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Últimas opiniões enviadas

  • Jonatas

    Uma das frases centrais do filme, que resume a história que ele quer contar, é quando a protagonista diz que estava vivendo uma linda história de amor enquanto o Brasil vivia um momento conturbado. E o problema de "Transe" está justamente aí: na suposta linda história de amor que nós, espectadores, nunca chegamos a ver. Os personagens simplesmente aparecem sem uma introdução que permita entender seus objetivos e seus anseios. O filme nem estabelece direito eles como sendo pessoas reais, sabe? Eles parecem caricaturas de pessoas de esquerda.O namorado da protagonista é só o esquerdomacho desconstruído metido a descolado; o Johnny é só o esquerdomacho metido a intelectual que acha que é poeta; e a protagonista é só a patricinha de classe média alta. Não há desenvolvimento nenhum entre eles. Do mesmo jeito que começam o filme, eles terminam. Não há contradições em suas ações nem amadurecimento.

    Os personagens são apenas estereótipos unidimensionais e nada mais. E sobre a relação deles como trisal, também não existe. Não há construção da suposta história de amor entre os personagens. Não existe nenhuma química entre os personagens e, para ser sincero, nem parece que há amor ali. Parece só fogo no rabo mesmo, pelo menos por parte da protagonista e do personagem de Johnny.

    Como o filme não estabelece bem as relações entre eles, você acaba não se importando com os personagens nem com os supostos conflitos que a eleição de 2018 estaria gerando neles.

    Falando sobre a questão política que o filme aborda e que foi o que despertou a curiosidade das pessoas sobre ele, isso também foi malfeito. "Transe" tenta construir uma ponte entre a esquerda radical, que acha que todo mundo que não pensa igual a eles é fascista ou nazista, e as pessoas comuns que só estão vivendo suas vidas, mas que votaram no Bolsonaro. Só que isso não funciona porque as pessoas que escreveram esse filme, tal como os personagens, não entenderam nada. E isso é até meio irônico.

    Dando um pequeno spoiler, há uma cena em que um personagem que é negro e eleitor do Bolsonaro está conversando com trio protagonista, e um dos nossos "heróis" questiona esse personagem pelo fato dele ser negro e votar no Bolsonaro, já que, segundo eles, Bolsonaro é racista. A resposta que ele dá é que "todos os brancos são racistas". Cara, nenhum bolsonarista acha que o Jair é racista. Qualquer eleitor do Bolsonaro jamais daria essa resposta porque essa visão de racismo - que todos os brancos são racistas - é muito específica das pessoas de esquerda. Os realizadores desse filme nem se deram ao trabalho de sair de suas bolhas para entender por que tantos pobres e negros estavam votando no Bolsonaro.

    A explicação que o filme dá para o fenômeno Bolsonaro é basicamente que todos os que votaram nele estavam/estão sendo manipulados pelo pastor. Difícil, sabe? Porque essa postura da extrema esquerda de deslegitimar seu adversário, que acontece no filme e na vida real também, de achar que não existe razão possível para alguém não ser de esquerda e que, se a pessoa não é, só pode significar que está sendo manipulada seja por fake news ou pela influência do pastor da igreja, vai fazer com que a esquerda nunca consiga alcançar essas pessoas. E ainda nessa situação toda tem o agravante de que a esquerda só sobrevive hoje através de pautas copiadas ipsis litteris dos americanos, e são pautas que majoritariamente não conversam com as pessoas comuns. Então aquele voltar para a base que o Mano Brown falou (e tem isso no filme), parece que nunca vai ser alcançado.

    Em resumo, "Transe" é um filme pastel de vento. Ele não tem nada. Não tem o romance que se propõe a apresentar nem debate o momento traumático do país. Pensando agora, é até meio difícil entender como esse filme conseguiu ter 1h20 de duração, sendo que ele é sobre o nada.

    Ps¹: Eu achava que com esse título o filme faria uma brincadeira com o substantivo "transe", com o ato de transar mesmo, mas estava errado. O filme praticamente não tem sexo.

    Ps²: Após assistir ao filme, vi uma entrevista no YouTube com o elenco falando sobre o mesmo. É engraçado como os atores são exatamente iguais aos personagens.

    Ps³: Nessa mesma entrevista, a diretora disse que os diálogos do filme não foram roteirizados. Bom, isso explica por que eles são meio esquisitos e porque o ator que interpretou o bolsonarista deu aquela resposta para os nossos "heróis" e aquela famigerada frase "quem são essas pessoas? Eu não conheço elas."

    Ps⁴: Para quem está em dúvida, "Transe" não é um novo Tropa de Elite, não. No máximo, se você for de extrema esquerda, vai achar ele ruim, pois está querendo que você dialogue com "fascistas". Acho que nem um bolsonarista ficaria ofendido com o filme.

    Ps⁵: Tem um momento no filme que, do ponto de vista narrativo, não faz o menor sentido, mas que está ali só para ser um recado para o público de esquerda que está assistindo ao filme. Não vou dar detalhes, pois essa cena não está no trailer, mas ela envolve a inserção de um certo personagem aí.

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  • Jonatas

    Esse é mais um caso em que a nota alta não faz jus à qualidade da obra. Tenho a sensação de que a maioria das pessoas avalia positivamente esse curta não pela qualidade dele em si, mas por concordar com o assunto discutido ou, no caso, o ponto de vista crítico apresentado.

    Quanto ao curta, entendo a ideia que o diretor queria passar, mas a maneira como ele a executou fez com que o curta não fizesse sentido. Não vou entrar em detalhes sobre a obra, porque há um comentário da usuária Isis que basicamente expressa a mesma opinião que eu tive sobre o curta.

    Obs: Fiquei pensando durante todo o curta sobre como os seres humanos nascem nesse universo. Como isso não foi revelado, nada do que aconteceu em "Love Is All You Need?" fez sentido.

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  • Jonatas

    De tanto ouvir as pessoas falarem mal desse filme, eu fui assistir pensando que seria horrível, do mesmo nível de "Pica-Pau" ou do infame "Naomi e Ely: A Lista de Quem Não Beijar", filmes que, quando você assiste, parece que está sendo atacado por um Dementador. Mas não foi nada disso. Madame Teia é, de fato, um filme ruim, mas é divertido. É um filme ruim que não se leva a sério, e as tosquices do roteiro fazem você rir em vários momentos, mesmo que seja um riso involuntário. Não é o pior filme do gênero, muito menos o pior filme desse universo de super-heróis da Sony. Parece mais um filme da Lifetime.

    Ps: achei muito engraçada a primeira cena do filme em que a mãe da Madame Teia explica por que está na Amazônia PARA O COLEGA DE TRABALHO DELA. Foi uma viagem surpresa? Só quando eles chegaram que ela contou por que estavam lá?

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