A crueza da realidade nos filmes do Haneke choca muito mais que qualquer filme de gore e exploitation. Em A Fita Branca especialmente, essa exposição da maldade humana é visceral e impactante, pois ao mesmo tempo que choca ela também nos humaniza, nos coloca em um mesmo patamar com um belo soco no estômago. Todos nós somos uma fita branca na infância, ela está em nós; nós somos a fita branca, sem marcações ou estigmas. O que vivenciamos e o que nos é ensinado vai gradativamente "marcando" essa fita e depois de marcada, essa fita ditará nossas convicções e atitudes da vida adulta. Uma fita branca amarrada em volta do braço pode muito bem ser marcada e se tornar uma braçadeira com uma suástica. A história mostrou e ela se repete, cuidemos de nossas fitas brancas!
Definitivamente é um dos filmes mais belos, esteticamente falando, a que já assisti! Certos takes remetem a obras de arte impressionistas, com paisagens imponentes, ao ar livre e que cada pequeno detalhe é omitido em prol do conjunto todo que está sendo retratado. O roteiro e a execução da história deixam um pouco a desejar, porém sem comprometer o filme em sua totalidade. A fotografia merecidamente agraciada com um Oscar é marcante e já mostra muito do estilo de Terrence Malick ainda no seu segundo longa-metragem. A trilha sonora de Morricone dispensa comentários por sua excelência.
Revi hoje em 2019, depois de 15 anos ou mais, e ainda sim continua um filme excelente, é um clássico trash absoluto! Efeitos práticos se vê por aqui, faz muita falta efeitos práticos bons assim, a CGI mesmo quando é muito boa, nao supera em realismo e imersão o bom e velho gore palpável de uma boa maquiagem. Grande experiência rever A Bolha Assassina dando uma nostalgia de assistir filmes de terror em plena tarde no cinema em casa!
Um filme encantador, arte em seu estado mais puro. De um visionário que de tão humilde que era, só se retratava por vagabundo... mas que na verdade foi um gênio. Não, não é um filme com um sorriso e talvez uma lágrima; é um filme de gargalhadas e muitas lágrimas!
Foi corajoso tentar ser mais fiel ao conto As crianças do milharal, mas a direção, roteiro e atuações não ajudaram. O original ainda gera mais tensão e tem um legado de clássico dos anos 80 já estabelecido. Isaac dessa versão não é amedrontador. Destaque apenas para o clímax e final bem próximo a obra de origem.
A crueza e crueldade deste filme faz dele o tipo que se assisti apenas uma vez. O problema abordado por ele é por si só revoltante e a forma como é contado deixa tudo ainda mais pesado. Um alerta a todos. Ps.: se você é do tipo que se impressiona fácil e/ou está passando por uma fase difícil, por favor não assista a esse filme. É devastador.
Bergman conseguiu transpor para a tela traumas de uma infância vilipendiada, medo da velhice e o peso de sua imprevisibilidade. Tudo isso gerando um turbilhão de emoções na protagonista, culminando em uma profunda depressão. A simbologia beira o poético e o surrealismo das sequências de sonho/delírio são tão intensas que chega a causar certo incômodo. Incômodo esse que ao final do filme é de certa forma aplacado, consigo ver uma mensagem positiva nessa jornada ao âmago da dra. Isaakson, um alento para um de nossos maiores temores, o envelhecimento e o fim da vida.
"Nem parece filme da DC" Deadpool sobre Shazam! O filme é bem engraçado e tem uma história que envolve. Personagens carismáticos, destaque para os irmãos adotivos do Billy.
Achei sensacional a referência/homenagem à cena do piano no chão do filme Quero Ser Grande, cujo protagonista também é um pré-adolescente num corpo de adulto! O filme é bem redondinho e não se leva a sério, o que é ótimo para uma comédia de super herói.
Além de intrigante e inventivo visualmente, essa animação é extremamente crítica a diversos aspectos da sociedade atual (feita em 1973 e ainda hoje muito atual). A questão da dominação entre espécies ditas superiores em relação às inferiores no tocante a exploração como animais de estimação. E se nossos animais são como os oms do planeta yagam? E quanto aos oms selvagens que subjulgam uns aos outros, criticando assim a exploração entre os iguais. E no fim,
quando Draags e oms estão em paz, a cena final é de uma criança draag acariciando um novo pet, mostrando que sempre haverá um ser pra subjulgar o outro?
Como já dito em comentários anteriores, merece um remake, com a tecnologia atual poderiam fazer algo estonteante tão criativo quanto e quem sabe aprofundar outras críticas. Totalmente recomendada essa animação!
Quando um filme te prende mesmo com um tema que a princípio não te interessaria, é sinal de que esse filme é bem feito em sua totalidade, está acima da média em relação a outros longas. É o caso de Eu, Tonya. Patinação no gelo não é um assunto tão atrativo para a maioria dos brasileiros, assim como beisebol, fato apenas questão cultural. Ainda assim a história foi contada de um modo tão fluido, com momentos descontraídos mesmo abordando temas polêmicos e complexos como relacionamentos abusivos, competitividade esportiva, tudo isso deixando a história envolvente. A trilha sonora excelente foi fundamental para fisgar ainda mais o público, as atuações de Margot Robbie e Allison Janney foram de suma importância também para conquistar de vez a audiência e logo no início nos entregamos à trama querendo saber o que de fato ocorreu. Muitos até nunca ouviram falar de Tonya Harding, como eu, e o filme ainda sim se torna instigante. Certamente é um filme que mereceu a atenção que recebeu por todos esses motivos listados e deve ser visto mesmo por quem nunca tenha assistido a uma competição de patinação no gelo ou nem faça ideia de quem é Tonya. Depois de assistir, saberão quem ela é e até talvez a admirarão.
The Neon Demon + I Spit on Your Grave = Revenge Pelo uso das cores e trilha sonora e filme clássico de vingança após agressão. Não mostra nada de surpreendente nesse subgênero, porém tem uma direção competente, tomadas criativas e fotografia marcante. Não dá para exigir verossimilhança nesse tipo de filme, mesmo assim cria uma boa tensão em certas partes. As cenas gore são bem feitas, nada de violência offscreen aqui. E, claro, sempre é bom ver um (a) protagonista badass!
Assistir Bergman é sempre uma viagem ao âmago do que o ser humano pode ter ou ser de pior e ainda assim é sempre gratificante ser exposto à tais agruras. É impossível voltar dessa viagem sem nenhuma lição... pais olhem para seus filhos, filhos olhem para seus pais e digam antes que tudo se torne uma avalanche tão fácil de desmoronar que apenas uma sonata em um outono qualquer será capaz de demover todas as cicatrizes de uma só vez.
Poucos filmes me deram tanta aflição como United 93! Mesmo sabendo do desfecho dos fatos ocorridos em 2001, foi impossível não torcer para que tudo acabasse bem. E de certo modo uma pior tragédia foi evitada, se realmente foi assim que aconteceu, esses passageiros foram muito corajosos, verdadeiros heróis!
O filme, dentre diversos questionamentos incômodos, expõe o quão frágil é a certeza assim como tão forte é a dúvida, por mais antiteticamente que isso possa parecer. A construção do roteiro nos faz de bola de tênis, ora de um lado, ora do outro. As linhas finais da irmã Aloysius provavelmente serão as mesmas de quase todos que assitirem ao filme. Apenas a dúvida foi capaz de desmoronar a impassibilidade austera da diretora e às vezes é apenas isso que nos resta, a dúvida.
Um belo tributo aos primeiros filmes, principalmente o de 1978 e sua sequência direta de 1981 (apesar de ter ignorado a história das continuações, nota-se diversas cenas homenageando tais filmes). Halloween 2018 entra para o hall de filmes bons da franquia inclusive ultrapassando Halloween II de 81 e H20. Nesse momento posso até estar cometendo um sacrilégio e ouso dizer que se iguala ao de 1978, por exemplo, na criação da paranoia de um Myers a espreita que pode aparecer a qualquer momento, a invulnerabilidade do boogieman, a aleatoriedade da fúria de Michael tornando qualquer um em vítima potencial. Muitas pessoas tem criticado as mortes off screen, porém isso é mais uma referência ao primeiro filme, que primou pelo suspense e teve mortes pouco violentas. E Halloween 2018 teve suas mortes bem gráficas, muito fortes e não justificava colocar mais dessas cenas, para um banho de sangue aleatório recomendo Halloween o Início do Rob Zombie e sua sofrível sequência. Alguém embaixo citou que até Halloween 6 e Ressurreição foram melhores que esse de 2018... piada né?
Quanto ao aspecto técnico, o filme foi muito bem. Trilha sonora dispensa comentários, está impecável. Há um plano sequência muito bem executado. Há recursos de roteiro que justificam a ausência de comunicação de uma personagem, outro que impede que pessoas ouçam as vítimas, tudo isso foi chamado de "forçação de barra" por alguns aqui, mas eu chamo de tentativa bem sucedida de evitar situações muito inverossímeis. É claro que há clichês, há jump scares, mas o gênero horror e principalmente seu subgênero slasher exige isso, se você vai assistir a um filme assim na expectativa de grandes reviravoltas, interpretações mirabolantes e questionamentos filosóficos, o problema não está no filme e sim em você.
Enfim, se você é fã da franquia, assistiu todos os filmes e até tem um carinho por Halloween 5, 6 e Ressurreição (esse não), a chance de você amar o filme é grande! Ver Michael Myers em ação ao som clássico da sua trilha, na telona em pleno 31 de outubro foi inesquecível!
Só pela menção honrosa, e até mesmo uma aparição digamos assim, do H. P. Lovecraft já ganhou meu coração! A princípio as decisões pouco verossímeis e situações um tanto forçadas me incomodaram nos primeiros minutos do filme...
até que ocorre um plot twist e então pedi desculpas mentalmente ao diretor! A realidade criada pela Beth poderia sim explicar os tais "furos de roteiro" como ela não chamar a polícia quando a irmã liga, situações estranhas na antiga casa etc. A partir daí o filme que eu jurava que se encaminhava para um sobrenatural clichê se torna um thriller com psicopatas de tirar o fôlego!
O gore foi na medida certa e os famigerados jump scares que nunca funcionam comigo não chegaram a incomodar (talvez quem se assuste fácil possa ter tomado alguns sustos). Também achei que o filme tenta explicar demais a situação central da protagonista, talvez se tivesse apenas pinceladas com sugestões do que estava ocorrendo teria sido mais valoroso para o filme, deixá-lo um pouco mais mind blowing. Enfim, um ótimo filme de terror, conseguiu mexer com os nervos!
Horror cósmico lovecraftiano de um Carpenter lynchiano com um toque de body horror de Cronenberg. É claro que daria certo! O clima tenso aliado à metalinguagem nos faz questionar a natureza da nossa realidade ao final do filme.
A Fita Branca
4.0 756 Assista AgoraA crueza da realidade nos filmes do Haneke choca muito mais que qualquer filme de gore e exploitation. Em A Fita Branca especialmente, essa exposição da maldade humana é visceral e impactante, pois ao mesmo tempo que choca ela também nos humaniza, nos coloca em um mesmo patamar com um belo soco no estômago. Todos nós somos uma fita branca na infância, ela está em nós; nós somos a fita branca, sem marcações ou estigmas. O que vivenciamos e o que nos é ensinado vai gradativamente "marcando" essa fita e depois de marcada, essa fita ditará nossas convicções e atitudes da vida adulta. Uma fita branca amarrada em volta do braço pode muito bem ser marcada e se tornar uma braçadeira com uma suástica. A história mostrou e ela se repete, cuidemos de nossas fitas brancas!
Cinzas no Paraíso
4.0 173 Assista AgoraDefinitivamente é um dos filmes mais belos, esteticamente falando, a que já assisti! Certos takes remetem a obras de arte impressionistas, com paisagens imponentes, ao ar livre e que cada pequeno detalhe é omitido em prol do conjunto todo que está sendo retratado.
O roteiro e a execução da história deixam um pouco a desejar, porém sem comprometer o filme em sua totalidade. A fotografia merecidamente agraciada com um Oscar é marcante e já mostra muito do estilo de Terrence Malick ainda no seu segundo longa-metragem. A trilha sonora de Morricone dispensa comentários por sua excelência.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraIn A24 and Robert Eggers we trust!
A Bolha Assassina
3.1 661 Assista AgoraRevi hoje em 2019, depois de 15 anos ou mais, e ainda sim continua um filme excelente, é um clássico trash absoluto! Efeitos práticos se vê por aqui, faz muita falta efeitos práticos bons assim, a CGI mesmo quando é muito boa, nao supera em realismo e imersão o bom e velho gore palpável de uma boa maquiagem. Grande experiência rever A Bolha Assassina dando uma nostalgia de assistir filmes de terror em plena tarde no cinema em casa!
Vestido Maldito
2.6 203 Assista AgoraTerror + A24 = Filmaço garantido
O Garoto
4.5 582 Assista AgoraUm filme encantador, arte em seu estado mais puro. De um visionário que de tão humilde que era, só se retratava por vagabundo... mas que na verdade foi um gênio.
Não, não é um filme com um sorriso e talvez uma lágrima; é um filme de gargalhadas e muitas lágrimas!
A Colheita Maldita
2.6 221Foi corajoso tentar ser mais fiel ao conto As crianças do milharal, mas a direção, roteiro e atuações não ajudaram. O original ainda gera mais tensão e tem um legado de clássico dos anos 80 já estabelecido. Isaac dessa versão não é amedrontador. Destaque apenas para o clímax e final bem próximo a obra de origem.
Miss Violence
3.9 1,0K Assista AgoraA crueza e crueldade deste filme faz dele o tipo que se assisti apenas uma vez. O problema abordado por ele é por si só revoltante e a forma como é contado deixa tudo ainda mais pesado. Um alerta a todos.
Ps.: se você é do tipo que se impressiona fácil e/ou está passando por uma fase difícil, por favor não assista a esse filme. É devastador.
Slender Man: Pesadelo Sem Rosto
1.5 469 Assista AgoraVejam o documentário Cuidado com o Slenderman e esqueçam esse filme. O primeiro sim mete medo!
Face a Face
4.2 131Bergman conseguiu transpor para a tela traumas de uma infância vilipendiada, medo da velhice e o peso de sua imprevisibilidade. Tudo isso gerando um turbilhão de emoções na protagonista, culminando em uma profunda depressão. A simbologia beira o poético e o surrealismo das sequências de sonho/delírio são tão intensas que chega a causar certo incômodo. Incômodo esse que ao final do filme é de certa forma aplacado, consigo ver uma mensagem positiva nessa jornada ao âmago da dra. Isaakson, um alento para um de nossos maiores temores, o envelhecimento e o fim da vida.
Shazam!
3.5 1,2K Assista Agora"Nem parece filme da DC" Deadpool sobre Shazam!
O filme é bem engraçado e tem uma história que envolve. Personagens carismáticos, destaque para os irmãos adotivos do Billy.
Achei sensacional a referência/homenagem à cena do piano no chão do filme Quero Ser Grande, cujo protagonista também é um pré-adolescente num corpo de adulto!
O filme é bem redondinho e não se leva a sério, o que é ótimo para uma comédia de super herói.
Planeta Fantástico
4.3 319Além de intrigante e inventivo visualmente, essa animação é extremamente crítica a diversos aspectos da sociedade atual (feita em 1973 e ainda hoje muito atual). A questão da dominação entre espécies ditas superiores em relação às inferiores no tocante a exploração como animais de estimação. E se nossos animais são como os oms do planeta yagam? E quanto aos oms selvagens que subjulgam uns aos outros, criticando assim a exploração entre os iguais. E no fim,
quando Draags e oms estão em paz, a cena final é de uma criança draag acariciando um novo pet, mostrando que sempre haverá um ser pra subjulgar o outro?
Como já dito em comentários anteriores, merece um remake, com a tecnologia atual poderiam fazer algo estonteante tão criativo quanto e quem sabe aprofundar outras críticas. Totalmente recomendada essa animação!
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraQuando um filme te prende mesmo com um tema que a princípio não te interessaria, é sinal de que esse filme é bem feito em sua totalidade, está acima da média em relação a outros longas. É o caso de Eu, Tonya. Patinação no gelo não é um assunto tão atrativo para a maioria dos brasileiros, assim como beisebol, fato apenas questão cultural. Ainda assim a história foi contada de um modo tão fluido, com momentos descontraídos mesmo abordando temas polêmicos e complexos como relacionamentos abusivos, competitividade esportiva, tudo isso deixando a história envolvente. A trilha sonora excelente foi fundamental para fisgar ainda mais o público, as atuações de Margot Robbie e Allison Janney foram de suma importância também para conquistar de vez a audiência e logo no início nos entregamos à trama querendo saber o que de fato ocorreu. Muitos até nunca ouviram falar de Tonya Harding, como eu, e o filme ainda sim se torna instigante. Certamente é um filme que mereceu a atenção que recebeu por todos esses motivos listados e deve ser visto mesmo por quem nunca tenha assistido a uma competição de patinação no gelo ou nem faça ideia de quem é Tonya. Depois de assistir, saberão quem ela é e até talvez a admirarão.
Vingança
3.2 582 Assista AgoraThe Neon Demon + I Spit on Your Grave = Revenge
Pelo uso das cores e trilha sonora e filme clássico de vingança após agressão.
Não mostra nada de surpreendente nesse subgênero, porém tem uma direção competente, tomadas criativas e fotografia marcante. Não dá para exigir verossimilhança nesse tipo de filme, mesmo assim cria uma boa tensão em certas partes. As cenas gore são bem feitas, nada de violência offscreen aqui. E, claro, sempre é bom ver um (a) protagonista badass!
Sonata de Outono
4.5 492Assistir Bergman é sempre uma viagem ao âmago do que o ser humano pode ter ou ser de pior e ainda assim é sempre gratificante ser exposto à tais agruras. É impossível voltar dessa viagem sem nenhuma lição... pais olhem para seus filhos, filhos olhem para seus pais e digam antes que tudo se torne uma avalanche tão fácil de desmoronar que apenas uma sonata em um outono qualquer será capaz de demover todas as cicatrizes de uma só vez.
Vôo United 93
3.4 234 Assista AgoraPoucos filmes me deram tanta aflição como United 93! Mesmo sabendo do desfecho dos fatos ocorridos em 2001, foi impossível não torcer para que tudo acabasse bem. E de certo modo uma pior tragédia foi evitada, se realmente foi assim que aconteceu, esses passageiros foram muito corajosos, verdadeiros heróis!
Dúvida
3.9 1,0K Assista AgoraO filme, dentre diversos questionamentos incômodos, expõe o quão frágil é a certeza assim como tão forte é a dúvida, por mais antiteticamente que isso possa parecer. A construção do roteiro nos faz de bola de tênis, ora de um lado, ora do outro. As linhas finais da irmã Aloysius provavelmente serão as mesmas de quase todos que assitirem ao filme. Apenas a dúvida foi capaz de desmoronar a impassibilidade austera da diretora e às vezes é apenas isso que nos resta, a dúvida.
Halloween
3.4 1,1KUm belo tributo aos primeiros filmes, principalmente o de 1978 e sua sequência direta de 1981 (apesar de ter ignorado a história das continuações, nota-se diversas cenas homenageando tais filmes). Halloween 2018 entra para o hall de filmes bons da franquia inclusive ultrapassando Halloween II de 81 e H20. Nesse momento posso até estar cometendo um sacrilégio e ouso dizer que se iguala ao de 1978, por exemplo, na criação da paranoia de um Myers a espreita que pode aparecer a qualquer momento, a invulnerabilidade do boogieman, a aleatoriedade da fúria de Michael tornando qualquer um em vítima potencial. Muitas pessoas tem criticado as mortes off screen, porém isso é mais uma referência ao primeiro filme, que primou pelo suspense e teve mortes pouco violentas. E Halloween 2018 teve suas mortes bem gráficas, muito fortes e não justificava colocar mais dessas cenas, para um banho de sangue aleatório recomendo Halloween o Início do Rob Zombie e sua sofrível sequência. Alguém embaixo citou que até Halloween 6 e Ressurreição foram melhores que esse de 2018... piada né?
Quanto ao aspecto técnico, o filme foi muito bem. Trilha sonora dispensa comentários, está impecável. Há um plano sequência muito bem executado. Há recursos de roteiro que justificam a ausência de comunicação de uma personagem, outro que impede que pessoas ouçam as vítimas, tudo isso foi chamado de "forçação de barra" por alguns aqui, mas eu chamo de tentativa bem sucedida de evitar situações muito inverossímeis. É claro que há clichês, há jump scares, mas o gênero horror e principalmente seu subgênero slasher exige isso, se você vai assistir a um filme assim na expectativa de grandes reviravoltas, interpretações mirabolantes e questionamentos filosóficos, o problema não está no filme e sim em você.
Enfim, se você é fã da franquia, assistiu todos os filmes e até tem um carinho por Halloween 5, 6 e Ressurreição (esse não), a chance de você amar o filme é grande! Ver Michael Myers em ação ao som clássico da sua trilha, na telona em pleno 31 de outubro foi inesquecível!
A Casa do Medo: Incidente em Ghostland
3.5 754Só pela menção honrosa, e até mesmo uma aparição digamos assim, do H. P. Lovecraft já ganhou meu coração! A princípio as decisões pouco verossímeis e situações um tanto forçadas me incomodaram nos primeiros minutos do filme...
até que ocorre um plot twist e então pedi desculpas mentalmente ao diretor! A realidade criada pela Beth poderia sim explicar os tais "furos de roteiro" como ela não chamar a polícia quando a irmã liga, situações estranhas na antiga casa etc. A partir daí o filme que eu jurava que se encaminhava para um sobrenatural clichê se torna um thriller com psicopatas de tirar o fôlego!
Halloween
3.4 1,1KA ansiedade só aumenta, ver Michael Myers na silver screen e ainda mais depois da notícia da aprovação de 76% no RT!
Chega logo outubro!
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraPela primeira vez na história do cinema o filme é bem melhor que o livro!
À Beira da Loucura
3.6 403 Assista AgoraHorror cósmico lovecraftiano de um Carpenter lynchiano com um toque de body horror de Cronenberg. É claro que daria certo! O clima tenso aliado à metalinguagem nos faz questionar a natureza da nossa realidade ao final do filme.
Como se Tornar o Pior Aluno da Escola
2.5 340Não sei se conseguiram tornar alunos piores, mas que conseguiram fazer o pior filme da história isso sim eles conseguiram!
Dumbo
3.4 611 Assista AgoraChorei no trailer, imagina quando sair o filme inteiro!