direcionava toda atenção ao Dexter. Por isso se tornou policial como ele, por isso que relutou em se tornar tenente (coisa que o pai nunca foi), e por isso que seu grande amor foi o agente Lundy, uma figura paterna óbvia. Nenhum dos seus relacionamentos nem de longe lembravam o Dexter.
Mas não, precisamos ainda ter a revelação no season finale onde vai ser a única coisa que todo mundo vai comentar e esqueceram o lixo que foi essa temporada.
Vou ficar com a opinião abaixo. Eles realmente arriscam demais, no frigir dos ovos achei dois ou três episódios realmente ótimos. No resto é bem mediano.
Succession (4ª Temporada)
4.5 219 Assista AgoraShiv sempre foi a personagem narcisista clássica. No fim, cada uma de suas atitudes envolvia manipular pessoas e ações para conseguir a tão elusiva aprovação masculina da figura de poder ou, em caso oposto, também característica da personalidade, provocar repulsa, desprezo.
Partindo sempre da necessidade cruel da benção e reconhecimento do pai, seu exemplo masculino de poder e força, de rejeição e depreciação pelo fraco, ela escolhe um marido fraco, subserviente e de fora do círculo empresarial/político influente e poderoso de uma megalópole. O mesmo marido que seria constante foco de piada e desprezo do pai e irmãos, mas que mesmo assim continuaria lambendo as botas dos Roy, cada vez mais perto do trono.
Oras, Tom era o peão ideal para Shiv reafirmar seu poder e necessidade de controle, não é um troféu, mas um saco de pancadas.
Sua inclinação ideológica e aventura no mundo político em nada indicam uma empatia ou humanização por políticas progressistas, mas apenas mais uma tentativa de atacar e provocar o pai de quem ela tanto buscou atenção.
Nenhuma dessas pessoas se importa realmente com ideologias que não envolvam seus próprios interesses. No minuto que Shov viu uma oportunidade, Mencken passou a ser uma opção viável.
Succession sempre foi uma tragédia. Não há vencedores. Depende a ver da interpretação do final de cada um dos personagens. Todos são debilitados emocionalmente, incapazes de tomar uma atitude que não envolva o interesse próprio. Roman é a figura mais fácil, um rato covarde para sempre quebrado pela enorme e gigante figura paterna. Nunca teria coragem de votar contra o irmão, nunca teria fibra e culhão para ser o CEO, embora chegasse a dor o quanto ele queria viver a vida que o pai lhe impunha. Mas ele nunca quis nada disso, verdade seja dita. Só não queria que Kendall conseguisse. Enfim se libertou, independente do que isso signifique.
Kendall seria uma versão pior de Logan, queria muito, até demais. E a verdade absoluta no seu caso é a de que todos os irmãos orbitavam a estrela solar que era o pai, sem ele... todos sucumbiram.
Por fim, Shiv. A mais difícil de interpretar, principalmente se optarem por um viés de "vencer ou perder". Ela entendeu que nunca seria CEO. Uma mulher, grávida, frequentemente subestimada por todos a sua volta, traída e usada para atingir os objetivos dos homens aos quais ela de tudo fazia para ter sua persona validada. Nunca conseguiu. Sabia que seria imediatamente chutada para escanteio com Kendall como CEO, e a possibilidade de assistir ascender uma nova figura monstruosa tal qual seu pai, com quem ela teria pouco ou nenhum poder, a fez tomar a escolha mais óbvia, ainda que dolorosa.
Votou por Tom, o submisso. O castrado. O corno manso, por assim dizer. Chuparia o pau do homem que comeu sua mulher se isso significasse poder chegar ao poder.
A questão da interpretação vem bem a calhar agora. Não acredito que isso seja uma vitória para Shiv. Ela nunca vai chegar a CEO, pelo menos não enquanto Matsson for dono da empresa que ela e os irmãos venderam, o marido, embora sente no trono, tem pouquíssimo poder, é apenas um testa de ferro do sueco, que desejava alguém não muito "opinativo", como era Shiv. Alguém para ele próprio controlar.
Talvez a perspectiva da vitória seja ela se agarrar no fato de que, se não ela, também não foi Kendall, e viver na sombra de um marido CEO é menos pior do que viver à margem de Ken.
Acabou como sua mãe, a figura narcisista que ela sempre abominou.
Succession (3ª Temporada)
4.4 190Consolidou como obra-prima.
Cenas de um Casamento
4.3 198 Assista Agoraa galera lembrando porque Bergman é o maior de todos os tempos. 40 anos depois e.. absoluto.
O Legado de Júpiter (1ª Temporada)
2.7 172 Assista AgoraÉ muito ruim e não é pouca coisa. Considerando o material que tinham, pronto e mastigado pra adaptar e conseguir no mínimo um resultado razoável, entregam um pastelão clichê, com uma produção horrorosa, maquiagem escrotíssima, efeitos especiais (os poucos) dignos de filme C, atuações exageradas, diálogos constrangedores.. nada funciona.
Do primeiro episódio já entrega o final óbvio, e infelizmente não faz nada pra contornar isso, pelo contrário: cada vez mais afunila em uma condução narrativa batida, o que causa espanto a escolha de dar tanto espaço pros longos e entediantes flashbacks. Algo que poderia ser rapidamente resolvido em um episódio, visto que na própria HQ NÃO TEM embasamento, aqui esgarçado fica parecendo uma antológica encheção de linguiça pra mascarar uma série insossa, covarde e sem objetivo.
A gente termina a série sem entender direito porque em 8 episódios não conseguiram desenvolver minimamente qualquer dos personagens, enquanto pela própria HQ já tem material suficiente logo no começo pra causar um rebuliço na série. Em vez disso a gente sofre com intermináveis flashbacks, brigas de fulano com beltrano, cabelos brancos escrotos, mais diálogos clichês sobre código disso, código daquilo. Enfim, insuportável.
Feel Good (1ª Temporada)
3.6 62 Assista AgoraAcho uma pena que muito das críticas seja centrado na personagem da George, enquanto rola uma passada de pano pra Mae e sua infinidade de problemas, complexidades, vícios, insegurança, comportamento auto destrutivo, bengala emocional, projeção, obsessão, egoísmo, etc., etc. Beira o insuportável quando, ao ser confrontada por uma senhora/amiga por ter usado a filha da mesma, sua única preocupação é onde ele iria dormir. No fim da coisa toda, se a própria Mae não conseguia suportar a si mesma, é no mínimo injusto esperar que uma parceira de relacionamento, com seus próprios problemas, confusões e inseguranças, seja também psicóloga, psiquiatra, terapeuta, mãe, cuidadora, enfim.
Falta química, narrativa dispersa, covarde.. série bem fraca.
The Outsider
3.7 234 Assista AgoraUns tempos atrás, antes do boom da era de ouro das séries de tv, no auge ainda de Breaking Bad, eu me perguntava se muitos dos filmes que assistia não ficariam melhor em um formato expandido, desses hoje tão comuns de 10 episódios com uma hora cada. Pois hoje eu me pergunto o contrário, se muitas dessas séries limitadas não se sairiam melhor encapsuladas num filme de 2hr e 30, quem sabe.
A série não é ruim, considerando que já vi 9 dos 10 episódios, é seguro dizer que não faz justiça 10 horas de um material que, sendo bem sincero, não é tão denso ou complexo assim, o tal mistério deixa de ser bem mistério lá pelo episódio 3 ou 4, ninguém mais se importa com o núcleo fundamental do piloto (família Maitland, investigação do crime, etc.), e a narrativa apenas prossegue antecipando o clímax, prevendo o embate final e sendo sustentada pelas atuações soberbas do casal de atores principais, Mendelsohn e Erivo.
Muito me preocupa que esse embate seja deixado pro último episódio, com a possibilidade de um desfecho corrido e apressado, mas provavelmente serve como exemplo de que esse material nas mãos de um David Fincher renderia um baita filme. Nem todo mundo nasceu pra ser True Detective.
Succession (2ª Temporada)
4.5 228 Assista Agorae o ken se tornou a fucking killer. desculpa vizinhos pelo grito no minuto final.
Objetos Cortantes
4.3 834 Assista AgoraSaio irritado com a inocência de Camille. Uma pulga existia atrás da minha orelha desde a metade da temporada, apesar da fumaça e distrações usadas pra desviar da verdadeira identidade do assassino, nada me desnorteava de características sociopatas das quais não se foge: carência doentia e necessidade de atenção, egolatria, traumas, etc. Pois então o season finale foi meio anti climático, uma pena. Boa série em geral.
Banshee (1ª Temporada)
4.2 166 Assista AgoraEla atinge ali um ápice no meio da temporada, por volta do episódio 6, depois decai monstruosamente.
Girls (2ª Temporada)
4.0 295Acho que as pessoas confundem um pouco as coisas, vai saber... o que reclamam tanto da Hanna é o retrato de todas as personagens. Egocentrismo? Marnie é uma egocêntrica patológica, assim como a Jessa. Colocam sempre seus problemas em primeiro lugar e precisam, ora de ter alguém por perto, ora de festas de arromba, para preencher o vazio que sentem durante o dia a dia. E a Hanna apenas é o exponencial de um segmento muito grande de nossa sociedade, mulheres/meninas que não cresceram, que ainda usam as pessoas como forma de contornar a própria carência, sobrecarregadas por pressão no trabalho, na faculdade, no relacionamento, incapazes de se sentirem felizes quando estão sós.
Não é o que vimos nesse season finale? Hanna sendo auto depreciativa, auto centrada, egoísta e tentando contatar qualquer pessoa em busca de indulgência para o fato de que ela é incapaz de assumir responsabilidades e lidar com estas. Então ela procura Adam, quando seus pais negam piedade, outra pessoa claramente problemática e com um sério problema de dominação. Alguém que ela sabe, vai estar sempre ali pra oferecer a condescendência de que ela tanto precisa. E quando ela melhorar? Quando recuperar amor próprio, auto estima e confiança? Vai parar de usar Adam mais uma vez?
Ou será que Marnie, quando der na telha e cansar do excesso de carinho de Charlie, também vai parar de usá-lo para se sentir melhor consigo mesma, apesar do fato de sua vida profissional ser um fracasso?
E aí depois dizem que Ray detesta tudo. Como não ser ciníco e desiludido com uma sociedade na qual as pessoas tem a irritante mania de usarem umas as outras para aplacar suas próprias carências e fracassos? Por isso que digo e repito, Girls é um ótimo retrato de inúmeros aspectos, amplos demais até para a própria série, de uma geração de crianças despreparadas. E é Lena Dunham quem dá a cara a tapa para ser o standarte dessa crítica.
Girls (2ª Temporada)
4.0 295É interessante ver como Hanna e Adam são tão semelhantes. Não creio nem que era Hanna que topava suas excentricidades sexuais, mas ela definitivamente tinha aquele problema de achar que "merecia" ser tratada daquela forma, vulgar e depreciativa, como se não bastasse sua auto depreciação, ela acreditava que era esse o tipo de amor que ela poderia conseguir.
Realmente demorou até ela ser capaz de criar algum amor próprio e chutar Adam, mas aconteceu. Diferentemente da Natália, que no minuto em que foi tratada feito um lixo pelo imbecil do Adam, ela fez questão de chutá-lo.
É tudo questão de como você enxerga a si próprio, Adam parece fazer questão de afastar qualquer pessoa que venha a gostar dele, Hanna também. E no final, quem te sobra?
Girls (2ª Temporada)
4.0 295Ray é foda, puta merda. O estigma do fracasso. Melhor personagem da série rs
Boss (2ª Temporada)
4.4 9Acho que muitos elogios à série já foram feitos e seria redundante repeti-los. Por isso vou me atentar a alguns defeitos e erros que não consegui relevar nessa temporada. Achei em geral uma season nota 6, é boa, melhor do que muita coisa hoje em dia, mas igualmente abaixo das melhores séries em exibição. O que acontecia na primeira temporada foi amplificado aqui e, por vezes, eu não sabia se o homem no escritório da prefeitura era Tom Kane ou Vic, de The Shield. As dezenas de armações e reviravoltas que o roteiro costurava, apenas para no fim, Tom Kane desenlaçar o nó com um toque *genial se assemelhava muito aquele run final de Vic na ultima temporada de The Shield. Tudo muito forçado, muito fantasioso e distante da realidade.
*toque genial esse que é todo o plot principal da temporada, a forjada tentativa de assassinato, apenas para ganhar vantagem política e capital, pelo próprio Kane, acabou sendo o deus ex machina de todo o season finale. Então Kane arma com seu hitman o assassinato falso, o mesmo que matou Ezra Stone, ok. O lance dá errado, compreensível. A polícia abre a ivnestigação e Kane, louco da vida, exige a captura do hitman que, de alguma forma doida, é linkado a um grupo de ódio, a polícia se aproxima. Mas eis o que me deixou puto: MILAGROSAMENTE a captura do hitman pela polícia (que já havia cometido suicídio por Kane) se dá EXATAMENTE no mesmo momento que Kane fica ciente das investigações de Sam Miller sobre o assassinato de Stone e que ele iria publicá-la no jornal. Em nenhum momento Kane tinha qualquer controle sobre a velocidade da investigação policial, que já estava bem próxima, diga-se de passagem, mas tudo cai no colo dele... como passe de mágica.
-as tramas paralelas são irritantes e, muitas delas, desnecessárias. O maior flop de todos é a filha de Kane, inútil. Completamente inútil na trama. Não serve de nada, apenas chora, debate-se feito uma criança de 5 anos, chora mais um pouco... enche o saco com a porra do avô que... era um político corrupto, criminoso e detestável.
-o excesso de sexo gratuito. Eu não sou exatamente um politicamente correto chato, mas porra, um pouco de justificação e menos de gratuidade ajuda, não? Ou será que todo mundo na série é sexualmente pervertido e doente? O ápice é quando o promotor de justiça simplesmente se revolta com a libertinagem sexual de sua assistente e... tranca a na sala e a obriga a se masturbar na frente dele. Acrescenta o que? Nada. Gratuidade pura.
-e a vitória do Zajac... porra, eu acho difícil de acreditar que um político ganharia a corrida para Governador de um Estado, semanas depois de ter uma foto sua em sexo explícito com a mulher de um vereador publicada em todos os veículos de mídia possíveis, apenas porque, pasmém, o Prefeito planejou a morte da amante da outra concorrente. Ok então.
-a ida de Kane para Toronto se tratar da demência é, no mínimo, foda de acreditar. Em dois dias ele se submete a uma série de tratamentos abusivos, terapia de eletrochoque e o caralho, EM DOIS DIAS APENAS, sem recuperação, pra voltar todo pimpão, novo em folha, como se nada tivesse acontecido, lúcido e no melhor estado da sua mente. Não fode, ok?
-a prisão de Babe McGantry é feita de maneira acelerada, decorrente de um acesso de raiva de Kane, que pega no telefone e faz a denúncia para o promotor público. Sem sequer pensar nas consequências. Milagrosamente, McGantry era o dono de todas as terras em volta de Lennox Gardens, propriedades essas que caem nas mãos da Prefeitura. Ok. Taí a saída genial de Kane par ainjetar capital nos cofres públicos. Mas o que foi advindo de uma medida na base da raiva, torna-se, descrita pela série, como o masterplan que Kane vinha armando genialmente. É foda de aceitar.
Girls (2ª Temporada)
4.0 295Episódio 5 de longe um dos melhores da série, mas falta certo entendimento do que é essa série para apreciá-lo. Se formos pegar a deixa do season finale da primeira temporada, com Hannah solitária à deriva pelos trilhos de metrô e terminando o episódio com olhar perdido no horizonte, esse epi 5 pega essa deixa e se aprofunda na complexa tristeza inerente da personagem. Não acho que seja egocêntrico, quando cansamos de ver a personagem aguentar calada inúmeras ofensas, físicas, verbais e psicológicas. Nesse episódio ela percebeu que deveria ser feliz também, que QUERIA ser feliz, apenas nunca soube como. E sim, isso demanda certo egoísmo, o que culmina no ponto onde vimos nesta segunda temporada ela passando por cima de outras pessoas (o que nem sempre é legal).
A questão é que, como sugere o próprio título do episódio e a parábola inicial do lixo, ninguém liga para o "lixo" dos outros. Lixo emocional e psicológico esse. Quando você se abre para alguém, confia na pessoa, encontra um momento de felicidade, essa sensação de ilusão facilmente é despedaçada pelo egoísmo e individualismo alheio. Joshua queria apenas se divertir sexualmente, ter prazer. E Hannah se iludiu, precisou cair na realidade novamente através de um baque para perceber que está sozinha.
Treme (3ª Temporada)
4.4 11 Assista AgoraVi a série toda na HBO. As legendas já é sabido que nunca são lançadas enquanto a série tá sendo exibida, são complicadas de traduzir e o show é extremamente subestimado.
Boardwalk Empire - O Império do Contrabando (3ª Temporada)
4.5 98Essa temporada sequer terminou e já dá pra apontá-la como a melhor de toda a série. O que os roteiristas estão fazendo com o personagem do Nucky é antológico. Se na segunda temporada havia a dualidade na qual ele se equilibrava sobre ser o homem respeitado de Atlantic City, político e tesoureiro e, ao mesmo tempo, ser um gêngster, nessa eles galgaram o próximo degrau de complexidade para a figura do personagem. Como Sopranos havia feito com Tony, nesta temporada existe o choque entre o ser humano Nucky e sua figura fria, distante e violenta de chefe do crime.
Ao mesmo tempo que toda sua vida desmorona ao seu redor, sua existência também é completamente desconstruida. É o que dá a beleza a toda essa temporada, ajustando o tom para os próprios personagens secundários que são envolvidos a medida que a espiral de violência atinge Nucky.
E com todo respeito, mas não posso deixar de lembrar de todo mundo que chiou quando o Jimmy morreu e decretou o fim da série. O que dizer do trabalho que fizeram com esse psicopata, doente, pervertido e animal que é o Gyp Rosetti? Ou o Slater, Margaretth, Harrow... até mesmo o Van Alden, que tinha virado um coadjuvante de luxo, mas aos poucos as engrenagens vão se acertando e... olha onde ele foi parar. Que trabalho genial de costura desse roteiro, tudo culminando nesse cara a cara antológico que foi o Nucky com Al Capone.
Que série!!
Louie (3ª Temporada)
4.6 37O que falar desse episódio New Years Eve? Só quem sabe o real significado da solidão no meio de tantos amigos/conhecidos vai poder entender. Essa temporada foi uma obra prima, leva o nível das séries de comédia para algo acima do simples objetivo de fazer rir. Louie é um espelho para dentro da nossa própria vida.
A Vida é Curta Demais (1ª Temporada)
4.0 50O cotidiano do Warwick pode ser a definição mais acurada do termo "vergonha alheia".
Dr. House (8ª Temporada)
4.4 436 Assista AgoraPraticamente não evoluiu em nada a trama nessa temporada, coisa bem morna mesmo, pra aliviar a barra e tentar dar um fim digno pra série depois das desastrsas sexta e sétima temporadas.
A realidade é que não havia mais nada pra se contar, pecou pelo excesso do show e o final foi essa coisa sem impacto e regular.
Alcatraz (1ª Temporada)
3.5 252Péssima série.
Se tem algo realmente detestável é essa sensação de que o telespectador é um imbecil facilmente enrolado e enganado.
A temporada segue um ritmo lento mas que dava a entender uma trama de fundo interessante. O problema é terminar essa mesma temporada de forma relaxada, equivocada e como se rabiscada nas coxas o roteiro de última hora. Uma tonelada de novas pistas surgiram no último minuto mas sem fazer sentido algum, sequer fornecer qualquer resposta, pior, o mistério em si NÃO É interessante.
Termina de forma vulgar uma série na beira do cancelamento, que perde a cada dia mais e mais audiência, seria bom se o grupo responsável entendesse que Alcatraz não tem um décimo do que fazia Lost tão popular.
Então pra que dar voltas e voltas em torno de algo? 13 episódios dos quais 10 poderiam ser facilmente descartados.
Wilfred (1ª Temporada)
4.1 174Vi só os primeiros 4 episódios e pulei logo depois pro 13. Achei bem fraquinho. Uma série, que deveria ser na grande maioria comédia, mas que não faz rir. Simplesmente não achei engraçada. E o único bom momento, que é o season finale, acaba por ser um draminha.
Acho que essa vibe humorística de ensino médio, trollzinho vulgar com muita tosqueira infantil não me agrada. "Minhas glândulas anais precisam relaxar". Naahh, muito ruizinho.
Homeland: Segurança Nacional (1ª Temporada)
4.4 535 Assista AgoraSérie espetacular, pra mim a única estréia até aqui realmente interessante, das que eu acompanhei. Quem esperava que um suspense investigativo, um thriller de espionagem se tornasse um spin off de 24 hrs, se fodeu. É um antídoto para isto. Antes de tudo a série gira seus roteiros para a construção de dois personagens que terminaram essa temporada de forma sensacional e completamente pressionados. De um lado conseguiram o que quase nenhuma mídia norte americana teve a coragem de fazer, humanizar terroristas. Dar-lhes motivos, família, religião (digna de respeito) em vez de apelar pra caracterização banal e vilanizar o sgt. Brody, como um terrorista cliche. Saída digna e corajosa, até o ultimo momento ele é pego enfrentando o conflito de idéias, de cultura, daquilo que ele acredita ser o certo a fazer e o som da voz dos filhos.
E a Carrie e seu arco depressivo/psicótico,
final pior do que esse impossível. Uma personagem que vai sendo desconstruída frente sua doença e acaba... destruída
A série é um grande pesadelo norte americano, vulnerável à idéias e ataques estrangeiros quanto domésticos. A revelação de que muita corrupção aconteceu na operação de invasão ao Iraque não é novidade, a novidade da série é a perfeita justificativa para os ataques contra o país.
Dexter (6ª Temporada)
4.2 984 Assista AgoraTalvez a pior temporada da série depois da anterior. A coisa fica ainda mais feia depois da errática 5° temporada, onde NADA é aproveitado no personagem e naqueles que o circundam. pelo menos nessa houveram mudanças.
Coincidência ou não, justamente depois que os produtores de 24 Horas assumiram, Dexter sofre de suscessivos erros bizarros de roteiro, forçadas de barra e descaracterizações.
E de que serviu brother Sam e toda a primeira parte da temporada e a premissa interessante da discussão sobre fé e a escuridão do monstro que é o Dexter? jogado na vala.
E o que foi esse PÉSSIMO "vilão" vivido por Colin Hanks, ficando tudo mais previsível quando meio mundo já sabia que o prof. Gellar estava morto desde, sei lá, o segundo episódio? Previsível. Óbvio. Clichê. Isso foi a sexta temporada.
Porque diabos os policiais não entraram na cena do crime antes do Dexter? Nunca tiveram essa consideração antes. Ah, foi só pra ele poder destruir a evidência que o ligava ao assassino.
E sério, o barco MILAGRO que salva o Dexter? É esse o DEUS EX MACHINA mesmo?
Calma que ainda piora.
Todas as interiorizações de Dexter costumavam ser um bom momento pra reflexão do personagem, um "próprio psiquiatra", ou no mínimo forneciam um bom humor negro. Mas cairam na obviedade e didatismo de EXPLICAR o que o Dexter vai fazer, antes dele fazê-lo. "não tenho nada para lhe dar. posso lhe dar morte." Jura??? Sério mesmo???
Mas ainda piora.
Se a Debra sempre foi um tormento de emoções, nad amais justo do que uma psiquiatra para podermos entender melhor essa personagem. Então faltando dois episódios pro season finale, simplesmente tiram DO CU a idéia dela se apaixonar pelo Dexter. Tá de sacanagem?
Quem citar que eles não são irmãos biológicos deve ter começado a ver a série ontem, não é possível. Ela SEMPRE tratou o Dexter como irmão de sangue, sempre demonstrou por 5 temporadas procurar a aprovação do pai ausente, que direcionava toda atenção ao Dexter. Por isso se tornou policial como ele, por isso que relutou em se tornar tenente (coisa que o pai nunca foi), e por isso que seu grande amor foi o agente Lundy, uma figura paterna óbvia. Nenhum dos seus relacionamentos nem de longe lembravam o Dexter.
Mas não, precisamos ainda ter a revelação no season finale onde vai ser a única coisa que todo mundo vai comentar e esqueceram o lixo que foi essa temporada.
É isso aí. Um lixo.
Workaholics (1ª Temporada)
4.2 24Vou ficar com a opinião abaixo. Eles realmente arriscam demais, no frigir dos ovos achei dois ou três episódios realmente ótimos. No resto é bem mediano.