Exposição conta história de 127 anos do Boi da Maioba em shopping de São Luís

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O grupo foi fundado em 1897 e hoje arrasta multidões no São João maranhense

O período junino já começou! Por todos os cantos da capital maranhense, já soa o convite para participar dos arraiais. O chamado vem na forma de toadas de todos os sotaques: seja orquestra, zabumba, costa de mão ou da baixada. Um dos principais representantes dessa tradição maranhense é o Bumba-Meu-Boi da Maioba, que há 127 anos arrasta multidões por onde passa. Até o final do período junino, essa história está exposta gratuitamente no Rio Anil Shopping, em São Luís. 

Reconhecido como o grupo mais antigo do tipo “sotaque da ilha,” também chamado de “boi de matraca,” o Boi da Maioba foi fundado em 1897 pelos moradores do povoado Bom Negócio, na localidade Maioba. zona metropolitana da ilha de São Luís. Este ano, o Rio Anil Shopping recebe pela terceira vez consecutiva a exposição do Boi na Barraca da Maioba. A exibição oferece aos visitantes uma imersão no rico patrimônio cultural do Bumba Meu Boi, com destaque para as indumentárias coloridas e os instrumentos tradicionais do grupo.

Quem visitar a exposição vai poder conferir de perto vestimentas utilizadas nas apresentações do Boi da Maioba, assim como as matracas, pandeirões e tambores-onça. O espaço também comercializa itens oficiais do Boi da Maioba, permitindo que os fãs levem um pedaço dessa tradição para casa.

“O São João é uma das datas preferidas da população maranhense. Além da programação junina que acontece no shopping até o dia 23 de junho, trouxemos novamente para cá um pouco da história de um dos maiores ícones culturais do Estado, complementando a experiência de quem visita o shopping e, ao mesmo tempo, contribuindo para preservar e disseminar a cultura do Maranhão”, destacou o gerente de marketing do Rio Anil Shopping, João Almeida. 

TRADIÇÃO

O presidente da Associação Folclórica Beneficente Bumba-Boi da Maioba e comandante do Batalhão da Maioba, José Inaldo Ferreira, conta que a exposição foi inicialmente organizada a convite da direção do Rio Anil Shopping, como um complemento às atividades do período junino. A resposta do público foi tão positiva que o evento se tornou uma tradição anual. 

“Nós fomos convidados pela direção do shopping para trazer a demonstração do que era o Bumba Boi, os personagens e a barraquinha para tentar vender alguns produtos,” relata Zé Inaldo. O sucesso do evento foi tão grande que, no ano seguinte, a direção do shopping renovou o convite, e assim estamos aqui até hoje, fazendo parte do calendário junino e encantando crianças e adultos”, comemora. 

A aposentada Maria Celestina, 67, passou 25 anos fora do Maranhão e não conseguiu esconder a emoção ao retornar e, por acaso, encontrar a Exposição do Boi da Maioba no Shopping. “Eu sabia que a primeira coisa que eu precisava fazer ao voltar para São Luís era matar a saudade do Boi da Maioba, essa brincadeira que marcou minha infância,” contou, com lágrimas nos olhos. “Nunca imaginei que encontraria essa exposição aqui no shopping. Ver de perto as indumentárias, os personagens e sentir a energia do Bumba Meu Boi novamente me fez reviver os melhores momentos da minha vida. É como se eu nunca tivesse ido embora”, emociona-se.

Serviço:

  • Evento: Exposição do Boi da Maioba
  • Local: Rio Anil Shopping, 2º piso, próximo à loja Novo Mundo
  • Data: Até 30 de junho
  • Entrada: Gratuita
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Acusado de matar o próprio pai é condenado a 18 anos de prisão em Fortuna

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O réu cumprirá a pena em regime inicialmente fechado, na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados

O juiz Caio Davi Veras presidiu na última semana uma sessão do Tribunal do Júri na Câmara de Vereadores da cidade de Fortuna, termo judiciário de São Domingos do Maranhão. No banco dos réus, Edmilson Marcos dos Santos de Sousa, conhecido como “Cego”. Ele estava sendo julgado sob acusação de ter matado o próprio pau, José Marques de Sousa, a golpes de pedaço de madeira. O fato ocorreu em 5 de outubro do ano passado, no Povoado Livramento, localidade da Zona Rural de Fortuna. Edmilson é pessoa com deficiência visual desde que nasceu.

Sobre o caso, destacou o inquérito policial que, na data e local citados, o denunciado, utilizando recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por motivo fútil, sustentado em desentendimentos anteriores, teria desferido vários golpes com um pedaço de pau em seu próprio pai, José Marques, que faleceu por traumatismo crânio encefálico. Seguiu narrando que vítima e denunciado moravam na mesma casa, sendo que, quando ingeriam bebida alcoólica, eles se ofendiam verbalmente. Denunciado e vítima bebiam no mesmo bar, após um jogo de futebol. Em dado momento, José Marques foi embora pra casa.

Da mesma forma, “Cego” também foi pra casa e, ao chegar, notou que seu pai dormia em uma rede. Ato contínuo, ele teria golpeado violentamente o próprio pai, na região da cabeça,  acarretando na morte de José Marques de Sousa, por traumatismo crânio encefálico. Após a prática delitiva, o próprio denunciado teria avisado aos familiares acerca da morte de seu pai, dizendo que chegou em casa e seu pai estava morto na rede. Já no dia seguinte, populares passaram a comentar que Edmilson era o principal suspeito da morte de José Marques. 

Os policiais militares retornaram ao local do crime, oportunidade em que Edmilson confessou que teria matado seu pai. Em outro depoimento na Delegacia de Polícia, Edmilson voltou a assumir a autoria do crime, ressaltando que matou seu pai José Marques, mediante golpes com um pedaço de madeira. Disse que a motivação do crime foi em decorrência de seu pai lhe “judiar”, após a morte de sua mãe, lhe botando para fora de casa algumas vezes.

A pena deverá ser cumprida em regime inicialmente fechado, na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados. Edmilson Marcos não poderá recorrer em liberdade.

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Boi de Maracanã realiza Ensaio Redondo e batalhão amanhece com brincantes

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Boi de Maracanã amanheceu ao som de pandeirões e matracas de sábado para domingo

São Luís – O Boi de Maracanã deu o seu recado no fim de semana, inaugurando o mês de junho com sua alegria e disposição para enfrentar uma maratona de apresentações até o fim do mês.

O batalhão pesado comandado por Maria José Soares participou do Arraial Pão com Ovo, no Golden Shopping, no sábado (1), e, também, promoveu o seu Ensaio Redondo, na sede, no mesmo dia, cuja festa avançou até o raiar do dia seguinte. Os brincantes amanheceram tocando matracas e pandeirões, dando uma ideia do que bem por ai no São João.

Brincantes aproveitaram a festa até o amanhecer de domingo, ao som da potência do batalhão

Em ambos os espaços, o grupo folclórico foi bastante prestigiado e fez ecoar a batida de suas matracas, pandeirões e outros instrumentos presentes em suas apresentações.

A partir de agora, o batalhão centenário não vai parar mais até julho, uma vez que sua agenda está bastante movimentada.

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Eleição 2024 e o uso da inteligência artificial

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Em 2024 teremos o ano da governança da inteligência artificial nas eleições. O combate à desinformação e ao uso ilícito da inteligência artificial (IA) representa o maior desafio da Justiça Eleitoral na missão de velar pela normalidade e legitimidade do processo eleitoral, mormente em razão da extensão e velocidade dos avanços tecnológicos, os quais converteram as mídias digitais em fontes primárias de informação para grande parte dos eleitores. A rigor, o escrutínio municipal de 2024 será uma espécie de laboratório para as eleições presidenciais de 2026.

Diante do vácuo legislativo na regulação das redes sociais, a Resolução TSE nº 23.732/2024 promoveu modificações substanciais na Resolução TSE nº 23.610/2019, que dispõe sobre propaganda eleitoral, a fim disciplinar o emprego das ferramentas de inteligência artificial nas eleições deste ano, entre outras inovações. A medida primordial é o entendimento consolidado na jurisprudência do TSE de que as plataformas digitais são equiparadas aos meios de comunicação social para fins de apuração da prática de abusos nas campanhas eleitorais.

De início, a inteligência artificial só poderá ser utilizada na propaganda eleitoral, em qualquer modalidade, se a publicidade contiver um aviso explícito aos usuários (rótulos de identificação), de que o referido conteúdo foi produzido por meio da tecnologia de IA.

O diploma normativo trouxe restrições ao emprego de avatares e robôs (chatbots) para intermediar a comunicação com pessoas naturais (eleitores). Assim, a campanha não pode simular diálogos do eleitor com candidatos ou apoiadores (por exemplo: a criação de um canal para conversar diretamente com o candidato quando, na realidade, não é o candidato que está interagindo, mas um robô que aparenta ser um usuário humano).

A resolução determina a vedação absoluta das chamadas deepfakes ao impor que é proibido o uso de conteúdo em formato de áudio, vídeo ou combinação de ambos, que tenha sido gerado digitalmente para manipular imagem ou voz de pessoa viva, falecida ou fictícia, com o propósito de prejudicar ou favorecer candidatura.

Deepfake é um artifício digital no qual a sincronização do movimento dos lábios, as expressões faciais, a entonação, o timbre e até o jeito de alguém falar são recriados artificialmente. Por exemplo, ao visualizar um vídeo no aplicativo whatsapp, o eleitor reconhece o rosto e a voz do candidato, acreditando que o político disse algo que, na verdade, ele não disse. É caso de conteúdo manipulado por técnicas de deepfake (montagem por inteligência artificial), cujos prejuízos eleitorais são incalculáveis.

A utilização deepfake durante a campanha eleitoral configura abuso do poder político e abuso dos meios de comunicação social, podendo acarretar a cassação do registro, diploma ou mandato, bem como a apuração da responsabilidade criminal dos autores. 

Uma mudança das mais polêmicas é a que estabelece o regime de responsabilidade solidária das empresas de tecnologia digital (big techs), de forma civil e administrativa, caso não retirem do ar, imediatamente, conteúdos e contas que propaguem situações de risco para a democracia. É que os provedores devem adotar e divulgar medidas para impedir ou diminuir a circulação de desordem informacional nas eleições.

Desse modo, as plataformas digitais devem agir por iniciativa própria (de forma diligente, unilateral e proativa), sem a necessidade de provocação ou ordem judicial, na indisponibilização imediata de conteúdos que veiculem desinformação, deepfakes, discursos de ódio e antidemocráticos, promoção de racismo, homofobia, ideologias nazistas, fascistas ou odiosas.

O disparo em massa de mensagens com desinformação, falsidade, inverdade ou montagem, em prejuízo de adversário ou em benefício de candidato, ou a respeito do sistema eletrônico de votação e da Justiça Eleitoral, configura uso indevido dos meios de comunicação e abuso dos poderes político e econômico.

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Conheçam o meu Deus

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Sou agnósticos. Não acredito em religião, qualquer que seja ela, mas respeito a todas da mesma forma que respeito as pessoas e suas escolhas.

Acredito que a necessidade do ser humano buscar explicações para coisas inexplicáveis, criou as religiões, e elas sistematicamente se alimentam da boa a fé de seus seguidores.

Isso não quer dizer que eu não acredite em algo maior, intangível, algo que até se poderia chamar de Deus, e procurando explicações para isso encontrei o filosofo Baruch Spinoza que tem um conceito de Deus que me parece ser o mais aceitável, pelo menos para mim e para Albert… o Betinho, mais conhecido como Einstein.

Caros amigos e leitores, apresento a vocês o Deus de Spinoza, pois nele, penso que se pode acreditar. Advirto que ele não possui igreja, templo, pastor ou sacerdote. Penso que é possível se assegurar que, filosófica e cientificamente ele existe, já que somos parte integrante e indissociável dele, diferentemente de outros “deuses” – criados pela imaginação e pelos medos incentivados ao longo da história da humanidade por aqueles que usavam e usam esses mesmos “deuses” como instrumento de intimidação, coação mental e dominação para se manterem no poder seja ele religioso ou político.

O meu Deus é o de Spinoza.

Deus falando com você.

De Baruch Spinoza

“Para de ficar rezando e batendo no peito. O que eu quero que faças é que saias pelo mundo, desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que eu fiz para ti.

Para de ir a estes templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nas praias. Aí é onde eu vivo e expresso o meu amor por ti.

Para de me culpar pela tua vida miserável; eu nunca te disse que eras um pecador. Para de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar dos teus amigos, nos olhos de teu filhinho… não me encontrarás em nenhum livro…

Para de tanto ter medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem me incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor. Para de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz… Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te castigar por seres como és, se sou eu quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos os meus filhos que não se comportam bem pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?

Esquece qualquer tipo de mandamento, são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. Respeita o teu próximo e não faças aos outros o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida; que teu estado de alerta seja o teu guia. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.

Para de crer em mim . . . crer é supor, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho de mar.

Para de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, da tua saúde, das tuas relações, do mundo. Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.

Para de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro… aí é que estou, dentro de ti.”

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