Hoje, um dos maiores gênios da história do cinema, Stanley Kubrick, completaria 85 anos. Veja algumas curiosidades sobre o cineasta.
Apaixonado por xadrez desde a adolescência, Kubrick era um jogador considerado de nível mestre.
Com 16 anos e ainda no colegial, fotografou um vendedor de jornais no dia seguinte à morte do presidente Franklin D. Roosevelt. Vendeu a fotografia para a revista Look, que o contratou como aprendiz de fotógrafo.
Considerava Elia Kazan como seu diretor americano preferido. A lista de cineastas que admirava incluíam Federico Fellini, David Lean, Ingmar Bergman, Vittorio De Sica, François Truffaut e Max Ophüls.Kubrick não permitia que seus atores improvisassem nas filmagens, deixando claro que eles deviam se manter somente aos diálogos escritos no roteiro. As únicas exceções foram Peter Sellers em Dr. Fantástico e R. Lee Ermey em Nascido para Matar.
Kubrick adorava gatos e chegou a ter 16 deles ao mesmo tempo. Para compensar o tempo que ficava longe dos seus bichos durante as filmagens, deixava que eles circulassem livremente pelo seu estúdio de montagem, em casa, enquanto editava seus filmes.
Frequentemente usava a sequência CRM114 em seus filmes. Este é o nome do decodificador de Dr. Fantástico, a identificação de uma nave em 2001 – Uma Odisséia no Espaço. Em Laranja Mecânica, o personagem Alex recebe o “soro 114”.
Durante a pré-produção de Dr. Fantástico, leu cerca de 50 livros sobre guerra nuclear.
Quase todos os seus filmes têm uma cena importante ambientada num banheiro.
De acordo com o escritor Arthur C. Clarke, Kubrick procurou a prestigiada agência inglesa LLoyd’s para fazer um seguro protegendo seu filme 2001 – Uma Odisséia no Espaço (então em filmagens) de perdas financeiras, caso vida extraterrestre fosse descoberta antes do lançamento do filme. A LLoyd’s recusou.
Depois de 2001 – Uma Odisséia no Espaço, Kubrick decidiu levar às telas uma de suas maiores obsessões: a vida de Napoleão. Pediu a um de seus assistentes que comprasse todos os livros que encontrasse sobre o assunto. O rapaz voltou com mais de 100 volumes e o cineasta leu todos, e frequentemente impressionava a todos com o conhecimento que havia adquirido sobre o tema. Com o roteiro escrito, o orçamento do filme seria altíssimo, e o estúdio decidiu cancelar o projeto após o fracasso financeiro de Waterloo, sobre o mesmo tema. Ao longo dos anos, Kubrick tentou procurar outro estúdio para financiar a obra, e ouvia sempre a mesma condição: que o roteiro fosse alterado. Certo de que jamais conseguiria escrever algo do mesmo nível do original – que ele considerada uma de suas obras-primas – nunca aceitou.
A inserção de uma cobra no quarto de Alex, em Laranja Mecânica, foi ideia de Kubrick, após ele descobrir que o ator Malcolm McDowell tinha pavor destes animais.
A polêmica em torno do lançamento de Laranja Mecânica na Inglaterra foi tão forte que manifestantes protestavam na frente da casa do cineasta exigindo que o filme nunca mais fosse exibido no país. Assim, ele pediu ao estúdio que retirasse o filme dos cinemas, e a Warner atendeu seu pedido – a despeito do fato dele não ter controle jurídico algum sobre a exibição do filme.
Stanley Kubrick chegou a considerar Robert De Niro e Robin Williams para o papel de Jack Torrance em O Iluminado. Desistiu de De Niro ao assistir Taxi Driver e achar que o ator não seria psicótico o suficiente para o papel; e desistiu de Robin Williams ao assistir o seriado Morky & Mind e concluir que William seria psicótico demais. Chegou a considerar, por um breve tempo, Harrison Ford.
Durante a produção de O Iluminado, Kubrick ligava ocasionalmente para Stephen King, no meio da madrugada, questionando o autor sobre religião e se ele acreditava em Deus. Steven Spielberg certa vez questionou o cineasta sobre isso, mas ele negou.
Lia frequentemente sobre psicologia, e com isso sabia manipular os membros de seu elenco. Um dos maiores exemplos disso aconteceu nos sets de O Iluminado, com Shelley Duvall.
O lendário diretor Billy Wilder era um grande admirador de Kubrick, e chegou a comentar em entrevistas que a primeira metade de Nascido para Matar era “o melhor filme que havia assistido”.
Manifestou desejo em adaptar para as telas o livro O Pêndulo de Foucault, de Umberto Eco. O escritor recusou por não ter gostado da adaptação de outro livro seu, O Nome da Rosa, e por saber que Kubrick não permitiria que ele mesmo escrevesse o roteiro.
Raramente dava entrevistas, mas de acordo com sua filha, estava disposto a conceder entrevistas para a televisão por conta de De Olhos Bem Fechados, porém faleceu antes do lançamento do filme.