Outra produção picaretíssima que em nada honra a memória de Bruce Lee. A história é a mais rasa possível: os vilões aparecem, há uma luta, os vilões vão embora e pouco tempo depois retornam para uma nova briga. A versão lançada em DVD é pavorosa, cheia de riscos na imagem e uma dublagem atroz em inglês. Muito boa para descansar (ou seria derreter?) o cérebro.
Um dos filmes menos lembrados de Ang Lee, se passa durante a Guerra Civil americana quando milicias truculentas apoiavam tanto o lado da união quanto dos confederados. As cenas de tiroteio são intensas e muito violentas mas o filme tem vários interlúdios que pretendem dar mais profundidade aos personagens e acaba deixando a narrativa um tanto lenta demais. Tobey Maguire se esforça para criar um personagem complexo e tem uma boa dinâmica com Skeet Ulrich; já a cantora Jewel é o ponto fraco do elenco, se mostrando muito inexpressiva. Já Jeffrey Wright tem uma atuação contida como o ex-escravo que apoia os escravagistas por razões pessoais e Jonathan Rhys Meyers como um completo psicopata. Um filme sem heróis onde a violência e desejo vingança vão passando de uma geração à outra.
Ótimo documentário presente na caixa "O Cinema de Luís Buñuel Vol. 2", da Versátil Home Vídeo. Destaque para as comparações entre fotografias das locações tiradas pelo próprio Buñuel na época das filmagens e esses locais na atualidade.
Um roteiro que recicla vários elementos já vistos em outros exemplares do horror gótico italiano, como personagens voltando à vida para se vingar e transfusões de sangue miraculosas. Não consigo me acostumar com Barbara Steele loira.
Suspense gótico com caprichada recriação de época, tanto da direção de arte quanto dos figurinos. A direção de Margheriti tem bons enquadramentos e movimentos de câmera. O filme só falha por alguns exageros na trilha sonora e pela inexpressiva atriz Halina Zalewska. Vários pontos da narrativa parecem ter inspirado o western O Estranho sem Nome (1973), de Clint Eastwood.
O roteiro "homenageia" vários filmes de Alfred Hitchcock (a começar pelo título) como Rebecca, Interlúdio e Psicose. Foi uma produção feita às pressas (filmado em 14 dias) o que fica evidente nas várias perguntas sem resposta no final. Mesmo assim merece elogios pela ousadia do tema.
Ótimo terror gótico que faz referências a filmes como Frankenstein (1931) e Os Olhos Sem Rosto, lançado no mesmo ano, entre outros. A direção de arte e os figurinos investem em tons terrosos com algumas peças em vermelho (vestidos, lençóis) para salientar perigo ou paixão. A direção de Giorgio Ferroni consegue sustentar o clima inquietante.
Uma análise de como os ciclos de vingança se enraízam em uma comunidade ao ponto de que até o vigário se acostuma à violência. Assim como em "O Alucinado" há um longo flashback no meio da história.
O Roteiro do queridinho de Hollywood nos anos 90, John Grisham (baseado em um romance não publicado) e a direção do veterano Robert Altman não foram suficientes para fazer um filme memorável. Como a maioria das estórias de Grisham, esta também se passa no sul dos EUA. Durante a maior parte do tempo é um suspense neo-noir morno e até previsível; só na segunda metade é que surgem reviravoltas mas não muito surpreendentes. O diretor de fotografia Changwei Gu resolveu levar o termo "noir" ao pé da letra, já que a fotografia é tão escura que deixa grande parte das cenas incompreensível! Parece que os habitantes daquela cidade tem aversão à luzes elétricas... O elenco é competente mas nenhum nome consegue algum momento de brilhantismo.
Buñuel conduz um melodrama social enxuto e com atuações eficientes: Pedro Armendariz faz um capanga que, apesar de inicialmente repulsivo, consegue mostrar alguma humanidade; já Katy Jurado faz uma verdadeira Lady MacBeth, influenciando o marido e o amante e arrastando-os para a destruição. Mesmo assim ela também mostra um lado até sensível na forma como cuida do sogro.
Gostei bem mais agora que vi pela segunda vez. História enxuta e personagens com profundidade psicológica. A cena final lembra bastante "Rastros de Ódio".
Fica difícil não comparar este trabalho de Rivette com suas obras anteriores "Paris Nos Pertence" e "Céline e Julie Vão de Barco" o que acaba tirando um pouco de seu brilho. Por outro lado o roteiro ganha interesse pela trajetória da personagem de Bule Ogier, quando vai ficando claro que ela teve ligação com grupos terroristas de esquerda como o Baader-Meinhof e os Brigate Rosse. As imagens contam com muitas cenas de demolições, como um alerta para que a protagonista esqueça seu passado, se renove.
Um filme B difícil de classificar: É uma aventura, faroeste e filme noir. Cada personagem parece ter uma mancha em seu passado e o espectador não sabe em quem confiar. A direção de John Sturges ilustra o perigo do deserto através de enquadramentos abertos que "apequenam" os personagens. O elenco se sai homogeneamente eficiente. Provavelmente foi produzido para aproveitar o sucesso de "O Tesouro de Sierra Madre".
Uma trama com pontos em comum com as obras de Philip K. Dick, o que por si só já mantêm o interesse. O roteiro também lança mão de muitas reviravoltas (algumas ficam até previsíveis na segunda metade), mas acaba esquecendo as regras que ele mesmo estabeleceu:
Para que David obtivesse as lembranças de Joseph Bodna ele não teria que estar na casa do policial, onde este levou o tiro, e não em sua própria casa?
Ray Liotta tem uma presença até contida e eficiente. Já Linda Fiorentino está fraca, exagerando nas caras e bocas da personagem. Ele esteve bem melhor no ano seguinte em MIB - Homens de Preto.
Os fantasmas das vítimas que perseguem o jovem lobisomem são uma inovação ao gênero mas os diálogos dessas cenas acabam repetitivos e aborrecidos.
O romance entre o turista americano e a enfermeira também soa esquemático. E o desfecho é apressado e emocionalmente frio. Por outro lado o filme é uma demonstração de que efeitos práticos sempre tendem sempre a envelhecer melhor que efeitos digitais. A maquiagem do personagem de Griffin Dunne "dilacerado" é simplesmente perfeita e a transformação de David é a mais icônica do gênero.
O inicio do filme é interessante e até ambicioso, divagando sobre a evolução da vida na Terra. Mas o roteiro em si acaba se revelando prolixo, se resumindo à protagonista (e seu "hóspede") se deslocando de uma cidade para outra e fazendo carnificinas. Os diálogos também acabam soando aborrecidos e pouco inspirados. Para piorar o roteiro nunca consegue equilibrar o humor e o terror, algo que Peter Jackson levou à perfeição dois anos depois em "Fome Animal". Ainda assim a quantidade cavalar de gore mantêm o interesse para os fãs.
Clima sinistro, algumas cenas de gore, uma protagonista que demora a perceber o perigo que está correndo e diversas reviravoltas. Surpreende até o último segundo. P.S.: A ruivinha Isabelle Goguey parecia muito com Evan Rachel Wood.
Bruce Lee - A História Real
1.0 1Outra produção picaretíssima que em nada honra a memória de Bruce Lee. A história é a mais rasa possível: os vilões aparecem, há uma luta, os vilões vão embora e pouco tempo depois retornam para uma nova briga. A versão lançada em DVD é pavorosa, cheia de riscos na imagem e uma dublagem atroz em inglês. Muito boa para descansar (ou seria derreter?) o cérebro.
Cavalgada com o Diabo
2.9 15Um dos filmes menos lembrados de Ang Lee, se passa durante a Guerra Civil americana quando milicias truculentas apoiavam tanto o lado da união quanto dos confederados. As cenas de tiroteio são intensas e muito violentas mas o filme tem vários interlúdios que pretendem dar mais profundidade aos personagens e acaba deixando a narrativa um tanto lenta demais. Tobey Maguire se esforça para criar um personagem complexo e tem uma boa dinâmica com Skeet Ulrich; já a cantora Jewel é o ponto fraco do elenco, se mostrando muito inexpressiva. Já Jeffrey Wright tem uma atuação contida como o ex-escravo que apoia os escravagistas por razões pessoais e Jonathan Rhys Meyers como um completo psicopata.
Um filme sem heróis onde a violência e desejo vingança vão passando de uma geração à outra.
Em Busca de Nazarin: O Eco de Uma Terra em …
5.0 1Ótimo documentário presente na caixa "O Cinema de Luís Buñuel Vol. 2", da Versátil Home Vídeo. Destaque para as comparações entre fotografias das locações tiradas pelo próprio Buñuel na época das filmagens e esses locais na atualidade.
Amor de Vampiros
3.4 10 Assista AgoraUm roteiro que recicla vários elementos já vistos em outros exemplares do horror gótico italiano, como personagens voltando à vida para se vingar e transfusões de sangue miraculosas. Não consigo me acostumar com Barbara Steele loira.
A Máscara do Demônio
3.6 18Suspense gótico com caprichada recriação de época, tanto da direção de arte quanto dos figurinos. A direção de Margheriti tem bons enquadramentos e movimentos de câmera. O filme só falha por alguns exageros na trilha sonora e pela inexpressiva atriz Halina Zalewska.
Vários pontos da narrativa parecem ter inspirado o western O Estranho sem Nome (1973), de Clint Eastwood.
O Horrível Segredo do Dr. Hichcock
3.6 19O roteiro "homenageia" vários filmes de Alfred Hitchcock (a começar pelo título) como Rebecca, Interlúdio e Psicose. Foi uma produção feita às pressas (filmado em 14 dias) o que fica evidente nas várias perguntas sem resposta no final. Mesmo assim merece elogios pela ousadia do tema.
Ensaio de um Crime
4.0 34 Assista AgoraBuñuel novamente exercitando humor negro e os flashbacks para
contar a vida de um matador em série que fica só na vontade.
Fato triste: a atriz Miroslava se suicidou em março de 1955, dois meses antes da estreia deste filme.
O Moinho das Mulheres de Pedra
3.4 11Ótimo terror gótico que faz referências a filmes como Frankenstein (1931) e Os Olhos Sem Rosto, lançado no mesmo ano, entre outros. A direção de arte e os figurinos investem em tons terrosos com algumas peças em vermelho (vestidos, lençóis) para salientar perigo ou paixão. A direção de Giorgio Ferroni consegue sustentar o clima inquietante.
Mas é estranho que a policia aparentemente não investigue o desaparecimento de tantas jovens durante três anos.
O Rio e a Morte
3.7 4Uma análise de como os ciclos de vingança se enraízam em uma comunidade ao ponto de que até o vigário se acostuma à violência. Assim como em "O Alucinado" há um longo flashback no meio da história.
Estranhei o final otimista, nada comum na filmografia de Buñuel.
Até Que a Morte Nos Separe
2.9 19 Assista AgoraO Roteiro do queridinho de Hollywood nos anos 90, John Grisham (baseado em um romance não publicado) e a direção do veterano Robert Altman não foram suficientes para fazer um filme memorável. Como a maioria das estórias de Grisham, esta também se passa no sul dos EUA. Durante a maior parte do tempo é um suspense neo-noir morno e até previsível; só na segunda metade é que surgem reviravoltas mas não muito surpreendentes. O diretor de fotografia Changwei Gu resolveu levar o termo "noir" ao pé da letra, já que a fotografia é tão escura que deixa grande parte das cenas incompreensível! Parece que os habitantes daquela cidade tem aversão à luzes elétricas...
O elenco é competente mas nenhum nome consegue algum momento de brilhantismo.
O Bruto
3.7 12Buñuel conduz um melodrama social enxuto e com atuações eficientes: Pedro Armendariz faz um capanga que, apesar de inicialmente repulsivo, consegue mostrar alguma humanidade; já Katy Jurado faz uma verdadeira Lady MacBeth, influenciando o marido e o amante e arrastando-os para a destruição. Mesmo assim ela também mostra um lado até sensível na forma como cuida do sogro.
Cavalgada Trágica
3.5 22 Assista AgoraGostei bem mais agora que vi pela segunda vez. História enxuta e personagens com profundidade psicológica. A cena final lembra bastante "Rastros de Ódio".
A Ponte do Norte/ Um Passeio Por Paris
3.7 10Fica difícil não comparar este trabalho de Rivette com suas obras anteriores "Paris Nos Pertence" e "Céline e Julie Vão de Barco" o que acaba tirando um pouco de seu brilho. Por outro lado o roteiro ganha interesse pela trajetória da personagem de Bule Ogier, quando vai ficando claro que ela teve ligação com grupos terroristas de esquerda como o Baader-Meinhof e os Brigate Rosse. As imagens contam com muitas cenas de demolições, como um alerta para que a protagonista esqueça seu passado, se renove.
7 Homens Maus
2.8 6Um filme B difícil de classificar: É uma aventura, faroeste e filme noir. Cada personagem parece ter uma mancha em seu passado e o espectador não sabe em quem confiar. A direção de John Sturges ilustra o perigo do deserto através de enquadramentos abertos que "apequenam" os personagens. O elenco se sai homogeneamente eficiente. Provavelmente foi produzido para aproveitar o sucesso de "O Tesouro de Sierra Madre".
Inesquecível
3.0 12Uma trama com pontos em comum com as obras de Philip K. Dick, o que por si só já mantêm o interesse. O roteiro também lança mão de muitas reviravoltas (algumas ficam até previsíveis na segunda metade), mas acaba esquecendo as regras que ele mesmo estabeleceu:
Para que David obtivesse as lembranças de Joseph Bodna ele não teria que estar na casa do policial, onde este levou o tiro, e não em sua própria casa?
Ray Liotta tem uma presença até contida e eficiente. Já Linda Fiorentino está fraca, exagerando nas caras e bocas da personagem. Ele esteve bem melhor no ano seguinte em MIB - Homens de Preto.
Os Conquistadores
3.3 9Ótimo faroeste onde o diretor Lang evita o heroísmo:
mesmo o tiroteio final acontece não em um espaço aberto, como era comum no gênero e sim em uma apertada barbearia.
A fotografia em technicolor acentua o calor e a aridez do deserto.
Legião dos Mortos
1.2 20Só posso definir esse filme como "Um Drink no Inferno" caso tivesse sido escrito e dirigido por Tommy Wiseau.
Um Lobisomem Americano em Londres
3.7 612Um roteiro com boas ideias mas nem todas são bem desenvolvidas pelo diretor John Landis.
Os fantasmas das vítimas que perseguem o jovem lobisomem são uma inovação ao gênero mas os diálogos dessas cenas acabam repetitivos e aborrecidos.
Por outro lado o filme é uma demonstração de que efeitos práticos sempre tendem sempre a envelhecer melhor que efeitos digitais. A maquiagem do personagem de Griffin Dunne "dilacerado" é simplesmente perfeita e a transformação de David é a mais icônica do gênero.
Baby Blood
3.3 32O inicio do filme é interessante e até ambicioso, divagando sobre a evolução da vida na Terra. Mas o roteiro em si acaba se revelando prolixo, se resumindo à protagonista (e seu "hóspede") se deslocando de uma cidade para outra e fazendo carnificinas. Os diálogos também acabam soando aborrecidos e pouco inspirados. Para piorar o roteiro nunca consegue equilibrar o humor e o terror, algo que Peter Jackson levou à perfeição dois anos depois em "Fome Animal". Ainda assim a quantidade cavalar de gore mantêm o interesse para os fãs.
Morte Num Domingo de Chuva
3.6 5Filme de vingança com suspense bem construído e cenas de abuso infantil. Não é tão bom quanto um "Cabo do Medo" (1991) mas é bem realizado.
Quarteto Fantástico
2.8 912 Assista AgoraSorte do Chris Evans que pôde depois mostrar carisma como Capitão América, já que aqui ele está irritante do inicio ao fim.
A Noite da Morte
3.4 13Clima sinistro, algumas cenas de gore, uma protagonista que demora a perceber o perigo que está correndo e diversas reviravoltas. Surpreende até o último segundo.
P.S.: A ruivinha Isabelle Goguey parecia muito com Evan Rachel Wood.
Silêncio
3.8 576Tão bom quanto a versão japonesa de 1971.
Menina de Ouro
4.2 1,8K Assista AgoraUm filme sem um cena ou diálogo além do necessário. Seguramente um dos melhores do século XXI.