Últimas opiniões enviadas
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Mesmo que seja obviamente roteirizado, tudo o que é falado parece muito real e sincero, pois vai fundo na complexa natureza humana e nos problemas que afetam muitas pessoas. A vulnerabilidade das personagens permite abordar honestamente a forma que lidamos com o que é dito sobre nós, com o luto, etc. Jonah mandou bem.
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Quando fiquei sabendo que fariam uma nova "temporada" de Dexter, fiquei indignada. Por que insistir numa série que teve um final tão ruim e arriscar gerar frustração mais uma vez? E não deu outra. É só ler os comentários aqui para perceber isso.
Dessa vez, pelo menos gostei um pouco do final - não tinha outra alternativa se não o Dexter morrer de alguma forma. Isso ocorrer pelas mãos do filho que apresenta as mesmas tendências violentas que ele demonstrava na adolescência pode ter sido pesado, mas achei a melhor alternativa. O Dexter se entregar ou ser pego e ser julgado seria clichê demais e a Angela matar ele não seria tão forte nem não demonstraria "redenção" ou chance de salvação pro Harrison. Fiquei realmente emocionada com a possibilidade de o garoto ter um futuro em que ele não se torna um assassino - embora o ator não tenha convencido muito no papel e, por isso, não tenha gerado muita empatia.
Analisando toda a temporada, fiquei frustrada. O Dexter cometeu vários deslizes, arriscou ser descoberto e ainda achou aceitável ensinar o Código pro filho e matar um cara na frente dele deixando escorrer o sangue e lembrando o Harrison sobre o que ele viu quando a mãe dele foi assassinada. E sabendo que isso traumatizou o garoto! Ele não revelou quem era por querer ser um pai melhor e fazer o filho se sentir acolhido, ele só queria alguém pra poder ser ele mesmo, sem mentiras e segredos.
Além disso, o roteiro foi fraco em alguns momentos e faltou abordar com maior seriedade a questão de agir como justiceiro quando existe a opção de fazer terapia para não ceder ao impulso de matar pessoas. Também achei que quiseram resolver muitas coisas no final e ficou um pouco acelerado, sendo que em dez episódios dá pra apresentar, desenvolver e finalizar um enredo decentemente. Só bem no final o Dexter se revela serial killer e só na hora da morte se liga que foi culpado pela morte de várias pessoas inocentes e isso não tinha como ser justificado por código ou moral alguma? E depois de dez anos sem matar ninguém (e, aparentemente, sem sentir essa vontade) ele tem esse relapso? Ah, pelo amor de deus! Mas, sinceramente, coerência não se fez presente em muitos momentos de Dexter.
Últimos recados
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São tantas histórias entrelaçadas que são justificadas as três horas de filme. Mas cansa, claro, e podia ter sido feito de outra forma pra fluir melhor. Mesmo assim, ao contrário de outros usuários aqui do Filmow, não achei forçada a abordagem dos problemas de Hollywood, como o racismo e outros preconceitos. Eram características da época, que um filme que trata dessa história deve abordar para ser minimamente verossímil, justo com a verdade. Seria raso tratar só da festança, dos vícios em álcool e drogas, atores e atrizes perdendo destaque na indústria. Isso já vimos bastante.
É um filme pra quem gosta de cinema, dessa metalinguagem que o Chazelle curte usar. Me emocionou o encantamento das personagens pela sétima arte (um encantamento que muita gente aqui tem), e a conversa entre a colunista e o Jack Conrad resumiu bem o filme. E me lembrou "O Artista" quando trata da transição do cinema mudo para o falado e dos desafios enfrentados nesse movimento.
Gargalhei gostoso com o primeiro diálogo do Brad Pitt, e amei a atuação da Margot Robbie, como sempre magnífica.