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Si belle! Cybèle?

Últimas opiniões enviadas

  • Helder M

    Ficção científica tcheca baseada na obra de Stanilaw Len, mesmo autor do famoso Solaris, adaptado para o cinema pelas mãos de Tarkovski. Por ser do mesmo autor, é natural que se veja muita semelhança de atmosfera. A influência ao 2001 de Kubrick também pode ser debatida, ainda que aparentemente não seja algo declarado. Preferencialmente tenho muito mais apreço por essa ficção científica comunista que as fatalistas e distópicas produzidas por influência do realismo capitalista, sempre apontando para conflitos, invasões alienígenas, etc. Ursula K. Le Guin, apesar de norte-americana, entra nesse rol de uma ficção científica que abraça a utopia como horizonte, mas sem fugir das intempéries que a realidade impõe. Neste sentido, vale notar a cena na qual os tripulantes de Ikari dão de encontro com uma amostra do passado, uma nave de séculos atrás, provavelmente norte-americana, e o destino trágico que escondia. Um dos tripulantes nega que aquelas pessoas de um passado distante sejam os seus antepassados, enquanto outro rebate que não podemos escolher nossos ancestrais, eles são o que são. Remete ao conceito "centralidade do presente" adotado por Marx, de ver o presente como um fluxo que ilumina o passado, mas sem adotá-lo como uma régua para entendê-lo com nossos conceitos atuais.

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  • Helder M

    Shimizu há tempos já vinha trabalhando com o universo infantil e sua relação com o mundo adulto. Mas nesse, pelo contexto do pós-guerra, todo o drama das crianças parece mais pungente. Logo de início o filme faz referência a outro filme do diretor, filmado durante a guerra em 1941, chamado Mikaheri no Tou (Instrospection Tower), que lidada com crianças problemáticas tentando se adaptar a vida em um reformatório, e a história girava em torno desse contexto de socialização e entendimento da importância do companheirismo, tendo adultos como guias dessa jornada. Aqui o adulto mais importante é um ex-combatente que, voltando a sua terra devastada, observa a vida desregrada de crianças orfãs e sem amparo, precisando ele mesmo encontrar seu caminho, além de, por iniciativa própria, tentar direcionar essas crianças para um futuro mais digno. Há muitos paralelos com o neorrealismo italiano, tanto pelo modo como lida com o espaço físico e sua relação com os personagens (a relação com o mar, a montanha, e os escombros das cidades), como pelo profundo humanismo que perpassa todo o filme.

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  • Helder M

    Meio que uma continuação de "Kaze no naka no kodomo (Children in the Wind)". Gostei mais desse, ainda que aqui o mundo seja muito mais masculinizado. Não vi uma única personagem feminina entre as crianças, nem para fazer um contraste de mundos diferentes entre gêneros, como no filme anterior. Tirando essa detalhe, a construção dramática é melhor construída. O modo como o universo dos adultos, com seus liames, preferências e animosidades, influencia até certo ponto o entendimento e as relações das crianças, e como elas conseguem de modo natural, sem os vícios de caráter e estruturas sociais de pais e mestres, se desvencilhar dessas armadilhas.

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