Antes de tudo não li o livro e não sei o filme foi fiel a ele ou a ideia central do mesmo. O filme apresenta uma atmosfera sombria e de apavoramento, causada pela guerra, e conta a história dos Ayres, que moram em uma grande mansão em deterioração, passando por diversos problemas financeiros que recebem o Dr. Faraday para uma consulta médica.
O que se segue a partir daí é uma série de revelações de segredos antigos, não só da família Ayres, mas de Faraday que não é tão inocente quanto aparenta. Agradável e cuidadoso, o médico é recebido facilmente pela família, já em estado de decadência, sofrendo o efeito pós-guerra. A insistência do personagem em se manter por perto desta mansão aos pedaços é irritante e por vezes parece ser forçada, até que finalmente entendemos a sua real motivação. Em uma das cenas mais emblemáticas Faraday é confrontado por Caroline sobre a sua sanidade mental, que é posta em xeque pelo médico em diversas ocasiões, e ela claramente diz que ele quer que ela esteja doente. A obsessão do médico com a mansão gera essa assombração, que busca ser explicada por todos mas simplesmente não tem explicação, que também não é confirmada e nem desmentida pelo filme deixando para o espectador decidir no que crer. Tendo um olhar mais cético, e explicando um pouco do que entendi, Faraday fica obcecado pela mansão ainda criança e como forma de levar ela consigo, ele rouba um pedaço da residência. Ele então tenta, já adulto, adquirir a mansão através de qualquer meio. Para isso ele interna Roderick, o único homem da família responsável pelas maiores decisões da propriedade e já afetado psicologicamente e fisicamente pela guerra. Com Caroline sendo a responsável pela propriedade, e estando sensível pela partida do irmão, ele propõe um casamento como a única alternativa para ele cuidar dela e da casa. Aqui foi um ponto que me deixou curioso, mas na cena da festa onde Caroline dançava com a amiga e todas as vezes que ela se afastava das investidas de Faraday, me levarem a pensar que ela seria lésbica. Ela ainda destaca que não gosta muito da amiga, talvez tentando afastar o pensamento de estar com outra mulher, o que na época, seria considerado impróprio. Ela então diz que sua mãe nunca aceitaria Faraday, no que este acredita ser por não ter nascido um aristocrata e apenas um filho de empregada. Então, ele cria um fantasma e leva a matriarca a acreditar que sua filha morta está insatisfeita com ela, levando-a um estado de instabilidade mental. Isso culmina com o possível suicídio de Sra. Ayres (será que foi Faraday?), e deixando Caroline livre e sem impedimentos para se casar com ele. E mais um vez, ela rejeita a proposta dele (devido ao motivo que falei anteriormente), e diz que vai vender a mansão e se mudar. Nesse ponto Faraday entra em um colapso por perder a grande mansão e só lhe resta uma última oportunidade de atingir seus objetivos, que seria assassinar Caroline. Essa cena em específico não deixa claro se realmente foi Faraday que a matou, mas com base na teoria que falei, achei mais plausível ser ele mesmo e se fosse alguma assombração, seria apenas uma projeção da obsessão do médico por aquele lugar.
Apesar de ter lido diversas opiniões falando que para pegar todo o contexto do filme você precisaria assistir novamente, não acho que tenho cabeça para fazer isso. Um dos melhores de 2018 e extremamente perturbador, assim como A Bruxa foi em 2015 e Corra! em 2017. Se você espera sustos fáceis, gore excessivo e a velha fórmula do horror, sinto dizer que esse filme talvez não seja para você. Hereditário não tem um ritmo rápido, focando diversas vezes em elementos que em um primeiro momento podem não significar nada e em um estalar de dedos simplesmente podem significar tudo
Ainda assim, esse ritmo mais contido não tira o brilho do filme, que tem sua tensão elevada a cada cena, em que você sente a presença do Mal mesmo sem vislumbrar a sua face.
Embora tenha todo um tom sobrenatural, achei incrível o fato do filme insinuar que tudo pode não passar de uma insanidade dos personagens, e a tal herança transmitida pela família, o hereditário, ser apenas uma doença mental. Com relação ao ocultismo, ele te dá as peças necessárias para entendê-lo, porém no fim eu ainda tinha algumas lacunas que precisava preencher por não ter tanto conhecimento de demonologia.
No fim, Hereditário tem grandes atores (cada vez mais fã da Toni Collette), um bom enquadramento de câmeras e já faz parte dos bons filmes da atual safra do horror cada vez mais frequente no cinema.
Com um roteiro falho, o filme erra em trazer a história da bruxa demoníaca Baba Yaga, que apesar de ser original, não causa a empolgação necessária em um filme deste tipo.
Ele ainda traz personagens interessantes, mas que ficam perdidos na rede complexa de informações criadas pelo diretor e não chegam a lugar algum. Em muitos momentos, o filme apresenta diversos conceitos mas não faz qualquer questão de desenvolvê-los, o que funcionaria se a proposta do filme fosse outra. A parte técnica do filme também não ajuda em nada o roteiro e o diretor fracos, onde o trabalho de edição do filme é confuso, destruindo por vezes a narrativa e dificultando o entendimento do que se passa em tela, e a trilha, que apesar de ser boa, é mal utilizada. Apesar de ter
U.F.O., até que entendemos o que aconteceu com Neil e a partir daí já tinha matado a charada do que aconteceu com o Brian também.
O que não torna nada fácil assistir o resto do filme, que acredito ter sido o primeiro que vejo, que aborda um assunto tão sério e os desdobramentos que isso traz para a vida de alguém.
Pude observar em alguns comentários abaixo que muitos ligaram o fato de Neil ser homossexual ao episódio de abuso, porém é incorreto afirmar já que desde dos minutos iniciais do filme fica bem delimitada a sexualidade dele. O que o filme quis mostrar, e o fez muito bem, são as fraturas que ficam na vida de alguém que sofreu o abuso. No caso do Neil, aquele que não consegue criar laços afetivos com ninguém, que tem uma necessidade constante de ter relações com homens que apresentem a mesma conduta e/ou aparência do treinador. Do outro lado da moeda tem o Brian, que por causa do choque apagou da sua memória o evento tão traumatizante que ocorreu, acreditando ter sido abduzido por extraterrestres, responsável por trazer uma leveza a trama, se é que é possível trazer alguma leveza para um filme com esse tema. Destaco a atuação do Chase Ellison, Neil com 8 anos, que fez cenas bem difíceis para sua idade, porém o grande astro do filme é Joseph Gordon-Levitt, que transmite a angústia e vazio necessários para a constituição de um personagem tão danificado como Neil.
O filme desenvolve muito bem a relação de mãe e filha, trazendo uma profundidade para essas personagens tornando possível a empatia pelo público. O grande problema do filme é construir uma grande premissa para no final entregar algo genérico e frívolo, destruindo, em parte, o ponto de partida inicial que era a conturbada relação de mãe e filha, destaque para a menina Lizzy, diante das adversidades. Ao final parece que algo não se encaixa e a obra se torna um daqueles casos que poderia ter funcionado perfeitamente se não tivessem
utilizado o tal "monstro" em tela. O terror estava exatamente naquilo que não poderia ser visto e que estava a espreita no meio das árvores com aquele clima sombrio e fotografia escura e que sofre uma desconstrução em prol do velho cinema pipoca
. Ter coragem para fazer um filme de monstro na atual indústria hollywoodiana já é um mérito, e Bryan Bertino, mesmo diante de tantas falhas, ainda entrega um filme decente e mostra que é possível trabalhar dentro deste tema com um baixo orçamento.
Caído em esquecimento, o tubarão, que fez muito sucesso sendo o terror do século passado, se apresenta em The Shallows como uma verdadeira força a ser temida. Com uma história simples, uma boa fotografia seguida de deslumbrantes cenas subaquáticas, o diretor, dos suspenses A Casa de Cera e A Orfã, trabalha bem os seus 86 minutos e o cenário paradisíaco, tornando-o grandioso, vivo e cheio de perigos ao mesmo tempo. A empatia pelo personagem da Blake Lively criada logo nos primeiros minutos, que é inteligente e não uma protagonista estúpida, é rápida e eficaz, o que torna fácil para o espectador torcer pela mesma. A atriz parece muito confortável no seu papel, transparecendo todo o medo e angústia que a situação traz, sem ser superficial, enfadonha e/ou rasa ( ͡° ͜ʖ ͡°). O grande problema do filme está no roteiro. Águas Rasas poderia ter sido um grande filme se tivesse eliminado o exagero e a grande necessidade, de quase todos os blockbusters atualmente, de ter uma cena maior a cada segundo, culminando em situações extremas, e pouco legítimas, que acabam quebrando o clima de suspense que o filme poderia ter criado. O filme caminha muito bem até o ato final, onde, como disse anteriormente, insiste em agarrar o excesso de informações e jogar na tela. Assim não espere por um filme profundo, encare como diversão de fim de tarde e não irá se decepcionar.
Com um desfecho interessante e boas atuações, Honeymoon poderia ser o melhor exemplar de terror do seu ano, se não fosse o fato do mesmo ser de 2014. A partir disso o filme conta uma boa história mas genérica e batida, e isso atrapalha o expectador que já está acostumado com esse estilo. A química entre o casal principal, Rose Leslie e Harry Treadaway, conhecidos por suas excelentes séries, é impressionante e eles são os responsáveis por manter o filme interessante em seu andamento. A curta duração do filme, aprox. 90 minutos, foi muito bem trabalhada pela diretora estreante Leigh Janiak, que sabe bem o poder da sua dupla e extrai tudo o que pode dali. Na sua conclusão o filme não apresenta nada de novo ou algo que o torne memorável, deixando aquela sensação de que poderia ter sido mais e ter feito valido os seus protagonistas.
James Wan não cansa de deixar sua marca no gênero do terror. A capacidade dele como diretor se eleva a cada novo filme, seja no desenvolvimento dos personagens ou no seu jogo de câmera quase que invasivo, prendendo o espectador naquele universo e criando um certo apego com os personagens (Lorraine Badass o/). Wan foi muito inteligente em pegar tudo que deu certo no primeiro filme e potencializar no segundo, talvez com certos exageros, e no fim a fórmula funciona e assume o principal papel de um filme de terror: causar medo. Para quem ficou na dúvida sobre o "CGI" do Homem-Torto saibam que ele foi interpretado pelo excelente ator Javier Botet.
Incrível como um filme pode te deixar tão desconfortável sem mostrar muita coisa. A atmosfera construída pelo diretor é o que torna esse filme tão sensacional, com um ar de macabro paralelo da realidade. O filme se destaca principalmente pela trilha (que me lembrou Insidious do James Wan em determinados momentos) que não necessariamente anuncia a chegada de um grande evento como nos filmes convencionais, mas apenas um novo capítulo na história sem que seja jogado algo na cara do público. Se quando os créditos começaram você não conseguiu refletir sobre qualquer ponto do filme, sugiro que você não o reveja, pois ele simplesmente não é para você. Outro filme muito injustiçado aqui no Filmow e que sugiro que assistam caso gostaram da A Bruxa é o austríaco Ich seh ich seh (Goodnight Mommy).
Acompanhar a vida de Mason foi uma experiência única, que mostra todas as etapas da vida de uma garoto, que apesar de ser bem diferente da nossa realidade cultural, acabamos nos identificando, seja com as constantes mudanças nos ciclos sociais, presentes ruins que ganhamos, o medo de enfrentar o futuro, términos de relacionamentos e por aí vai. Linklater preza pela naturalidade e fluidez da cenas, cada momento de Boyhood é realizado sem pretensões e busca a inteligibilidade do público, pois aquele é o nosso mundo. O filme aborda ainda, sem muito espetáculo, assuntos problemáticos como
bullying, alcoolismo, violência contra a mulher, divórcio, drogas e traumas,
sempre com sutileza e realidade sem alternativas miraculosas. Com uma atuação excelente Patricia Arquette fez por merecer o seu prêmio da Academia. O filme apresenta ainda uma trilha louvável, saltando por grandes músicas do século XXI, como Radioactive, Do You Realize??, Hero, Helena Beat, e minhas favoritas Deep Blue e Suburban War. Ainda assim "Da Infância à Juventude" é um filme complicado de se assistir. A escolha do diretor de filmar 12 anos de uma história e colocar tudo em 2h 45min de filme pode acabar se tornando cansativo se você não estiver disposto a entrar no clima do filme.
Como adaptar um livro de forma correta? Francis tem a fórmula. O diretor foi tão cuidadoso em algumas cenas que fica impossível para os fãs da obra não se emocionarem. A saga Jogos Vorazes terminou com um saldo positivo no cinema, apesar de ter achado
Fiquei me perguntando o filme todo como seria se Steven Spielberg tivesse dirigido Jurassic World. O diretor CT tem boa mão para as cenas de ação, porém acabou exagerando um pouco. O filme cumpre a promessa de divertir e com certeza um dos melhores do gênero (talvez o único) de 2015.
O primeiro livro foi perfeitamente adaptado pelo filme, mas vendo o trailer dessa continuação deu para perceber que muita coisa será alterada, o que me deixa com medo de acontecer outro efeito Percy Jackson, onde alteraram tanto a história que não sabiam mais como prosseguir. Espero que funcione e que a saga chegue até o final.
Filme incrível, leve, despretensioso e com boas atuações. Começou Between The Bars tomei aquele susto, e achando que não dava para melhorar vem Gospel, enfim trilha mais do que perfeita (sem contar as canções Home e At Your Door o/). Com relação ao título, o filme foi lançado em setembro de 2012 com o título de Writers no Toronto International Film Festival e em novembro foi trocado para Stuck in Love que se tornou o seu título original.
, esta continuação já me agrada pelo elenco. Como único aspecto negativo do filme achei que eles pesaram a mão com relação a nudez da Ava no filme. De todo modo, impossível não se apegar com a fotografia do filme, eles pegaram o que tinha de mais fantástico no primeiro filme e otimizaram neste. No fim apesar de ser mais do mesmo, essa continuação foi merecida e está otima, e se a fórmula funciona porque alterar?
Confesso que o que realmente me fez assistir o filme foi a Emily Blunt, mas de repente Marshall, Annie e Andy no mesmo filme *___*. Apesar de utilizar a fórmula pronta de comédia romântica, o filme conseguiu me agradar pelo clima mais simples apresentado, sem precisar recorrer a apelação. Ainda assim
Incrível, é a única palavra que tenho para descrever este filme. Primeira ponto positivo para se destacar é o Andy Serkis, que dá um show de atuação como o Cesar. O filme apresenta personagens tão cativantes(humanos/macacos), e tão reais ao mesmo tempo que se torna impossível não se preocupar com eles, seja com o intelectual Maurice ou o arrogante Koba. As cenas de ação estão impecáveis, com planos-sequência de tirar o fôlego (um deles me lembrou uma cena de Jurassic Park, quem viu sabe). E apesar de toda a ação o filme leva também a uma excelente auto-reflexão acerca
da guerra e do processo evolutivo, contrastado nossas semelhanças com os símios; e muitas portas foram abertas para continuações.
Matt Reeves já tinha meu respeito por Cloverfield, e ele conseguiu mais uma vez me surpreender. Com certeza um dos melhores de 2014, e torço por muitas premiações para esse filme, pois com certeza ele merece.
Como grande fã de Rejeitados tava esperando muito desse filme, e infelizmente o Rob me decepcionou. O filme até tem uma estética legal e passa muita originalidade em alguns símbolos e mitologia, porém conseguiu ser muito arrastado (talvez devido a sua duração de 101 minutos, que poderia ter acabado com meia hora a menos sem fazer falta alguma). Por fim, o filme tem um ótimo início e desenvolvimento dos personagens, porém fica só por isso mesmo e o resto vai ladeira a baixo. E Filmow tá na hora de trocar essa sinopse que não está correta...
Quando formou "below" no ouija improvisated level100, fiquei atônito até o tio se levantar, enfim tensão muito bem construída.
Destaco também as irmãs, principalmente a Caity (Annie), que foi quem segurou os momentos mais arrastados do filme. Como aspecto negativo e que poderia ter sido melhor aproveitado durante o filme está a trilha, que acabava com qualquer cena que estivesse por vir. Enfim, considero um bom filme, no qual conseguiu fugir da maioria dos clichês que assistimos nos filmes de terror hoje em dia.
Primeira vez que vou a cinema assistir um filme, tendo visto apenas o teaser trailer anteriormente. O filme me agradou e muito, a estética criada por Gareth se tornou uma marca registrada, e espero ver o mesmo nos seus outros trabalhos. O único ponto que realmente me desagradou foi o tempo em cena do personagem título, mas nada que tenha atrapalhado a experiência.
Gostei da forma como o filme foi conduzido, e não esperava um filme de terror com uma soundtrack tão boa. Mas apenas uma dúvida, alguém que tenha visto as duas versões sabe me informar se vale a pena ver a versão de 1980 ou é apenas mais do mesmo já apresentado nessa versão?
Só vi o quanto eu estava envolvido naquele universo quando o filme acabou e eu queria mais. Incrível a atuação (Eva *_*) e a química dos atores; e impossível não destacar a trilha sonora que dava para o filme todo um encanto. Enfim, um dos melhores da última década.
Achei interessante o suspense por trás de todo o filme, e imagino que se o diretor tivesse respondido a todas as perguntas do telespectador, de alguma forma, a história iria perder o seu encanto. Pretendo assistir os outros trabalhos do diretor, e gostaria de ter estômago para reassistir o filme e observar tudo aquilo que eu não vi da primeira vez; quem sabe daqui a alguns anos...
Estranha Presença
2.4 62Antes de tudo não li o livro e não sei o filme foi fiel a ele ou a ideia central do mesmo. O filme apresenta uma atmosfera sombria e de apavoramento, causada pela guerra, e conta a história dos Ayres, que moram em uma grande mansão em deterioração, passando por diversos problemas financeiros que recebem o Dr. Faraday para uma consulta médica.
O que se segue a partir daí é uma série de revelações de segredos antigos, não só da família Ayres, mas de Faraday que não é tão inocente quanto aparenta. Agradável e cuidadoso, o médico é recebido facilmente pela família, já em estado de decadência, sofrendo o efeito pós-guerra. A insistência do personagem em se manter por perto desta mansão aos pedaços é irritante e por vezes parece ser forçada, até que finalmente entendemos a sua real motivação. Em uma das cenas mais emblemáticas Faraday é confrontado por Caroline sobre a sua sanidade mental, que é posta em xeque pelo médico em diversas ocasiões, e ela claramente diz que ele quer que ela esteja doente. A obsessão do médico com a mansão gera essa assombração, que busca ser explicada por todos mas simplesmente não tem explicação, que também não é confirmada e nem desmentida pelo filme deixando para o espectador decidir no que crer. Tendo um olhar mais cético, e explicando um pouco do que entendi, Faraday fica obcecado pela mansão ainda criança e como forma de levar ela consigo, ele rouba um pedaço da residência. Ele então tenta, já adulto, adquirir a mansão através de qualquer meio. Para isso ele interna Roderick, o único homem da família responsável pelas maiores decisões da propriedade e já afetado psicologicamente e fisicamente pela guerra. Com Caroline sendo a responsável pela propriedade, e estando sensível pela partida do irmão, ele propõe um casamento como a única alternativa para ele cuidar dela e da casa. Aqui foi um ponto que me deixou curioso, mas na cena da festa onde Caroline dançava com a amiga e todas as vezes que ela se afastava das investidas de Faraday, me levarem a pensar que ela seria lésbica. Ela ainda destaca que não gosta muito da amiga, talvez tentando afastar o pensamento de estar com outra mulher, o que na época, seria considerado impróprio. Ela então diz que sua mãe nunca aceitaria Faraday, no que este acredita ser por não ter nascido um aristocrata e apenas um filho de empregada. Então, ele cria um fantasma e leva a matriarca a acreditar que sua filha morta está insatisfeita com ela, levando-a um estado de instabilidade mental. Isso culmina com o possível suicídio de Sra. Ayres (será que foi Faraday?), e deixando Caroline livre e sem impedimentos para se casar com ele. E mais um vez, ela rejeita a proposta dele (devido ao motivo que falei anteriormente), e diz que vai vender a mansão e se mudar. Nesse ponto Faraday entra em um colapso por perder a grande mansão e só lhe resta uma última oportunidade de atingir seus objetivos, que seria assassinar Caroline. Essa cena em específico não deixa claro se realmente foi Faraday que a matou, mas com base na teoria que falei, achei mais plausível ser ele mesmo e se fosse alguma assombração, seria apenas uma projeção da obsessão do médico por aquele lugar.
Hereditário
3.8 3,0KApesar de ter lido diversas opiniões falando que para pegar todo o contexto do filme você precisaria assistir novamente, não acho que tenho cabeça para fazer isso. Um dos melhores de 2018 e extremamente perturbador, assim como A Bruxa foi em 2015 e Corra! em 2017. Se você espera sustos fáceis, gore excessivo e a velha fórmula do horror, sinto dizer que esse filme talvez não seja para você.
Hereditário não tem um ritmo rápido, focando diversas vezes em elementos que em um primeiro momento podem não significar nada e em um estalar de dedos simplesmente podem significar tudo
(como as maquetes e o jogo de palavras).
Embora tenha todo um tom sobrenatural, achei incrível o fato do filme insinuar que tudo pode não passar de uma insanidade dos personagens, e a tal herança transmitida pela família, o hereditário, ser apenas uma doença mental. Com relação ao ocultismo, ele te dá as peças necessárias para entendê-lo, porém no fim eu ainda tinha algumas lacunas que precisava preencher por não ter tanto conhecimento de demonologia.
Não Bata Duas Vezes
2.5 101A abertura e o pôster são as melhores coisas desse filme.
Com um roteiro falho, o filme erra em trazer a história da bruxa demoníaca Baba Yaga, que apesar de ser original, não causa a empolgação necessária em um filme deste tipo.
A parte técnica do filme também não ajuda em nada o roteiro e o diretor fracos, onde o trabalho de edição do filme é confuso, destruindo por vezes a narrativa e dificultando o entendimento do que se passa em tela, e a trilha, que apesar de ser boa, é mal utilizada.
Apesar de ter
uma grande reviravolta nos minutos finais,
Mistérios da Carne
4.1 975Comecei a assistir pensando que seria um típico filme de
U.F.O., até que entendemos o que aconteceu com Neil e a partir daí já tinha matado a charada do que aconteceu com o Brian também.
Pude observar em alguns comentários abaixo que muitos ligaram o fato de Neil ser homossexual ao episódio de abuso, porém é incorreto afirmar já que desde dos minutos iniciais do filme fica bem delimitada a sexualidade dele. O que o filme quis mostrar, e o fez muito bem, são as fraturas que ficam na vida de alguém que sofreu o abuso. No caso do Neil, aquele que não consegue criar laços afetivos com ninguém, que tem uma necessidade constante de ter relações com homens que apresentem a mesma conduta e/ou aparência do treinador. Do outro lado da moeda tem o Brian, que por causa do choque apagou da sua memória o evento tão traumatizante que ocorreu, acreditando ter sido abduzido por extraterrestres, responsável por trazer uma leveza a trama, se é que é possível trazer alguma leveza para um filme com esse tema. Destaco a atuação do Chase Ellison, Neil com 8 anos, que fez cenas bem difíceis para sua idade, porém o grande astro do filme é Joseph Gordon-Levitt, que transmite a angústia e vazio necessários para a constituição de um personagem tão danificado como Neil.
Um Monstro no Caminho
2.6 178O filme desenvolve muito bem a relação de mãe e filha, trazendo uma profundidade para essas personagens tornando possível a empatia pelo público. O grande problema do filme é construir uma grande premissa para no final entregar algo genérico e frívolo, destruindo, em parte, o ponto de partida inicial que era a conturbada relação de mãe e filha, destaque para a menina Lizzy, diante das adversidades.
Ao final parece que algo não se encaixa e a obra se torna um daqueles casos que poderia ter funcionado perfeitamente se não tivessem
utilizado o tal "monstro" em tela. O terror estava exatamente naquilo que não poderia ser visto e que estava a espreita no meio das árvores com aquele clima sombrio e fotografia escura e que sofre uma desconstrução em prol do velho cinema pipoca
Ter coragem para fazer um filme de monstro na atual indústria hollywoodiana já é um mérito, e Bryan Bertino, mesmo diante de tantas falhas, ainda entrega um filme decente e mostra que é possível trabalhar dentro deste tema com um baixo orçamento.
Águas Rasas
3.4 1,3KCaído em esquecimento, o tubarão, que fez muito sucesso sendo o terror do século passado, se apresenta em The Shallows como uma verdadeira força a ser temida. Com uma história simples, uma boa fotografia seguida de deslumbrantes cenas subaquáticas, o diretor, dos suspenses A Casa de Cera e A Orfã, trabalha bem os seus 86 minutos e o cenário paradisíaco, tornando-o grandioso, vivo e cheio de perigos ao mesmo tempo.
A empatia pelo personagem da Blake Lively criada logo nos primeiros minutos, que é inteligente e não uma protagonista estúpida, é rápida e eficaz, o que torna fácil para o espectador torcer pela mesma. A atriz parece muito confortável no seu papel, transparecendo todo o medo e angústia que a situação traz, sem ser superficial, enfadonha e/ou rasa ( ͡° ͜ʖ ͡°).
O grande problema do filme está no roteiro. Águas Rasas poderia ter sido um grande filme se tivesse eliminado o exagero e a grande necessidade, de quase todos os blockbusters atualmente, de ter uma cena maior a cada segundo, culminando em situações extremas, e pouco legítimas, que acabam quebrando o clima de suspense que o filme poderia ter criado. O filme caminha muito bem até o ato final, onde, como disse anteriormente, insiste em agarrar o excesso de informações e jogar na tela. Assim não espere por um filme profundo, encare como diversão de fim de tarde e não irá se decepcionar.
Honeymoon
2.7 279Com um desfecho interessante e boas atuações, Honeymoon poderia ser o melhor exemplar de terror do seu ano, se não fosse o fato do mesmo ser de 2014. A partir disso o filme conta uma boa história mas genérica e batida, e isso atrapalha o expectador que já está acostumado com esse estilo. A química entre o casal principal, Rose Leslie e Harry Treadaway, conhecidos por suas excelentes séries, é impressionante e eles são os responsáveis por manter o filme interessante em seu andamento. A curta duração do filme, aprox. 90 minutos, foi muito bem trabalhada pela diretora estreante Leigh Janiak, que sabe bem o poder da sua dupla e extrai tudo o que pode dali. Na sua conclusão o filme não apresenta nada de novo ou algo que o torne memorável, deixando aquela sensação de que poderia ter sido mais e ter feito valido os seus protagonistas.
Invocação do Mal 2
3.8 2,1KJames Wan não cansa de deixar sua marca no gênero do terror. A capacidade dele como diretor se eleva a cada novo filme, seja no desenvolvimento dos personagens ou no seu jogo de câmera quase que invasivo, prendendo o espectador naquele universo e criando um certo apego com os personagens (Lorraine Badass o/). Wan foi muito inteligente em pegar tudo que deu certo no primeiro filme e potencializar no segundo, talvez com certos exageros, e no fim a fórmula funciona e assume o principal papel de um filme de terror: causar medo. Para quem ficou na dúvida sobre o "CGI" do Homem-Torto saibam que ele foi interpretado pelo excelente ator Javier Botet.
A Bruxa
3.6 3,4KIncrível como um filme pode te deixar tão desconfortável sem mostrar muita coisa. A atmosfera construída pelo diretor é o que torna esse filme tão sensacional, com um ar de macabro paralelo da realidade. O filme se destaca principalmente pela trilha (que me lembrou Insidious do James Wan em determinados momentos) que não necessariamente anuncia a chegada de um grande evento como nos filmes convencionais, mas apenas um novo capítulo na história sem que seja jogado algo na cara do público. Se quando os créditos começaram você não conseguiu refletir sobre qualquer ponto do filme, sugiro que você não o reveja, pois ele simplesmente não é para você. Outro filme muito injustiçado aqui no Filmow e que sugiro que assistam caso gostaram da A Bruxa é o austríaco Ich seh ich seh (Goodnight Mommy).
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7KAcompanhar a vida de Mason foi uma experiência única, que mostra todas as etapas da vida de uma garoto, que apesar de ser bem diferente da nossa realidade cultural, acabamos nos identificando, seja com as constantes mudanças nos ciclos sociais, presentes ruins que ganhamos, o medo de enfrentar o futuro, términos de relacionamentos e por aí vai. Linklater preza pela naturalidade e fluidez da cenas, cada momento de Boyhood é realizado sem pretensões e busca a inteligibilidade do público, pois aquele é o nosso mundo.
O filme aborda ainda, sem muito espetáculo, assuntos problemáticos como
bullying, alcoolismo, violência contra a mulher, divórcio, drogas e traumas,
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
3.6 1,9KComo adaptar um livro de forma correta? Francis tem a fórmula. O diretor foi tão cuidadoso em algumas cenas que fica impossível para os fãs da obra não se emocionarem. A saga Jogos Vorazes terminou com um saldo positivo no cinema, apesar de ter achado
o final happily ever after desnecessário; faltou reforçar que a Katniss apesar de ter encontrado paz se tornou uma pessoa muito perturbada.
Destaque para a cena do Haymitch lendo a carta do Plutarch no final do filme R.I.P. Phil (╥_╥)
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0KFiquei me perguntando o filme todo como seria se Steven Spielberg tivesse dirigido Jurassic World. O diretor CT tem boa mão para as cenas de ação, porém acabou exagerando um pouco. O filme cumpre a promessa de divertir e com certeza um dos melhores do gênero (talvez o único) de 2015.
Maze Runner: Prova de Fogo
3.4 1,2KO primeiro livro foi perfeitamente adaptado pelo filme, mas vendo o trailer dessa continuação deu para perceber que muita coisa será alterada, o que me deixa com medo de acontecer outro efeito Percy Jackson, onde alteraram tanto a história que não sabiam mais como prosseguir. Espero que funcione e que a saga chegue até o final.
Ligados Pelo Amor
4.0 854 Assista AgoraFilme incrível, leve, despretensioso e com boas atuações. Começou Between The Bars tomei aquele susto, e achando que não dava para melhorar vem Gospel, enfim trilha mais do que perfeita (sem contar as canções Home e At Your Door o/). Com relação ao título, o filme foi lançado em setembro de 2012 com o título de Writers no Toronto International Film Festival e em novembro foi trocado para Stuck in Love que se tornou o seu título original.
Sin City: A Dama Fatal
3.4 974Com atores excelentes, Mickey Rourke, Rosário D., Eva Green e
Bruce W. (fazendo ghost appearance)
Cinco Anos de Noivado
3.0 529 Assista AgoraConfesso que o que realmente me fez assistir o filme foi a Emily Blunt, mas de repente Marshall, Annie e Andy no mesmo filme *___*. Apesar de utilizar a fórmula pronta de comédia romântica, o filme conseguiu me agradar pelo clima mais simples apresentado, sem precisar recorrer a apelação. Ainda assim
senti falta de uma grande reviravolta
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8KIncrível, é a única palavra que tenho para descrever este filme. Primeira ponto positivo para se destacar é o Andy Serkis, que dá um show de atuação como o Cesar. O filme apresenta personagens tão cativantes(humanos/macacos), e tão reais ao mesmo tempo que se torna impossível não se preocupar com eles, seja com o intelectual Maurice ou o arrogante Koba. As cenas de ação estão impecáveis, com planos-sequência de tirar o fôlego (um deles me lembrou uma cena de Jurassic Park, quem viu sabe). E apesar de toda a ação o filme leva também a uma excelente auto-reflexão acerca
da guerra e do processo evolutivo, contrastado nossas semelhanças com os símios; e muitas portas foram abertas para continuações.
As Senhoras de Salem
2.5 405Como grande fã de Rejeitados tava esperando muito desse filme, e infelizmente o Rob me decepcionou. O filme até tem uma estética legal e passa muita originalidade em alguns símbolos e mitologia, porém conseguiu ser muito arrastado (talvez devido a sua duração de 101 minutos, que poderia ter acabado com meia hora a menos sem fazer falta alguma). Por fim, o filme tem um ótimo início e desenvolvimento dos personagens, porém fica só por isso mesmo e o resto vai ladeira a baixo. E Filmow tá na hora de trocar essa sinopse que não está correta...
Pesadelos do Passado
2.7 199 Assista AgoraAcho que a reviravolta final foi o que me fez gostar do filme.
Quando formou "below" no ouija improvisated level100, fiquei atônito até o tio se levantar, enfim tensão muito bem construída.
Godzilla
3.1 2,1KPrimeira vez que vou a cinema assistir um filme, tendo visto apenas o teaser trailer anteriormente. O filme me agradou e muito, a estética criada por Gareth se tornou uma marca registrada, e espero ver o mesmo nos seus outros trabalhos. O único ponto que realmente me desagradou foi o tempo em cena do personagem título, mas nada que tenha atrapalhado a experiência.
Easter egg muito legal o do Mothra escrito no aquário.
Maníaco
3.0 579Gostei da forma como o filme foi conduzido, e não esperava um filme de terror com uma soundtrack tão boa. Mas apenas uma dúvida, alguém que tenha visto as duas versões sabe me informar se vale a pena ver a versão de 1980 ou é apenas mais do mesmo já apresentado nessa versão?
Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses
3.2 661Nostalgia a mil, aí vem os créditos... quase que a lágrima desceu ...
Os Sonhadores
4.1 2,0KSó vi o quanto eu estava envolvido naquele universo quando o filme acabou e eu queria mais. Incrível a atuação (Eva *_*) e a química dos atores; e impossível não destacar a trilha sonora que dava para o filme todo um encanto. Enfim, um dos melhores da última década.
Kill List
3.3 199Achei interessante o suspense por trás de todo o filme, e imagino que se o diretor tivesse respondido a todas as perguntas do telespectador, de alguma forma, a história iria perder o seu encanto. Pretendo assistir os outros trabalhos do diretor, e gostaria de ter estômago para reassistir o filme e observar tudo aquilo que eu não vi da primeira vez; quem sabe daqui a alguns anos...